Os 11 feridos em uma confus�o na Zona Rural de Verdel�ndia, no Norte de Minas, na tarde de domingo, s�o integrantes da comunidade quilombola Brejo do Arapuim. De acordo com a Pol�cia Militar (PM), eles foram agredidos por homens encapuzados dentro da Fazenda da Torta, local que invadiram no �ltimo s�bado para montar assentamento. Duas pessoas foram baleadas e outras nove machucadas por coronhadas, socos e chutes.
Segundo o boletim de ocorr�ncia da PM, por volta de 14h, os quilombolas foram surpreendidos por 10 homens encapuzados e fortemente armados, que chegaram em uma Toyota Hilux e uma Mitsubishi L200. Eles mandaram as pessoas deitarem no ch�o, atiraram sem dire��o e distribu�ram pancadas. Os homens ainda roubaram dinheiro e celulares dos membros da comunidade e fugiram nos ve�culos.
A PM foi acionada via 190 e quando policiais do destacamento de Verdel�ndia e do batalh�o de Jana�ba chegaram na �rea, encontraram alguns quilombolas na estrada que d� acesso � fazenda. Eles disseram ter reconhecido, pelo porte f�sico, um dos agressores, sendo um homem conhecido como “Jo�ozinho”, filho de Jo�o Dias que � propriet�rio do terreno.
Na �rea do acampamento, os militares um Fiat Uno com o vidro traseiro quebrado, uma moto com o tanque amassado e duas motos sem danos. Na cozinha da casa principal da fazenda foram recolhidos um rev�lver calibre 38 deflagrado e quatro c�psulas de espingarda calibre 12.
A pol�cia est� apurando a den�ncia dos quilombolas sobre a autoria dos tiros. Os policiais foram at� um terreno vizinho, chamado Fazenda do Morro Preto, que tamb�m pertencem a Jo�o Dias. Em busca de suspeitos, os policiais varreram a �rea, mas n�o encontraram ningu�m. Tamb�m foi repassada, para unidades vizinhas, a informa��o sobre as caminhonetes, por�m os ve�culos n�o foram encontrados.
Quilombolas
De acordo com a Federa��o das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais, a comunidade do Arapuim faz parte do grupo Brejo dos Crioulos. O territ�rio desses quilombolas se estende pelos munic�pios de S�o Jo�o da Ponte e Varzel�ndia, na regi�o Norte de Minas Gerais – mesma �rea onde fica Verdel�ndia. Ao todo s�o 3.000 pessoas reconhecidas como parte dos n�cleos populacionais.