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Estado de Minas

Problemas de mobilidade v�o do c�u � terra em Belo Horizonte

BH, que espera cerca de 380 mil turistas durante a copa, tem problemas tanto no aeroporto quanto na rodovi�ria


postado em 16/04/2014 06:00 / atualizado em 16/04/2014 07:24

Esteiras paradas há três décadas e pouco conforto para muitos passageiros: administração reconhece que melhorias na rodoviária não ficam prontas a tempo do Mundial(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press -6/9/12)
Esteiras paradas h� tr�s d�cadas e pouco conforto para muitos passageiros: administra��o reconhece que melhorias na rodovi�ria n�o ficam prontas a tempo do Mundial (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press -6/9/12)

Problemas em dois dos principais portais de acesso a Belo Horizonte aguardam os cerca de 380 mil turistas que devem passar pela capital enquanto durar a Copa do Mundo. Para quem chega pelo ar, o desafio, sem contar o atraso nas obras do aeroporto internacional de Confins, � driblar os cerca de 400 transportadores clandestinos que disputam com taxistas legalizados o direito de transportar os passageiros at� a capital. Dificuldade agravada pelo fato de n�o estar previsto nenhum aumento no n�mero de t�xis que atendem o terminal, hoje limitado a 508. A perspectiva n�o � melhor para quem chegar� � cidade por via terrestre: com esteiras rolantes desativadas h� 30 anos, goteiras no teto, sinaliza��o em apenas um idioma e at� baratas em �reas pr�ximas � lanchonete, a rodovi�ria de BH n�o tem nenhuma obra ou medida pr�tica em andamento, a dois meses do mundial de futebol, quando BH deve receber cerca de 150 mil turistas estrangeiros e 230 mil brasileiros.

Os problemas do terminal rodovi�rio foram listados ontem por um grupo de vereadores, durante visita t�cnica ao terminal. Eles prometem cobrar medidas urgentes da prefeitura, mas quest�es priorit�rias, como acessibilidade e melhoria da estrutura f�sica, n�o t�m data para come�ar a ser tratadas. Para os parlamentares, que integram a Comiss�o de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da C�mara Municipal, os problemas mais graves s�o relacionadas ao atendimento a pessoas com necessidades especiais. Apesar de o terminal ter dois elevadores, os vereadores acreditam que a sinaliza��o indicativa que leva aos equipamentos � insuficiente e n�o atende turistas estrangeiros, j� que � somente em portugu�s. A mesma regra vale para todas as outras placas instaladas no terminal. Al�m disso, os vereadores cobram que a esteira rolante instalada no sagu�o volte a funcionar ou seja substitu�da, como forma de ampliar o atendimento a quem tem problemas de mobilidade.

“A implanta��o das regras de acessibilidade est� prevista em lei. Deve ser cumprida. Um terminal com movimenta��o intensa de pessoas, como � o de BH, precisa estar preparado para atender bem esse p�blico”, afirma o vereador Sandro Saltara, o Doutor Sandro (Pros). Segundo ele, um pedido urgente de interven��o ser� encaminhado � prefeitura para que escadas ou esteiras sejam instaladas o quanto antes. A provid�ncia, embora seja considerada de extrema import�ncia para o per�odo da Copa, n�o beneficiaria apenas os turistas atra�dos pelo Mundial. Com mobilidade reduzida h� cerca de um ano, depois de fraturar o f�mur, a aposentada Irene Corgosinho, de 74 anos, cobra melhorias na acessibilidade: “Eu nem sabia que aqui tem elevador. Assim como eu, muita gente n�o deve saber. Eles deveriam ser mais bem sinalizados e as esteiras iam facilitar muito para quem � idoso”.

O im�vel onde hoje funciona a rodovi�ria foi inaugurado em 9 de mar�o de 1971 e enfrenta desafios relacionados � idade. “O pr�dio mant�m a arquitetura, que � bonita e agrad�vel, mas ficou antigo, com estrutura que hoje n�o atende bem o usu�rio. Precisa ser modernizado, melhorar”, ressalta o vereador Orlei Pereira da Silva (PTdoB). As marcas do tempo tamb�m podem ser vistas no teto da rodovi�ria. Sem manuten��o adequada, infiltra��es na cobertura e po�as d’�gua no ch�o s�o uma constante. O desconforto se estende aos assentos. “H� cadeiras quebradas e em n�mero insuficiente para atender a demanda, que � alta, especialmente em dias de recessos prolongados”, afirma o vereador Adriano Ventura.

A qualidade dos servi�os prestados, com base no C�digo de Defesa do Consumidor, tamb�m n�o passou pelo crivo dos parlamentares. Para o grupo, os pre�os praticados pelo setor aliment�cio s�o altos. A queixa � confirmada pelos frequentadores do local. Um deles, o motorista particular Ant�nio Roberto da Silva, de 57 anos, afirma que semanalmente viaja de Ouro Preto, na Regi�o Central, a Belo Horizonte, mas nunca faz lanche no terminal. “� tudo muito caro. N�o d� para comer, nem para parar o carro aqui”, critica. O pre�o do estacionamento (R$ 8,60 a hora) foi classificado como caro pelos vereadores. Eles cobraram ainda que seja feita uma dedetiza��o urgente, j� que muitas baratas foram encontradas em ponto pr�ximo a uma �rea de lanche.

OR�AMENTO O gerente administrativo da rodovi�ria, Ricardo Coutinho, afirma que muitas provid�ncias foram tomadas para que os problemas do terminal fossem resolvidos a tempo da Copa do Mundo. No entanto, ele admite que nada ficar� pronto at� o evento e que as interven��es esbarraram em quest�es or�ament�rias. “Uma concorr�ncia p�blica ser� lan�ada em breve para reparos no teto que resolvam a quest�o das infiltra��es”, disse. O processo, no entanto, precisa seguir os tr�mites legais e, para isso, as obras n�o ficam prontas at� o Mundial. Segundo Coutinho, o reparo das esteiras rolantes n�o pode ser feito, porque o equipamento, de origem alem�, � antigo e as pe�as n�o s�o mais encontradas no mercado. A melhoria na sinaliza��o, que contemple ainda outros idiomas, tampouco tem cronograma marcado. “Temos funcion�rios capacitados para atender estrangeiros na recep��o e nos demais servi�os”, afirma o gerente.

Recentemente, a Belotur lan�ou um projeto de readequa��o da rodovi�ria para atender, com acessibilidade, os turistas da Copa. Est�o previstos novos elevadores, uma rampa para ligar o estacionamento descoberto � entrada principal, espa�os reservados para cadeiras de rodas, bebedouros e sanit�rios acess�veis, meios-fios rebaixados na �rea externa de embarque e escada rolante para substituir as esteiras inoperantes. Pelo projeto, as escadas ter�o os corrim�os substitu�dos, para atender a altura exigida em norma, e receber�o sinaliza��o t�til e em braile. Segundo a empresa, um conv�nio foi feito com o Minist�rio do Turismo em novembro do ano passado para execu��o de obras de acessibilidade no terminal, assim como na Funda��o Zoobot�nica e no trajeto entre o Mineir�o e a Casa JK, na Pampulha. O investimento � de R$ 3,5 milh�es. Os projetos est�o sendo analisados pela Caixa Econ�mica Federal e as obras devem come�ar s� ap�s essa fase.


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