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Estado de Minas

Sism�grafos v�o tentar revelar tamanho da falha que causa tremores no Norte de MG

Mais cinco aparelhos foram instalados em Montes Claros para detectar possibilidades de abalos de maior intensidade


postado em 11/04/2014 06:00 / atualizado em 11/04/2014 09:58

Tremores assustaram moradores, mobilizaram bombeiros e levaram equipe de especialistas a Montes Claros(foto: WILSON RIBEIRO/TV ALTEROSA)
Tremores assustaram moradores, mobilizaram bombeiros e levaram equipe de especialistas a Montes Claros (foto: WILSON RIBEIRO/TV ALTEROSA)

Os constantes tremores de terra em Montes Claros, no Norte de Minas, ser�o alvos de estudos mais aprofundados do Observat�rio Sismol�gico da Universidade de Brasilia (UnB), que j� mant�m um sism�grafo na regi�o e quer verificar a real extens�o da falha geol�gica existente no munic�pio, apontada como causa dos abalos s�smicos que t�m levado preocupa��o aos moradores. Um grupo de estudiosos da UnB, coordenados pelo chefe do Observat�rio Sismol�gico, Lucas Vieira Barros, instalou cinco sism�grafos na regi�o, de acordo com o que foi informado ontem pelos t�cnicos.

Os abalos mais recentes, registrados desde o domingo, fizeram com que a equipe tomasse essa decis�o. Em sete dias, foram verificados sete tremores, sendo que cinco somente no domingo. Em decorr�ncia do mais forte deles, de 3.9 graus de magnitude, o reboco de uma casa caiu e feriu levemente uma adolescente de 13 anos. O fen�meno atingiu uma subesta��o da Cemig e, por 45 minutos, ficaram sem o fornecimento de energia 90 mil domic�lios – 70 mil em outras duas cidades da regi�o (Cora��o de Jesus e Gr�o Mogol).

A equipe da UnB, que permanece na cidade at� domingo, informou que os cinco aparelhos trazidos por ela foram instalados pr�ximo aos epicentros dos tremores. Com os tr�s sism�grafos j�  operados pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e pela UnB, agora s�o oito equipamentos usados para analisar os abalos s�smicos na �rea.

At� ent�o, o tremor de maior intensidade registrado em Montes Claros foi de 4.2 graus, ocorrido em 19 de maio de 2012 e que provocou danos em 60 casas, das quais oito foram interditadas pela Defesa Civil. Estudos realizados pela UnB e pela Universidade de S�o Paulo (USP) identificaram que a falha geol�gica pr�ximo � �rea urbana de Montes Claros tem de um a dois quil�metros de extens�o, a uma profundidade de 1 a 2 quil�metros. Ontem, o professor Lucas Vieira Barros disse que os novos estudos v�o verificar a real dimens�o da falha geol�gica.

Se a extens�o for maior do que tr�s quil�metros, � poss�vel que venham ocorrer tremores acima de 4.2 graus, mas devendo chegar, no m�ximo, a 5.0 ou 5.5 de magnitude, explicou o especialista, que afastou a possibilidade de acontecer um “abalo catastr�fico” na regi�o. “Os tremores n�o s�o previs�veis. Infelizmente, nunca podemos dizer que n�o acontecer� um abalo de maior intensidade. Mas, nunca teremos aqui um terremoto catastr�fico, como aconteceu no Chile. Pelas informa��es levantadas, temos como afirmar com seguran�a que podemoss ter tremores com intensidade de at� 5 graus, embora pouco prov�veis”, disse o chefe do Observat�rio da UnB.

RELAT�RIO De acordo com ele, os dados coletados v�o indicar se os epicentros dos tremores est�o nos mesmos locais dos sismos anteriores ou se “est�o migrando de lugar”. Lucas Vieira Barros disse que em 30 dias a UnB e a Unimontes v�o divulgar um relat�rio com o mapeamento da falha geol�gica e tamb�m com as medidas que v�o orientar o refor�o das constru��es na cidade, a fim de que sejam reformadas e constru�das casas com estrutura capaz de suportar os abalos s�smicos de maior intensidade. Lucas Vieira admitiu ainda que a explora��o de �guas subterr�neas pode contribuir para a ocorr�ncia dos abalos, o que ainda ser� objeto de estudos. Por outro lado, informou que pesquisas descartaram a rela��o da explora��o de pedreiras da regi�o com os fen�menos.


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