
Os 11 casos foram diagnosticados no Hospital Aroldo Tourinho, onde os dois pacientes com os sintomas da superbact�ria recebem os cuidados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). As pessoas contaminadas pela KPC (“colonizadas”) e que ainda manifestam os sintomas s�o mantidas em �reas isoladas. Ontem � tarde, a SMS promoveu uma reuni�o entre representantes das vigil�ncias Sanit�ria e Epidemiol�gica (do estado e do munic�pio) e da Comiss�o de Controle de Infec��o do Aroldo Tourinho a fim de refor�ar as medidas com os m�dicos, enfermeiros, funcion�rios e visitantes para se evitar a prolifera��o da superbact�ria.
A superbact�ria KPC foi identificada em um hospital da Carolina do Norte (EUA) em 2001. No Brasil, ela foi detectada pela primeira vez em 2006. Em 2010, um surto da KPC provocou 18 mortes no Distrito Federal. A KPC pode causar pneumonia, infec��es sangu�neas no trato urin�rio e feridas cir�rgicas, sintomas que podem evoluir para o quadro de infec��o generalizada e provocar a morte do paciente. Pessoas debilitadas, com doen�as cr�nicas e imunidade baixa, submetidas a longos per�odos de interna��o hospitalar (inclusive em UTIs) correm maior de contrair infec��es.
A secret�ria municipal de Sa�de, Ana Paula de Oliveira, disse que foi organizado um plano de a��o para o controle da KPC no munic�pio. Al�m do isolamento e monitoramento dos pacientes contaminados, ser� feito um trabalho de orienta��o � popula��o da cidade. Uma das preocupa��es � evitar o p�nico. Ontem, a Prefeitura de Montes Claros distribuiu nota oficial com o intuito de acalmar as pessoas. “� bom lembrar que a bact�ria somente se desenvolve em ambiente hospitalar, onde uma das a��es mais eficientes � a lavagem das m�os, al�m do uso de luvas e jalecos sempre higienizados”, diz Ana Paula, seguindo normas t�cnicas do Minist�rio da Sa�de.
RASTREAMENO O m�dico Cl�udio Henrique Rebello, assessor da SMS, informou que ser� feito um rastreamento para saber a origem da superbact�ria que chegou a Montes Claros, de 380 mil habitantes, situada a 427 quil�metros de BH. Na a��o, o munic�pio espera contar com o apoio da Secretaria de Estado da Sa�de e da Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). Segundo Cl�udio Henrique, n�o foi verificado nenhuma falha do Hospital Aroldo Tourinho que pudesse favorecer o contamina��o dos pacientes internados em sua UTI. “N�o houve neglig�ncia, o estabelecimento tomou todas as das medias de controle de infec��o hospitalar, o que possibilitou a identifica��o r�pida da presen�a da superbact�ria”, disse o m�dico.