Os corpos de Alexandre Werneck de Oliveira e de L�via Viggiano Rocha Silveira permaneceram no Instituto M�dico Legal (IML) de Belo Horizonte nessa quinta-feira. Segundo a Pol�cia Civil, faltava a identifica��o feita por familiares, porque os corpos encontrados no Rio Santo Ant�nio estavam em adiantado estado de decomposi��o. A irm� de L�via, Erlane Viggione, esteve no IML e disse que os dois foram para a serra em busca de sossego. “Queriam descansar, ficar juntos”, contou, emocionada. “Saudade, muita saudade. Vou me lembrar sempre dela sorrindo. L�via era muito feliz, os dois sempre felizes”, comentou.
Erlane contou que Alexandre e L�via namoravam havia cinco anos. “Eles tinham as diverg�ncias deles, brigavam, voltavam, mas coisas de casal. No fim do ano, eles voltaram e foram comemorar na Serra do Cip�”. Ambos j� haviam sido casado e cada um deixou dois filhos adolescentes.
A irm� informou ainda que esteve frente a frente com os acusados. “N�o falei nada com ele. N�o sinto raiva e n�o vou ter raiva. Eles n�o v�o plantar em mim um sentimento que eu n�o tenho”, disse Erlane, lamentando o aumento da viol�ncia. Para ela, os dois s�o monstros. “O ser humano est� se matando”, disse. A irm� afirmou que vai acompanhar as investiga��es e o processo na Justi�a, n�o apenas pelas mortes de Alexandre e L�via, “mas por outros tantos Alexandres e outras L�vias” que barbaramente s�o assassinados. “N�o vou deixar esse crime impune”, prometeu.
O vice-prefeito de BH, D�lio Malheiros, disse que conhecia Alexandre havia 20 anos. “Profissional e pai exemplar. Servidor do Procon abnegado. Pessoa querid�ssima, supereducado e dedicado � carreira”, disse.
Mais rigor
“Um pouco descrente da humanidade”, como ele mesmo revelou ao se referir ao “crime abomin�vel” do casal, o governador Antonio Anastasia defendeu ontem a revis�o para tornar a legisla��o penal mais rigorosa. “Temos de discutir isso, vendo o que � feito em outros pa�ses, na Inglaterra, nos EUA”, disse o governador. Ele defendeu defendeu medidas mais severas para jovens, mas “sem mudar a idade, mas impondo um sistema que d� mais seguran�a � sociedade”. O governador anunciou a admiss�o de 1,7 mil policiais militares para o curso da pol�cia, incluindo 350 excedentes do concurso para aumentar o efetivo em Minas.