Os ex-policiais militares Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, acusados de matar tio e sobrinho no Aglomerado da Serra, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, em fevereiro de 2011, come�aram a ser julgados na manh� desta ter�a-feira no 1º Tribunal do J�ri do F�rum Lafayette. Os dois est�o presos na Penitenci�ria Jason Soares Albergaria, em S�o Joaquim de Bicas, na Grande BH.
Por volta de 9h, o juiz Carlos Henrique Perp�tuo Braga abriu a sess�o do j�ri com a presen�a do representante do Minist�rio P�blico, promotor Francisco Rog�rio Campos e dos advogados dos r�us. Jason ser� defendido por �rcio Quaresma Firpe e Jonas tem como advogado Agnaldo Jos� de Aquino Gomes. Est�o previstos os depoimentos de 19 testemunhas na audi�ncia, sendo cinco de acusa��o e o restante arroladas pela defesa. Para compor o Conselho de Senten�a, foram escolhidos sete homens e uma mulher. A sess�o de julgamento deve acontecer durar pelo menos dois dias.
Segundo den�ncia do Minist�rio P�blico, eles atiraram contra o auxiliar de enfermagem Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e o sobrinho dele, o adolescente Jeferson Coelho da Silva, de 17, durante uma opera��o policial no aglomerado, no dia 19 de fevereiro de 2011. O cabo F�bio de Oliveira, de 45 anos, tamb�m teria participado das execu��es, mas foi encontrado morto na cadeia dias depois da pris�o.
A den�ncia destaca que o crime foi cometido “sem qualquer raz�o �til ou necess�ria” e com uso de recurso “que impossibilitou por completo” a defesa das v�timas. Os ex-militares s�o acusados de homic�dio duplamente qualificado e ainda por posse irregular de dois rev�lveres com numera��o raspada, que colocaram no colocaram do crime. Na �poca, os r�us foram acusados de plantar provas contas as v�timas para tentar justificar a opera��o.

Em dezembro de 2013, o j�ri foi adiado para que os advogados da defesa juntassem ao processo documentos, fotos e mat�rias jornal�sticas, para exibi��o em plen�rio. A promotoria solicitou a realiza��o de per�cia t�cnica para comprovar a veracidade do material. Na ocasi�o, o ent�o juiz presidente Ronaldo Vasquez observou que, conforme o artigo 422 do C�digo de Processo Penal (CPP), a inclus�o dos documentos no processo deveria ser feita com anteced�ncia m�nima de tr�s dias do julgamento. O magistrado abriu a sess�o no f�rum e, antes do sorteio do j�ri, anunciou o a suspens�o do julgamento. “Por transpar�ncia, Justi�a e lealdade �s partes o j�ri de hoje ser� adiado”.