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Estado de Minas

Com tr�nsito lento e sinais de abandono, Via Expressa n�o faz jus ao nome

Constru�da para facilitar a liga��o entre BH, Contagem e Betim, via se caracteriza por sinais evidentes de abandono, tr�nsito lento e amea�as para motoristas e passageiros


postado em 27/01/2014 06:00 / atualizado em 27/01/2014 07:10

Guilherme Paranaiba

Flagrante de congestionamento em trecho na altura do Bairro Eldorado, em Contagem, sentido Centro-bairro (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Flagrante de congestionamento em trecho na altura do Bairro Eldorado, em Contagem, sentido Centro-bairro (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Pelo nome que ela ostenta, imagina-se que suas pistas apresentem condi��es de circula��o r�pida, sem gargalos e com velocidade compat�vel � esperada para uma via caracterizada como expressa. Por�m, na pr�tica n�o � isso que se v� nos 22 quil�metros que separam o Bairro Cora��o Eucar�stico, Noroeste de Belo Horizonte, da Rodovia Fern�o Dias, em Betim. Esses pontos marcam o in�cio e o fim da Via Expressa, importante liga��o do Vetor Oeste que passa por BH, Contagem e Betim, servindo como op��o para a j� saturada Avenida Amazonas at� chegar � BR-381, na sa�da para S�o Paulo.

Excesso de sem�foros, velocidade limitada a 60km/h, car�ncia de passarelas e viadutos, al�m da falta de manuten��o. Essa � a realidade da via, que em nada se assemelha ao esperado para uma rodovia de tr�nsito expresso. As prefeituras de Betim e Contagem, onde est�o os maiores problemas, responsabilizam o governo do estado pela situa��o, enquanto a Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas (Setop) alega que cada administra��o municipal deve gerir o seu trecho.

O maior trecho da Via Expressa est� em Contagem. Consequentemente, l� a reportagem do EM flagrou a maior quantidade de gargalos que contribuem para o tr�nsito se parecer com o de uma avenida local. S�o cerca de 13 quil�metros, todos submetidos � velocidade de 60 km/h com pesada fiscaliza��o eletr�nica. O engenheiro ambiental �ngelo Bernardara, de 61 anos, afirma que a Via Expressa j� nasceu em contradi��o com o que se espera dela. “A quantidade de sinais e cruzamentos � totalmente incompat�vel”, diz. Por�m, ele chama a aten��o para a quest�o da velocidade. “Abandonada do jeito que ela est�, 60km/h � uma boa velocidade para evitar a carnificina”, diz o usu�rio da Via Expressa.

O m�sico Fernando Vieira de Carvalho, de 28, adverte: motoristas que n�o conhecem o trecho acabam acelerando mais do que o devido, pois imaginam estar circulando em espa�o com caracter�sticas de tr�nsito rodovi�rio. “A velocidade permitida � t�pica de tr�nsito local”, observa ele.

Um trecho que mostra bem o conflito na Via Expressa � o cruzamento com sem�foro e registro de avan�o eletr�nico no Bairro Industrial S�o Luiz. H� grande fluxo de pedestres, mas a falta de passarela obriga as pessoas a atravessarem a pista e, por isso, o tr�nsito deve ser interrompido. Muitas vezes, ouvem-se bruscas freadas.

Atualmente, o gargalo que mais contribui para congestionamentos na Via Expressa � o entroncamento com a Avenida Helena de Vasconcelos Costa, popularmente conhecida como Via Pepsi, que faz a liga��o do tr�nsito que vem da BR-040. No trecho, carente de manuten��o, s�o comuns os buracos espalhados pela pista. O tr�fego intenso que vem da BR-381 se mistura com o da BR-040. A falta de um complexo de viadutos resulta em filas quilom�tricas nos hor�rios de pico.

Grandes dificuldades s�o registradas tamb�m em Betim. Juntas, as duas cidades abrigam viadutos que n�o contam com al�as para acesso de quem trafega pela Via Expressa. As estruturas s� permitem a travessia entre bairros, obrigando o motorista a buscar alternativas mais longas.

MARGINAIS

O coordenador do Departamento de Transportes da Universidade Fumec, M�rcio Aguiar, acredita que h� conflito entre o tr�nsito de longa dist�ncia e o tr�fego urbano dos bairros �s margens da Via Expressa, especialmente em Contagem. Segundo ele, seria interessante criar marginais para possibilitar o tr�nsito local e eliminar sem�foros. Poderiam ser constru�dos viadutos, passarelas e al�as de trevo nos elevados antigos, que permitem apenas a travessia entre bairros.

“A via se chama Expressa, mas, na verdade, n�o � isso que vemos na pr�tica. Um corredor importante, que seria op��o � Avenida Amazonas, n�o consegue operar com a mobilidade necess�ria”, constata o especialista. Para Aguiar, a melhor solu��o seria o estado assumir o trecho de mais de 20 quil�metros para unificar opera��o, manuten��o e investimentos.

Por meio de nota, a Prefeitura de Betim atribui a responsabilidade sobre o trecho da Via Expressa que passa no munic�pio � Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas. A reportagem ouviu a BHTrans, mas a reposta foi diferente. Segundo a assessoria de comunica��o do �rg�o, a gest�o vi�ria de cerca de cinco quil�metros entre os bairros Cora��o Eucar�stico e Camargos, na Regi�o Oeste de BH, � da empresa que gerencia o tr�nsito na capital.

(foto: ARTE EM)
(foto: ARTE EM)

 


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