Deputado questiona a��o de PMs e guardas municipais em abordagem a ativistas em BH

O deputado Nilm�rio Miranda (PT-MG) quer uma investiga��o para avaliar a abordagem feita por guardas municipais e policiais militares contra a representante do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania, Helo�sa Greco, de 62 anos, e outros dois ativistas. O trio foi detido na noite de domingo na Pra�a Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza, Regi�o Leste de Belo Horizonte. O parlamentar vai levar o caso at� a Comiss�o Nacional dos Direitos Humanos e Minorias da C�mara dos Deputados, onde � vice-presidente. A PM e os ativistas contam vers�es diferentes para os fatos.

Segundo o boletim de ocorr�ncia (BO) da Pol�cia Militar (PM), guardas municipais que estavam na pra�a abordaram Helo�sa e Bruno Alc�ntara Soares, de 38 anos, enquanto eles espalhavam cola e tinta sobre um monumento. Os ativistas desacataram os guardas e os agrediram, resistindo � pris�o. Os guardas chegaram a usar o taser – arma que emite choque el�trico - contra Bruno. Os ativistas foram detidos por desacato e depreda��o ao patrim�nio p�blico. Consta no BO que uma testemunha confirmou que eles estavam colando cartazes no local. Ainda de acordo com a PM, o jovem identificado como Aluimar Brand�o de Oliveira, de 21 anos, tamb�m foi detido ap�s chutar um guarda municipal na tentativa de soltar Helo�sa e Bruno. Os envolvidos foram levados para a Central de Flagrantes da Pol�cia Civil (Ceflan) e liberados na madrugada desta segunda-feira.

Outra vers�o sobre o caso � compartilhada na internet. Por meio das redes sociais, os ativistas relatam que Helo�sa e Bruno estavam fotografando cartazes de protesto pelos 50 anos do Golpe de 1964 junto aos monumentos quando foram abordados pelos guardas municipais. A ativista, que � filha de Helena Greco, uma das primeiras vereadoras de BH e militante dos direitos humanos, afirma que a a��o foi truculenta. Por telefone, ela informou que pretende encaminhar den�ncia ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais, � Assembleia Legislativa e � Comiss�o de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em nota, o deputado Nilm�rio Miranda afirma que houve trucul�ncia por parte dos guardas municipais. Ele tamb�m critica a comandante do policiamento da capital, coronel Cl�udia Romualdo, por ter ido ao local no momento dos fatos com um grande contingente. “Na noite de domingo os militantes sociais Helo�sa Greco, a Bizoca, e um companheiro, Bruno, fotografavam um busto na pra�a Santa Tereza, em Belo Horizonte, quando foram abordados por dois Guardas Municipais. Bruno foi dominado ap�s o uso repetido do “taser”, arma n�o letal utilizada pela Guarda Municipal de Belo Horizonte. Bizoca foi submetida pela coronel Cl�udia, do alto escal�o da PM, que chegou ao local com contingente surpreendentemente grande para t�o trivial ato. A coronel Cla�dia alegou que foi ao local alertada para a possibilidade de um linchamento”, disse no documento.

No texto, o deputado tamb�m pede uma investiga��o sobre a pris�o. “Os fatos me levam a solicitar um esclarecimento da Pol�cia Militar para a presen�a – e a��o da coronel Cl�udia, com grande contingente de policiais, em um evento sem maiores significados, e tamb�m a presen�a do comandante da PMMG na Delegacia de Pol�cia. Para que tal aparato e tal mobiliza��o? E por que um policial com a patente da coronel Cl�udia se desloca, com grande contingente, sem as rotineiras informa��es pr�vias sobre a proced�ncia e a necessidade desse deslocamento?”, questionou.

O em.com.br entrou em contato com a coronel Cl�udia Romualdo, mas a comandante n�o atendeu as liga��es. Os ativistas presos tamb�m foram contatados, mas n�o foram encontrados para prestar esclarecimentos.