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Estado de Minas

Falhas de seguran�a que facilitaram roubo de armas na Grande BH se repetem em JF

Unidade, na Zona da Mata, n�o conta com cercas el�tricas, alarme ou guaritas. Secretaria emite alerta, refor�a vigil�ncia e estuda reformas estruturais


postado em 26/03/2014 06:00 / atualizado em 26/03/2014 06:43

As condições que facilitam a ação de ladrões se repetem na outra unidade do tipo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.(foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
As condi��es que facilitam a a��o de ladr�es se repetem na outra unidade do tipo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata. (foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)

Fora - Im�veis sem guarita, cerca el�trica ou grades refor�adas e aparentemente desprovidos de sistema eletr�nico de monitoramento. As condi��es que facilitaram a a��o de ladr�es na Central Integrada de Escoltas de Ribeir�o das Neves, na Grande BH – de onde foram levadas 45 armas depois que nove agentes aparentemente foram dopados –, se repetem na outra unidade do tipo, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a 255 de Belo Horizonte. A Secretaria de Estado de Defesa Social admite a fragilidade, tanto que desativou, ainda que temporariamente, a central de Ribeir�o das Neves, invadida na noite de domingo e de onde foram levadas 39 pistolas ponto 40 e seis submetralhadoras de mesmo calibre, al�m de cerca de 1,2 mil cartuchos de muni��o. O restante das armas foi transferido. A Seds adotou provid�ncias tamb�m no pr�dio de Juiz de Fora, onde houve refor�o da seguran�a, redu��o do armamento armazenado e o policiamento foi colocado em estado de alerta. Recomenda��o semelhante foi adotada nos outros im�veis onde h� guarda de armas em Minas.

A fragilidade dos dep�sitos b�licos j� havia sido notificada pelos agentes penitenci�rios � entidade que representa a categoria. De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes de Seguran�a Penitenci�ria de Minas Gerais, Adeilton Souza Rocha, as queixas s�o frequentes. “Eles t�m medo de invas�es, j� que os im�veis onde as centrais funcionam n�o contam com estrutura suficiente de seguran�a”, afirma. O poder de fogo do armamento roubado, considerado fundamental na linha de frente das interven��es policiais, ajuda a explicar a cobi�a de criminosos e o temor dos servidores.

A secretaria nega ter recebido qualquer alerta sobre as fragilidades. Por�m, enquanto a Pol�cia Civil trabalha na tentativa de identificar os assaltantes e recuperar as armas, a Seds afirma estar fazendo um levantamento dos problemas de seguran�a das duas centrais de escolta. O objetivo, segundo o subsecret�rio de Administra��o Prisional, Murilo Andrade, � identificar falhas e promover melhorias, como instala��o de c�meras ou eventuais obras. O secret�rio disse ainda que estudos t�cnicos v�o apontar se as centrais de escoltas devem continuar nos endere�os atuais.

Poderio em m�os erradas


A utilidade que as armas roubadas na Central de Escoltas de Ribeir�o das Neves t�m para a pol�cia d� a dimens�o do poder b�lico agora nas m�os de criminosos, ao mesmo tempo que demonstra o desfalque que o assalto representa para as for�as de seguran�a. As pistolas Imbel modelos MD5 e MD7 e as submetralhadoras Taurus modelo SMT, todas de calibre ponto 40, s�o consideradas armamento extremamente importante para incurs�es em aglomerados, opera��es em rodovias, confrontos e trocas de tiros. O calibre oferece boa precis�o e alto poder de imobiliza��o do alvo.

O chefe da sala de imprensa da Pol�cia Militar, Major Gilmar Luciano dos Santos, explica que o calibre ponto 40 foi adotado como ideal para uso das for�as p�blicas de seguran�a – � exce��o do Ex�rcito ou de unidades especializadas da PM, que usam o calibre 9mm – justamente pelo alto poder de parada do alvo. “Na pr�tica, isso significa que tal calibre � capaz de colocar fora de combate um oponente atingido por um �nico tiro, tamanha � a energia cin�tica transferida pelo disparo. No entanto, por n�o transfixar o corpo, como ocorre no caso do calibre 9mm, e, consequentemente, n�o atingir terceiros, � um calibre menos letal”, diz o major.

A diferen�a t�cnica entre pistolas e submetralhadoras est� centrada basicamente no precis�o e alcance do disparo, al�m da quantidade de tiros de cada uma. As submetralhadoras est�o na linha de frente em opera��es policiais por terem maior capacidade de armazenamento de cartuchos e alta precis�o nos tiros em dist�ncias superiores a 15 metros. J� as pistolas roubadas s�o usadas para disparos a dist�ncias menores e contam com reserva para 17 cartuchos. “Ambas, no entanto, s�o consideradas do dia a dia do PM e de alta import�ncia para o trabalho dos militares”, afirmou o major.

Sem aprofundar no preju�zo que o roubo pode causar � seguran�a, o subsecret�rio de Administra��o Prisional, Murilo Andrade, afirma que qualquer armamento em m�os erradas � perigoso. “Um volume desses � ainda pior. Mas tenho convic��o de que as pol�cias v�o recuperar essas armas”, afirmou.(VL)


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