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Estado de Minas

Via Expressa tem falhas graves na manuten��o

Lixo no acostamento, buracos na pista e outros sinais de deteriora��o comprovam que os poderes p�blicos h� muito tempo n�o se preocupam com a conserva��o da Via Expressa


postado em 27/01/2014 06:00 / atualizado em 27/01/2014 07:04

Guilherme Paranaiba

Al�m da falta de mobilidade, marcada pelo excesso de sem�foros e aus�ncia de viadutos e passarelas, a Via Expressa carece de manuten��o b�sica. No trecho de Contagem, in�meras situa��es chamam a aten��o, dando a impress�o de que a via est� completamente abandonada pelo poder p�blico. Veem-se lixo espalhado, entulho descartado irregularmente e at� ve�culo abandonado no acostamento. Os buracos comp�em esse cen�rio de abandono: no cruzamento com a Avenida Jo�o C�sar de Oliveira, motoristas fazem manobras arriscadas para n�o cair nas crateras.

Quem segue no sentido BH/Betim depara com uma caminhonete destru�da, largada no acostamento no Bairro Santa Elena, em Contagem. O ve�culo tem pneus furados e lataria enferrujada. N�o h� mais motor, o que significa que ele deve ficar ainda um bom tempo por ali, caso n�o seja “importunado” pela prefeitura. Na carroceria foi improvisada uma “venda” de frutas. Ao ser abordado pela reportagem, o atendente desconversou. “N�o sei de nada, quem pode falar alguma coisa � meu patr�o, que n�o est�”, alegou ele.

Outra situa��o curiosa pode ser vista bem perto da caminhonete. O radar de 60km/h est� instalado em uma das faixas de circula��o. O concreto j� desgastado da base � mais um exemplo de deteriora��o da Via Expressa.

Lixo

No Bairro Industrial S�o Luiz, o lixo se acumula no canteiro que divide as pistas principal e marginal. Sob a passarela no entroncamento da Avenida Helena Vasconcelos Costa, a Via Pepsi, a quantidade de entulho chama a aten��o. Nas proximidades da Avenida Jo�o C�sar de Oliveira, buracos desafiam a per�cia dos motoristas. Manobras bruscas s�o frequentes e verdadeiras crateras se espalham nas tr�s faixas. “Quando voc� est� atr�s de um �nibus ou caminh�o, � complicado. Eles entram nos buracos e acabam escondendo-os da gente. Quando percebemos, j� n�o d� mais”, conta o administrador de empresas Fel�cio Santos de Albuquerque Pimenta, de 42 anos.

A Autarquia Municipal de Tr�nsito e Transportes de Contagem (Transcon) afirma que, na quinta-feira, enviou fiscais ao local onde est� a caminhonete abandonada, mas eles n�o conseguiram localizar o dono do ve�culo. Nova tentativa estava planejada para sexta-feira. A notifica��o ao propriet�rio ser� publicada no Di�rio Oficial do Munic�pio em cinco dias, fixando prazo de mais cinco para a remo��o. Caso ele n�o cumpra a determina��o, a Transcon vai remover a caminhonete para um p�tio.

Apesar de a reportagem ter encontrado grandes buracos crateras na pista, a Prefeitura de Contagem, por meio da assessoria de imprensa, informa que a opera��o tapa-buracos, apoiada pela Transcon, “procede regularmente” e consome 460 toneladas de asfalto por m�s, em m�dia. Quanto ao lixo acumulado em canteiro no Bairro Industrial S�o Luiz, a Secretaria de Obras, por meio do Departamento de Limpeza Urbana, promete enviar nos pr�ximos dias um t�cnico fiscal “para avaliar se o lixo � pass�vel de notifica��o ou de remo��o”, al�m de providenciar a limpeza do local.

A prefeitura informa que o terreno sob a passarela no entroncamento da Via Pepsi onde h� entulho � de propriedade particular e que a Secretaria de Meio Ambiente vai verificar se o dono tem licen�a ambiental para efetuar o dep�sito do material.

 

Excesso de tr�nsito urbano

O presidente da Autarquia Municipal de Tr�nsito e Transportes de Contagem (Transcon), Agostinho Fernandes da Silveira, reconhece que a Via Expressa n�o faz jus ao nome. “Ela se converteu em avenida urbana. Houve necessidade de adequ�-la � realidade da vida municipal devido � frequ�ncia exorbitante de 120 mil ve�culos que transitam por l� por dia, em m�dia”, explica. Para ele, ao menos dois viadutos precisam ser erguidos em Contagem para fazer a liga��o entre bairros sem que os carros precisem cruzar a via.

Silveira informa que est� prevista a constru��o de um elevado na altura do Bairro Tropical com al�as de acesso � Via Expressa. “A obra foi contemplada pelo Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). O projeto executivo est� pronto e ser� enviado ao Minist�rio das Cidades. Em tr�s ou quatro meses deveremos contar com recursos para iniciar os trabalhos”, afirma. Ele defende a melhoria do transporte p�blico como forma de reduzir o n�mero de ve�culos particulares em circula��o. “Celebramos conv�nio com o minist�rio e a Caixa Econ�mica Federal para criar faixa exclusiva para �nibus. At� o meio do ano teremos parte da verba liberada para iniciar a obra”, afirma.

O presidente da Transcon admite a necessidade de novas passarelas. “Se pudermos fazer de seis a oito no trecho em Contagem, d� para equacionar de forma razo�vel a seguran�a dos pedestres, mas isso demanda dinheiro. Estamos elaborando estudos t�cnicos para pleitear recursos junto ao governo federal”, informa. Segundo ele, a prefeitura solicitou ao governo estadual a assinatura de conv�nio que transfira para Contagem a administra��o da Via Expressa. “Estamos cobrando isso do DER/MG. J� assumimos o gerenciamento do tr�nsito, a sinaliza��o e a manuten��o, com tapa-buraco, capina e limpeza”, refor�a. Antes de o acordo ser firmado, por�m, ele quer que o estado recupere o revestimento de asfalto. “Tapa-buraco � apenas paliativo. Com as chuvas, tudo abre novamente. � preciso fazer o recapeamento da via, que est� saturada. A estrutura n�o suporta mais o tr�fego intenso”, acrescenta.

Nota

A Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas se pronunciou por meio de nota. Diz o texto: “Em rela��o � implanta��o da Via Expressa no trecho da PUC Minas, em Belo Horizonte, ao Bairro �gua Branca, em Contagem, e da BR-040 (Ceasa) � BR-381 (Krupp), informamos que se trata de duas vias municipais, uma em Belo Horizonte e a outra nos munic�pios de Contagem e de Betim. As obras foram realizadas pelo governo de Minas por meio do DER/MG, uma na d�cada de 1970 e a outra na d�cada de 1990, respectivamente, como vias locais, e est�o com a administra��o municipal para manuten��o e opera��o.” (Colaborou Tiago de Holanda)


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