(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Aluna de 14 anos leva chutes e socos em briga dentro de sala de aula em Ibirit�

Um v�deo gravado por outros estudantes mostra pux�es de cabelo, socos e chutes. Tr�s alunas mais velhas bateram na adolescente de 14 anos sem motivo aparente. Elas alegam que a menor era 'tiradinha' e fazia fofoca


postado em 26/03/2014 12:51 / atualizado em 26/03/2014 13:16

A agress�o a uma estudante de 14 anos mobilizou alunos e professores da Escola Estadual Sandoval Soares Azevedo, em Ibirit�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, na ter�a-feira. Tr�s alunas espancaram a colega dentro da sala de aula em uma a��o planejada e gratuita. Um v�deo gravado por outros alunos mostra pux�es de cabelo, socos e chutes. � coordena��o da escola e � pol�cia, as agressoras dizeram que a v�tima era “tiradinha” e a briga aconteceu por causa de fofoca. A confus�o repercutiu nas redes sociais de alunos, foi parar na delegacia e resultou no afastamento das envolvidas.

A confus�o aconteceu logo ap�s o intervalo das aulas, por volta de 10h40. Tr�s estudantes, de 14, 16 e 17 anos cercaram a v�tima G.O.S., assim que ela entrou na sala. Enquanto professores e diretores estavam ocupados - alguns em reuni�o para elei��o do colegiado e outra parte na missa de comemora��o do 122 anos da Funda��o Helena Antipoff (respons�vel pela escola) -, a briga parou as atividades escolares. A menor agredida cursa o 9º ano do ensino fundamental, assim como uma das agressoras. As outras duas envolvidas est�o no 1º ano do ensino m�dio.

A coordenadora geral da escola, Ana Maria Paix�o Carneiro Sousa, prefere n�o tratar a agress�o como um caso de bullying, mas explica que houve persegui��o sem justificativa plaus�vel contra a jovem ferida, que � considerada uma �tima aluna. “As meninas bateram na mais nova e n�o souberam explicar direito por que estavam brigando. Disseram que a menina � ‘tiradinha’ e faz fofoca”, relata. No entanto, para a diretora, o destaque de G.O pode ter deixado as colegas incomodadas. “A menina � bonita, monitora da escola, ajuda muito aqui e n�o d� trabalho. Ela tem uma beleza natural, um jeito especial de brincar com as pessoas”, afirma Sousa.

Minutos depois do in�cio da briga, uma professora chegou para intervir. As envolvidas foram levadas para a coordena��o e os pais chamados na escola. Todos os respons�veis mostraram grande decep��o e a m�e da adolescente agredida, muito magoada, preferiu registrar um boletim de ocorr�ncia. A PM esteve na escola e levou as agressoras e a v�tima para a 2ª Delegacia de Ibirit�, acompanhadas dos pais. Um representante do Conselho Tutelar tamb�m esteve presente. G.O estava machucada no rosto e com buracos na cabe�a provocados pelos pux�es de cabelo, no entanto n�o precisou de atendimento m�dico.

Para a coordenadora, o mais assustador foi constatar que a agress�o foi planejada. De acordo com Sousa, as meninas marcaram o hor�rio da briga para que houvesse plat�ia e pessoas posicionadas com celulares para filmar.

A rotina da escola continuou na ter�a-feira. Segundo a coordenadora, os professores tentaram lidar com situa��o abordando assuntos de viol�ncia e repugnando a atitude das estudantes. G.O voltou para a escola nesta quarta-feira, acompanhada da m�e e recebeu grande apoio dos colegas ao entrar na sala. Conforme o boletim de ocorr�ncia da PM, todas as testemunhas que viram a confus�o concordaram com a vers�o da v�tima. G.O relatou aos militares muita surpresa pela agress�o gratuita e falou que a situa��o de fofoca j� havia sido resolvida anteriormente.

Veja as imagens:



Decep��o


A escola ainda est� apurando as circunst�ncias da briga e vai se posicionar oficialmente na segunda-feira, dia de posse dos novos membros do colegiado. Enquanto isso, as tr�s agressoras ficaram afastadas das atividades escolares e est�o em casa fazendo atividades socioeducativas. Elas v�o retornar somente na segunda-feira e, segundo a coordenadora, a a��o tem objetivo de preservar as alunas, que despertaram a revolta em outros estudantes pela agressividade de ontem.

A decep��o pela atitude da desproporcional das adolescentes no ambiente escolar foi geral. “A gente fica decepcionado, porque n�o prepara os alunos para isso. S�o meninas boas que de repente fazem isso. Os professores cobraram de n�s uma posi��o, porque n�o podemos ficar com alunos que n�o zelam pela escola. Me entristece muito, porque a gente pensa no futuro delas fora daqui. Um das meninas foi agressiva com a m�e ontem na hora que a pol�cia chegou”, afirma Sousa.

De acordo com coordenadora, as agressoras sa�ram rindo da situa��o, totalmente despreocupada e ainda humilharam a v�tima pelo Facebook, o que gerou repercuss�o negativa na rede entre outros estudantes. A m�e de G.O j� procurou um advogado para auxiliar no caso. A coordenadora pediu apoio do setor de psicologia da Funda��o para mediar uma reuni�o na pr�xima segunda-feira com as envolvidas. Amanh�, uma inspetoria da Secretaria de Estado Educa��o vai at� a escola para procedimentos de rotina e a coordenadora pretender repassar o caso.

Pais

Esse foi o primeiro caso de viol�ncia grave registrado na escola. Mesmo assim, os pais est�o preocupados com a mudan�a de perfil na  institui��o de ensino, que sempre foi uma refer�ncia de educa��o. Um representante da comiss�o de pais e mestres, que preferiu n�o se identificar, disse que o desempenho dos alunos na Sandoval de Azevedo est� caindo muito nos �ltimos anos. “Antes tinha uma puni��o, os alunos eram cobrados”, relata. Ele afirma que a filha, estudante do 9º ano, est� assustada com o clima da escola e j� teve um celular roubado dentro de sala de aula.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)