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Estado de Minas

Imprud�ncia e desaten��o aumentam riscos nas cinco vias com m�o-inglesa em BH

Criadas para dar mais fluidez ao tr�fego de BH, que recebeu, em m�dia, 218 carros por dia em 2013


postado em 28/01/2014 00:12 / atualizado em 28/01/2014 07:01

Mateus Parreiras

 

Pedestres correram risco de atropelamento com a conversão proibida à direita feita na rua Professor Moraes feita pelo motociclista, debaixo da placa (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Pedestres correram risco de atropelamento com a convers�o proibida � direita feita na rua Professor Moraes feita pelo motociclista, debaixo da placa (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Implantadas nos �ltimos oito anos para melhorar o tr�fego de Belo Horizonte, as chamadas m�os-inglesas, circula��o pelo lado esquerdo, ainda s�o desrespeitadas e confundem motoristas e pedestres, com risco de acidentes. Mesmo a via implantada h� mais tempo registra abusos, flagrados pela reportagem do Estado de Minas. Motoristas e pedestres cobram mais fiscaliza��o nas cinco �reas com circula��o invertida. Este ano, a medida j� foi adotada na Avenida Caranda�, na regi�o hospitalar, e na Avenida Silviano Brand�o, no Bairro Sagrada Fam�lia. Nesses trechos, a m�o-inglesa foi criada para facilitar o tr�fego do Move (BRT). A BHTrans informou que, por ora, n�o far� novas invers�es. Enquanto se buscam alternativas para dar fluidez ao tr�nsito, BH recebeu 79,8 mil ve�culos a mais em 2013 em rela��o a 2012, uma m�dia de 218 por dia, ou nove por hora. A frota chegou a 1.580.625 em 31 de dezembro.

O primeiro corredor a ter o sentido de circula��o mudado para a esquerda foi a Rua Professor Moraes, na Regi�o Centro-Sul. Desde 2006, o tr�fego foi transformado em um quarteir�o com m�o-inglesa para ve�culos que descem a Rua Ant�nio Albuquerque e viram na Professor Moraes � esquerda, seguindo a Avenida do Contorno ou atravessando-a para a Rua Gr�o Mogol. � �poca, a BHTrans afirmou ter adotado o esquema para dar mais fluidez ao tr�fego na Contorno sentido Savassi, pois era grande o fluxo de ve�culos para convergir � direita na Professor Moraes ou � esquerda na Gr�o Mogol, ambas agora proibidas.

Bastaram 10 minutos no cruzamento da m�o-inglesa para que dois motociclistas fossem vistos entrando � direita, da Contorno para a Professor Moraes. O movimento � proibido e muito perigoso, porque, apesar de o acesso dos ve�culos do sentido contr�rio estar fechado, o sinal de pedestres fica aberto quando as motos passam. Como resultado, quem cruzava a Professor Moraes a p� e pelo passeio precisou se desviar dos dois ve�culos para n�o ser atropelado. “J� vi v�rios acidentes ocorrendo aqui por causa da imprud�ncia na m�o-inglesa. Uma vez um �nibus que ficou preso no tr�nsito acelerou quando o sinal estava fechado e atropelou uma mulher que vinha olhando para o outro lado. Isso quando os motociclistas que s� olham para o sem�foro de pedestres n�o aceleram e quase atropelam as pessoas, sem ver que o sinal dos carros ainda est� vermelho”, reclama a vendedora Vanessa de Oliveira Lemos.

CARANDA� A confus�o de carros e motos entrando em pistas que se tornaram contram�o e dando de frente com ve�culos em sentido oposto mostra que, cinco dias depois de sua implanta��o, a m�o-inglesa na Avenida Caranda� ainda confunde muita gente. Nos 10 minutos que a reportagem esteve no local pelo menos quatro motociclistas e tr�s carros erraram a entrada na m�o-inglesa que leva da Avenida Alfredo Balena para a Contorno e ingressaram na pista do meio, que � o caminho do Centro para os hospitais. Quase bateram de frente com autom�veis que circulavam no sentido contr�rio. Mas quem mais parecia perdido eram pedestrse, j� que, apesar das altera��es, ainda n�o foram pintadas faixas de travessia. “Est� tudo muito confuso. O sinal aqui n�o est� a nosso favor. Andei para cima e para baixo procurando onde atravessar e ainda n�o estou seguro se passei pelo lugar certo”, disse o aposentado Jo�o Os�rio, de 77 anos.

Na Avenida Silviano Brand�o a grade para pedestres colocada no cruzamento da m�o-inglesa com a Avenida Cristiano Machado foi destru�da e restos de metal retorcidos sobraram como marca do perigo.

Para o doutor em engenharia de transportes Frederico Rodrigues, a implanta��o de m�os-inglesas foi acertada. “Principalmente para os pedestres, que est�o acostumados a atravessar olhando primeiro para a esquerda e depois para a direita, essas altera��es s�o perigosas e precisam de ter sinaliza��es enf�ticas para alertar quem anda a p�”, disse. Segundo ele, por outro lado, a m�o-inglesa torna os corredores mais r�pidos.

“A BHTrans informou que a m�o-inglesa organizou os cinco cruzamentos onde foi implantada, resultando na redu��o de 12 para oito sem�foros.

Saiba mais

Napole�o inverteu dire��o

Estudos da Universidade de Cambridge (EUA) revelam que a circula��o pelo lado esquerdo era comum no Ocidente na Antiguidade devido ao tr�fego de cavalos e bigas. Isso ocorria para que os cavaleiros, ao cruzar com outros, pudessem cumpriment�-los e at� lutar com a m�o direita livre. No no fim do s�culo 19, Napole�o Bonaparte, que era canhoto, mandou inverter essa l�gica e ao dominar a Europa, � exce��o do Reino Unido, que reagiu e at� permanece com o tr�fego pela esquerda. Nos EUA, a circula��o pela esquerda foi abandonada devido ao uso de carro�as com muitos cavalos que precisavam ter os cocheiros � esquerda, chicoteando os animais com a m�o direita.

 CIRCULA��O INVERTIDA

Julho/2006
Rua Professor Moraes (Savassi)


Desafogou o tr�nsito na Avenida do Contorno, no sentido Savassi, ao proibir convers�o � direita na Rua Professor Moraes e � esquerda na Rua Gr�o Mogol.

Novembro/2008
Avenida Bernardo Monteiro (regi�o hospitalar)


Adotada para receber o sistema metropolitano de �nibus e permitir desembarque de linhas nos hospitais, passando pela Avenida dos Andradas.

Mar�o/2012
Rua Conselheiro Rocha (Horto)


Aliviou o tr�nsito para ve�culos que descem
a Rua Conselheiro Rocha entrar na
Avenida Silviano Brand�o sem fechar o sem�foro da avenida.

Janeiro/2014
Avenida Silviano Brand�o (Sagrada Fam�lia)


Reduziu sem�foros de tr�s para dois ao permitir acesso direto dos ve�culos que trafegam entre as avenidas Cristiano Machado e Silviano Brand�o

Janeiro/2014
Avenida Caranda� (regi�o hospitalar)

Melhorou o fluxo na Avenida Alfredo Balena, com elimina��o de um sem�foro, e na Avenida Afonso Pena naquela dire��o, que n�o demandar� mais interrup��o do fluxo contr�rio

Fonte: BHTrans


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