
Dois taxistas foram v�timas de viol�ncia na madrugada dessa ter�a-feira em Belo Horizonte. Em um dos casos, o motorista Jorge Mello de Souza, de 56 anos, foi assassinado a tiros na altura do km 9 da Avenida Country Club, no Bairro Taquaril, na Regi�o Leste. O crime ocorreu em um ponto deserto da via, conhecida como antiga estrada de Sabar�. De acordo com a Pol�cia Militar, testemunhas disseram ter ouvido tr�s disparos por volta de 3h e em seguida se depararam com o homem baleado. Ele estava ca�do no ch�o, j� sem vida, a cerca de 50 metros do t�xi placa HLB 4586, de BH. A segunda ocorr�ncia foi registrada no Bairro Floramar, na Regi�o Norte, onde o taxista teve o ve�culo levado por assaltantes.
“Penso que ele deveria estar com tr�s passageiros j� que as quatro portas do carro estavam abertas. Desconfio que ele estava sendo assaltado e quando chegou nesse ponto da avenida, que � muito escuro, ele desligou o carro e saltou para tentar fugir”, sup�s um morador do local. Ele diz que antes dos disparos n�o ouviu pedidos de socorro nem gritos, e que foi o vizinho, que tamb�m � taxista, quem ligou para a PM. Segundo ele, h� alguns meses quando passava pelo trecho ele se surpreendeu com um taxista correndo, dizendo que estava sendo assaltado por um homem armado com uma faca.
Durante toda a manh� militares tentaram localizar familiares do taxista, que era motorista auxiliar. O cadastro do carro tem endere�o de Contagem, onde moraria o taxista identificado como dono da placa. No entanto, o homem � falecido. Segundo a ocorr�ncia policial, consta no sistema do Detran que o ve�culo est� com impedimento judicial, justamente por esse motivo. J� que ningu�m compareceu para retirar o carro, ele foi levado pelo reboque para o p�tio na Avenida Bel�m, no Bairro Esplanada. A PM tamb�m esteve em outros tr�s endere�os, entre eles um no Bairro S�o Geraldo, onde o taxista residia, mas ningu�m foi localizado.
Um dos pontos de t�xi em que Jorge trabalhava era o da Pra�a Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza. Colegas dele que estavam a servi�o ontem contaram que o motorista era uma pessoa tranquila, sem v�cios e que n�o relatava ter inimigos. “Ele ficava aqui no ponto. Gostava de trabalhar mais de madrugada. Tinha um viol�o no porta-malas e quando era poss�vel tocava para a gente”, contou o taxista Maur�cio Rungui Casal, de 71. Segundo ele, a categoria tem trabalhado apreensiva, especialmente � noite, devido aos epis�dios de viol�ncia contra taxistas.
ASSALTO Tamb�m na madrugada de ontem, tr�s pessoas foram presas depois de assaltarem um taxista no bairro Floramar, na Regi�o Norte de Belo Horizonte. Segundo a v�tima, o grupo formado por Bruno de Freitas Coelho, de 44 anos, Tiago Coelho dos Santos, de 28 e S�mia Daniele Maia da Silva, de 33, entrou no carro e pediu uma corrida at� o Bairro Cristina. Pouco depois o trio anunciou o assalto, determinou que o taxista descesse e fugiu levando o ve�culo.
A v�tima acionou a PM e os ladr�es foram localizados no Bairro Xod� Marize, tamb�m na Regi�o Norte da capital. Durante a persegui��o, o ve�culo foi abandonado e os tr�s tentaram fugir pelas margens de um c�rrego at� a avenida Cristiano Machado, onde foram detidos. Com o grupo havia pedras de crack. Foram recuperados um GPS e o celular da v�tima.
Mem�ria
Duas mortes em menos de 20 dias
No dia 15 de fevereiro outro taxista foi morto em Belo Horizonte. Sebasti�o da Silva Dias, de 50 anos, foi esfaqueado por Filipe Le�o Mota, de 20. O crime ocorreu no fim de um s�bado e o jovem foi preso no domingo, ap�s confessar o homic�dio para a m�e e ser denunciado por ela. O crime foi registrado como latroc�nio (roubo seguido de morte). Mota j� tinha passagens pela pol�cia por tr�fico de drogas e roubo, inclusive contra taxistas. Curiosamente, ele � filho de um taxista que foi assassinado em 1998.