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Estado de Minas

Polos regionais de BH enfrentam dificuldades iguais �s do Hipercentro

As regi�es do Barreiro, Venda Nova e o Bairro Al�pio de Melo t�m problemas com tr�nsito ruim, invas�o de ambulantes e falta de seguran�a


postado em 06/01/2014 06:00 / atualizado em 06/01/2014 06:58

Na Avenida Abílio Machado, no Alípio de Melo, o grande movimento de veículos abre espaço para os estacionamentos pagos. Não há vagas suficientes ao longo da via na Região Noroeste de Belo Horizonte(foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)
Na Avenida Ab�lio Machado, no Al�pio de Melo, o grande movimento de ve�culos abre espa�o para os estacionamentos pagos. N�o h� vagas suficientes ao longo da via na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A.Press)

Camel�s, ve�culos estacionados em locais proibidos, tr�nsito ca�tico, muita gente circulando pelas cal�adas. N�o faz muitos anos, essas caracter�sticas eram exclusivas da Regi�o Central de Belo Horizonte, numa �poca em que as pessoas usavam a express�o “ir � cidade” para se referir a uma incurs�o ao Hipercentro da capital. Hoje, entretanto, com o crescimento de BH, algumas regi�es mais afastadas se transformaram em polos regionalizados, onde a popula��o tem a comodidade de encontrar tudo perto de casa, mas tamb�m j� enfrenta desafios como assaltos, polui��o sonora e visual, al�m da presen�a descontrolada de ambulantes e do tr�fego congestionado. A Pol�cia Militar e os �rg�os municipais tentam manter a normalidade nesses locais, a exemplo do Barreiro, Venda Nova e o Al�pio de Melo, mas muita gente ainda se queixa da falta de seguran�a e de fiscaliza��o.

Andando pela Avenida Ab�lio Machado, no Bairro Al�pio de Melo, na Regi�o Noroeste, fica f�cil perceber o motivo pelo qual o corredor atrai tanta gente. Por ali, as sacolas revelam variedade do com�rcio. S�o lojas de toda natureza. Cal�ados, roupas, acess�rios, perfumes, telefonia celular, chocolates, eletrodom�sticos, brinquedos, entre outros milhares de produtos, s�o encontrados em pequenos estabelecimentos ou em redes de departamento. H� tamb�m academias, cl�nicas odontol�gicas, lot�ricas, enfim, toda a infraestrutura necess�ria para atender a demanda cotidiana da popula��o. Por tudo isso, a regi�o � parada obrigat�ria para quem mora a poucos quarteir�es, a exemplo da jovem Aline Freitas de Almeida, de 26 anos, como tamb�m para quem reside em bairros do entorno. “Acho bom poder ter tudo perto de casa e, como sempre morei por aqui, me habituei a vir � Ab�lio Machado. Mas j� come�o a identificar alguns problemas, como o crescimento da viol�ncia”, diz.

A vendedora Nilce Garcia, de 57 anos, est� na lista dos que aprovam o polo regionalizado. Moradora do Bairro Ressaca, vizinho ao Al�pio de Melo, ela conta que deixa de ir ao Centro de Belo Horizonte para fazer compras, mesmo trabalhando na Avenida Pedro II, no Bairro Bonfim, ao lado do Hipercentro, mas revela: “Gostaria que a regi�o fosse mais segura e menos tumultuada, porque o polo comercial � bom e atende bem quem mora na regi�o”, afirma Nilce, que reclama da falta de mais policiais no entorno.

O tr�nsito na Ab�lio Machado tamb�m recebe nota vermelha. Al�m de ser o principal corredor do bairro e concentrar a maior parte de linhas de �nibus, recebe o peso do tr�fego de autom�veis de moradores, de quem usa o com�rcio e os servi�os do polo ou de quem est� somente de passagem. Cria ainda uma disputa com tantos pedestres cruzando a via de um lado para o outro em busca de uma loja, banco ou lanchonete.

Multidão na Rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova: igual ao Centro(foto: Beto Magalhães/EM/D.A.Press)
Multid�o na Rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova: igual ao Centro (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A.Press)
Vagas insuficientes

Em outro movimentado ponto regional da cidade, a Avenida Visconde de Ibituruna, no Barreiro, a disputa por uma vaga de estacionamento na via mais movimentada aumenta a lista de irregularidades. No lugar destinado � parada de ve�culos credenciados, como vagas para idosos e pessoas com defici�ncia, h� sempre carros e motos estacionados. Morador da regi�o h� 34 anos, quando deixou a Regi�o da Savassi (Centro-Sul), o aposentado Nilton Jos�, de 83, critica os desrespeitos. “A sinaliza��o de tr�nsito � boa nas ruas do bairro. O problema � a popula��o, que n�o respeita as regras”, diz. O aposentado reclama ainda da falta de policiamento local, o que favorece a ocorr�ncia de crimes, como furtos e roubos.

O lugar � prop�cio a esse tipo de ocorr�ncias, j� que re�ne grande movimenta��o financeira e uma multid�o em busca de produtos e servi�os. Cal�adas ficam lotadas, principalmente aos s�bados. Vice-presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcos Innecco Corr�a explica que, assim como os centros regionalizados s�o um recorte do Centro de BH, eles sofrem com o policiamento em menor propor��o. “O efetivo � sempre pouco para tantas lojas e clientes. Cabe aos comerciantes investirem em sistemas de seguran�a para substituir a falta de policiais”, diz. Ainda sobre o tr�nsito, Marco destaca a import�ncia de um investimento maci�o no transporte p�blico, ou as pessoas v�o pagar o alto pre�o da falta de mobilidade.

A Pol�cia Militar afirma ter planejamento espec�fico para atuar estrategicamente nestes polos regionalizados, feito com base nas estat�sticas e no levantamento de �reas de maior incid�ncia de crimes. O policiamento, segundo o chefe da sala de imprensa da PM, capit�o Warley Almeida, � feito com bases comunit�rias m�veis, a p�, de bike e com patrulhas de preven��o do bairro. Por outro lado, a pol�cia orienta os comerciantes a se protegerem por meio da rede de vizinhos protegidos e com a instala��o de c�meras de vigil�ncia, sistemas de alarme, entre outros recursos de preven��o. “A Pol�cia Militar tem consci�ncia da necessidade de um policiamento mais efetivo nesses grandes centros e temos feito o poss�vel para alocar policias nessas �reas”, garante o capit�o.

O superintendente de Opera��es da BHTrans, Fernando Pessoa, explica que os problemas de tr�nsito nestes corredores s�o decorrentes do maior n�mero de travessias e da grande demanda por vagas de estacionamento, de carga e descarga e por infra��es como parada em fila dupla ou desrespeito � sinaliza��o. Segundo ele, o �rg�o mant�m agentes nesses pontos para monitorar o tr�nsito em ocasi�es de maior movimento, como o Natal.

Saiba mais

NO PLANO DIRETOR

O fortalecimento de grandes corredores com lojas e servi�os foi previsto em 1996 no Plano Diretor do Munic�pio (Lei nº 7.165/96) e mais recentemente pela Secretaria de Gest�o Metropolitana do governo do estado, que identificou novas centralidades em dire��o aos munic�pios vizinhos de Belo Horizonte. De acordo com o vice-presidente da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcos Innecco Corr�a, esse movimento teve in�cio nas d�cadas de 1960 e 1970, com a consolida��o da Savassi, na Regi�o Centro-Sul. De l� para c�, outras �reas se caracterizaram como polos regionalizados, a exemplo de Venda Nova, Al�pio de Melo, Floresta e Barreiro.


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