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Estado de Minas

Ap�s roubo na Grande BH, falhas na prote��o de armas em JF preocupa popula��o

Vizinhos da Central de Escoltas do munic�pio do interior se preocupam com a��o de ladr�es. Falta de estrutura � similar e desperta cr�ticas


postado em 26/03/2014 06:00 / atualizado em 26/03/2014 13:01

Imóvel cedido pela prefeitura é cercado por telas simples. Não há guarita de vigilância ou câmeras visíveis (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Im�vel cedido pela prefeitura � cercado por telas simples. N�o h� guarita de vigil�ncia ou c�meras vis�veis (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)

Juiz de Fora
- O furto de 45 armas do Centro Integrado de Escoltas de Ribeir�o das Neves, na Grande BH, na madrugada de segunda-feira, repercutiu a quase 260 quil�metros de Belo Horizonte. Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde fica a segunda unidade do g�nero em Minas, o assalto preocupou a popula��o e deixou agentes em alerta. O im�vel onde funciona a estrutura, que � da prefeitura e foi cedido ao estado, fica na Pra�a Senador Teot�nio Vilela, Bairro Vitorino Braga, e n�o � muito diferente da casa que foi alvo de ataque em Neves. Do lado de fora, nenhuma c�mera de seguran�a � observada por quem passa pela rua. Uma tela simples, que precisa de manuten��o em alguns pontos, cerca o edif�cio. N�o h� muro externo e nenhuma guarita vis�vel, condi��es que deixam apreensivos moradores da vizinhan�a.

A principal diferen�a � a identifica��o de que ali funciona um servi�o que integra a estrutura da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), pois h� placas nas paredes e ao longo de toda a fachada. Outro aspecto � a localiza��o, em uma �rea residencial, mais centralizada, diferente da unidade de Neves, mais isolada e cercada por matas. Al�m do im�vel hoje usado pela Seds, outras casas pertencem � prefeitura e abrigam o Conselho Tutelar, o Centro de Refer�ncia em Direitos Humanos e uma creche municipal.

Nessa ter�a-feira, aparentemente o movimento foi normal. Mais de 20 agentes foram vistos entre 15h e 18h e o tr�nsito de viaturas, entre ve�culos comuns, caminhonetes e vans, n�o parou em nenhum momento. Sem se identificar, um dos agentes disse que al�m do plant�o para escolta de presos e guarda de armas h� um expediente em hor�rio comercial, que cuida do servi�o administrativo. Outro servidor disse que n�o houve mudan�a na rotina da unidade depois que a equipe tomou conhecimento do furto das armas em Neves, apesar de a Seds ter informado que recomendou que a vigil�ncia ficasse em alerta. Ningu�m quis dar detalhes sobre a din�mica do trabalho no local nem admitiu se o trabalho � feito em clima de inseguran�a.

O im�vel conta com grades de ferro nas janelas, que s�o de vidro e tamb�m de chapas de metal. Ontem, agentes circularam com fuzis durante o turno de servi�o. Segundo a Seds, 90 servidores se dividem em quatro equipes, trabalhando em plant�es de 12 de servi�o por 36 horas de folga. Eles usam 12 viaturas e atendem as demandas de escoltas no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, Penitenci�ria Jos� Edson Cavalieri, Penitenci�ria Professor Ariosvaldo Campos Pires e Casa do Albergado Jos� de Alencar Rog�do.

Na Pra�a Teot�nio Vilela h� ainda uma quadra esportiva, que ontem recebia um casal jogando t�nis, al�m de alguns brinquedos enferrujados. Moradora do local, a manicure J�ssica Aparecida da Silva, de 22 anos, contou que h� pouco tempo houve um tiroteio entre gangues rivais na pra�a e que os agentes se trancaram no Centro de Escoltas. “Aqui tamb�m � um ponto de uso e venda de drogas. Essa parte do bairro fica mais perigosa de noite”, diz. O militar do Corpo de Bombeiros Francisco R�gis de Lima, de 43, mora h� 25 anos em frente ao im�vel que j� foi da Pol�cia Militar e hoje � do sistema prisional. Ele acredita que falta seguran�a para que os agentes penitenci�rios possam trabalhar tranquilos e para que as armas fiquem bem guardadas. “Um lugar desses precisaria de um muro alto, uma guarita com sentinela 24 horas e um sistema de c�meras integrado com uma central de monitoramento, que acionasse a pol�cia em qualquer suspeita, semelhante a um pres�dio mesmo”, disse ele.

Um vendedor de picol� que passa todos os dias pela pra�a e prefere n�o se identificar disse  nunca ter presenciado nenhum tipo de problema, mas acha que o im�vel � vulner�vel. “S� n�o sabemos como � l� dentro. Por fora todo mundo consegue ver que n�o � dif�cil entrar”, avaliou. Outra vizinha que tamb�m pediu anonimato disse temer a falta e um eventual enfrentamento nas imedia��es. “Todo mundo v� os agentes saindo com armas de grosso calibre. Se entraram perto de Belo Horizonte, por que n�o podem tentar aqui? E de noite nunca sabemos quantos ficam no plant�o. Basta uma informa��o privilegiada e os assaltantes podem encontrar uma brecha”, diz.


Investiga��es


O subsecret�rio de Administra��o Prisional, Murilo Andrade, diz que uma das prioridades do governo do estado � a recupera��o das armas e na pris�o dos ladr�es que agiram em Neves. No entanto, at� ontem nenhum suspeito havia sido identificado ou preso. Tamb�m n�o foram encontradas pistas que levassem � localiza��o do armamento. Os nove agentes que trabalhavam na Central de Escoltas na noite de domingo come�aram a prestar depoimento. Na segunda-feira, eles passaram por exames toxicol�gicos no Instituto M�dico Legal (IML), na tentativa de descobrir se ingeriram alguma subst�ncia que provocasse sonol�ncia, j� que alguns foram encontrados dormindo e outros passando mal. O prazo para o resultado dos exames � de 30 dias, mas o governo do estado pediu urg�ncia na conclus�o dos laudos, que podem ficar prontos antes.


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