
Amarelim n�o cont�m a alegria diante de tantas m�os querendo acarici�-lo. Veludo � um senhor baixinho, que mant�m seu lado espoleta. Charmosa e discreta, Nina desfila seus pelos compridos no gramado. Apesar de t�mido, Balu n�o hesita em abanar o rabo quando recebe carinho. Acolhidos na Escola de Veterin�ria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), todos os c�es ganharam nessa quinta-feira um novo lar. Na primeira feira de ado��o da institui��o, a comunidade em geral pode conhecer e se comover com a hist�ria desses animais, abandonados pelos donos no Hospital Veterin�rio da faculdade ou encontrados nas ruas pelos alunos da escola.
Ao todo, oito cachorros que vivem no canil da institui��o participaram do evento, cujo objetivo foi encontrar fam�lias para os animais. “Cada um tem uma origem. Alguns estavam em tratamento no hospital e foram abandonados pelos donos. Outros foram achados na rua e trazidos para c�”, conta a professora associada da Escola de Veterin�ria Adriane Pimenta da Costa Val. Uma das organizadoras da feira, ela � contra o mercado de animais. “As pessoas gastam milhares de reais num c�o de ra�a, mas esquecem que amigos a gente n�o compra”, diz.
TRATAMENTO
Os animais para ado��o foram todos castrados, vacinados e vermifugados e, agora, precisam apenas de continuar a ser bem cuidados e de muito carinho. “O amor deles com os donos � incondicional. Como foram abandonados, s�o carentes e precisam de aten��o”, ressalta a mestranda em ci�ncia animal Stephanie Passos. O mais ansioso para ter um novo lar era Amarelim, fascinado com as m�os acariciando seu pelo dourado. “Ele foi deixado no estacionamento da escola. Tinha um tumor e precisou passar por tratamento de quimioterapia. Hoje, est� curado”, conta Adriane.
Para serem liberados, precisaram passar pelo crivo das alunas da Escola de Veterin�ria. N�dia Aparecida da Silva j� pode perceber isso. Ela acolheu o macho Cookie, um vira-lata de 4 anos. O animal foi resgatado apavorado em uma rodovia e levado para a UFMG. Ele n�o perdeu o medo, mas no colo de N�dia mostrava confian�a com a nova dona. “Olha para mim, paix�o”, diz a m�e adotiva. Acostumada com animais, ela achou que Cookie tem personalidade parecida com a dela. “Somos carinhosos. Ele vai perder esse medo. Vou ter paci�ncia com ele e ele comigo”, afirma, em frente a uma plateia. Ao levar o cachorro para casa, N�dia e os demais adotantes receberam cartilha sobre a guarda respons�vel de animais (veja quadro).
