Somente nos seis primeiros dias de janeiro, 22 pessoas morreram afogadas em piscinas, cachoeiras, rios e lagoas de Minas Gerais. Esses dados refor�am o fato de que, se levado em conta o tempo de exposi��o ao perigo, os afogamentos representam um risco de morte 200 vezes maior que os acidentes de tr�nsito, segundo alerta da Sociedade Brasileira de Salvamento Aqu�tico.
Estatisticamente, o afogamento aparece como uma das principais causas de morte no Brasil. Em 2011, este tipo de acidente ocupou o segundo lugar entre as causas gerais de �bito entre crian�as de um a nove anos de idade. Al�m disso, � a terceira causa de morte entre crian�as e jovens de 10 a 19 anos. Em todo o pa�s, sete mil pessoas morreram em raz�o de afogamentos, o que representa uma m�dia de 21 mortes por dia. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), no mundo, os n�meros s�o ainda mais impressionantes: 500 mil �bitos anuais, de um total de 10 milh�es de afogamentos.
Com uma experi�ncia de mais de tr�s d�cadas como m�dico do maior hospital de trauma da Am�rica Latina, o pediatra e diretor de Emerg�ncias do Hospital Jo�o XXIII, da Rede Fhemig, S�lvio Grandinetti J�nior, convive, em todos os ver�es, com a rotina do atendimento a crian�as e adultos v�timas de afogamento. Segundo o m�dico, o descuido dos respons�veis enquanto as crian�as est�o, principalmente, em piscinas, mas tamb�m em rios, lagos e mares, � uma das principais causas de afogamentos (45% dos motivos).
No que tange aos casos de afogamentos que envolvem adultos, um dos principais fatores que potencializam as chances da ocorr�ncia de acidentes � a ingest�o de �lcool e/ou outras drogas. Do mesmo modo, quem n�o sabe nadar e se aventura a entrar na �gua est� se expondo ao risco. O uso de �lcool tamb�m faz com que o adulto diminua a supervis�o sobre as crian�as.
O tempo de submers�o da v�tima de afogamento � determinante. O c�rebro resiste a apenas tr�s minutos sem oxigena��o. Ap�s esse tempo, a possibilidade de les�es neurol�gicas � grande. No caso de parada card�aca, os danos podem ser ainda maiores.
(Com Ag�ncia Minas)