Segundo passageiros, tudo come�ou quando o adolescente pulou a roleta e foi repreendido por dois homens, supostamente a servi�o da empresa Rodap, respons�vel pela linha. Um deles estava armado, de acordo com testemunhas, e teria usado a arma para intimidar o jovem, que disse tamb�m ter sido agredido com tapas no rosto.
Usu�rios reclamam da retirada dos cobradores da linha, que teriam sido substitu�dos pelos pr�prios motoristas, al�m de problemas com a estrutura dos ve�culos e falta de coletivos para atender � demanda local.
A confus�o de ontem come�ou cedo, no �nibus que deveria sair �s 6h10 da Avenida Engenheiro Felipe Gabrich, ponto de partida da viagem rumou a BH. O jovem P.C. D.S., de 16 anos, assumiu que pulou a roleta. “O fiscal apareceu e me mandou sair. Falou que eu iria aprender a entrar direito em um �nibus e me agrediu verbalmente”, diz o adolescente. Ele acrescenta que chegou � roleta e pagou a passagem, mas foi levado de volta � porta da frente e levou tapas no rosto.
O motorista Ildeu Jo�o de Matos tentou continuar a viagem, mas foi impedido pelos passageiros. “Todos desceram e come�ou uma confus�o. Outros �nibus pararam e os dois fiscais fugiram”, conta o t�cnico em seguran�a eletr�nica Hebert Ferreira de Souza, de 38, que tamb�m estava no coletivo.
Moradores das proximidades come�aram ent�o a depredar os �nibus parados no tumulto, incendiando um deles e obrigando a interven��o do Corpo de Bombeiros. “A confus�o foi resultado de uma s�rie de problemas. Desde janeiro n�o tem mais cobrador nos �nibus. Os motoristas chegam a ficar um longo tempo cobrando passagem”, diz Hebert.
A Pol�cia Militar interveio, mas ningu�m foi preso. O menor foi encaminhado � companhia da PM como v�tima, acompanhado de seis testemunhas e quatro motoristas. Ainda revoltados, moradores foram at� a esquina das ruas Duque de Caxias e Jo�o Miranda e impediram a passagem de outro �nibus da mesma linha. O motorista Juvenil da Silva Am�ncio, de 32, saiu pouco antes de as vidra�as serem atingidas por mais pedras.
Segundo a Secretaria de Estado de Transportes e Obras P�blicas, o Ato Complementar 30, de 2012, relacionado ao regulamento do servi�o de transporte coletivo intermunicipal e metropolitano, determina que dois tipos de �nibus, conhecidos como mini e midi, podem rodar sem cobrador. J� os convencionais precisam do agente. Um dos diretores da empresa Rodap, Elo�sio Silveira, disse que o �nibus queimado � do tipo midi, portanto, n�o precisava de cobrador, e acrescentou que a transportadora n�o tem funcion�rios que andam armados.