(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Estudo aponta falha geol�gica que pode causar abalos ainda maiores em Montes Claros

Levantamento da UnB aponta dimens�o maior do que a j� conhecida, capaz de causar tremores mais elevados. Mas que n�o chega a ser motivo de alarme, porque est� longe da cidade


postado em 30/04/2014 06:00 / atualizado em 30/04/2014 07:04

Bombeiros chegaram a interditar casas comprometidas por abalo no início do mês, um dos que mais assustaram os moradores da cidade do Norte de Minas(foto: Wilson Ribeiro/TV Alterosa)
Bombeiros chegaram a interditar casas comprometidas por abalo no in�cio do m�s, um dos que mais assustaram os moradores da cidade do Norte de Minas (foto: Wilson Ribeiro/TV Alterosa)

Os epicentros dos �ltimos abalos s�smicos ocorridos em Montes Claros resultam da ativa��o de novo segmento da falha geol�gica no munic�pio, em um ponto  distante da �rea urbana. Foi constatado ainda que a falha geol�gica tem dimens�o maior do que a anteriormente conhecida, o que representa o risco de abalos de maior intensidade. � o que indica estudo do Observat�rio Sismol�gico da Universidade de Bras�lia (UnB) sobre os tremores de terra no munic�pio, cujo resultado foi divulgado ontem.

Montes Claros tem hist�rico de abalos s�smicos, que se intensificaram a partir de 2009. No in�cio do m�s, em apenas sete dias, os moradores sentiram a terra tremer sete vezes. Em �nico dia, 6 de abril, foram quatro tremores e, por causa do maior deles – a princ�pio medido em 3.9 graus na escala Richter, magnitude agora corrigida pela UnB e pela Universidade de S�o Paulo (USP) para 3.3 –, o reboco de uma casa caiu e feriu levemente uma adolescente de 13 anos.

O fen�meno atingiu uma subesta��o da Cemig e, por 45 minutos, ficaram sem energia el�trica 90 mil domic�lios – 70 mil em outras duas cidades da regi�o (Cora��o de Jesus e Gr�o Mogol). A popula��o ficou muito assustada, o que motivou a vinda de uma equipe da UnB, coordenada pelo chefe do Observat�rio Sismol�gico, professor Lucas Vieira Barros, para averiguar a movimenta��o da falha geol�gica existente no munic�pio, apontada como a origem dos abalos.

No levantamento da UnB, feito em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), houve a an�lise dos fen�menos ocorridos no munic�pio entre 1º de janeiro deste ano e 12 de abril, per�odo em que foram registrados 52 tremores, sendo 30 “naturais” e 22 resultantes de detona��es em pedreiras.

“Podemos concluir preliminarmente que os abalos ocorridos de janeiro a abril deste ano resultam da ativa��o de um novo segmento da falha sismog�nica de Montes Claros, onde ainda n�o havia sido observada sismicidade”, informa o relat�rio do Observat�rio Sismol�gico da UnB. O documento diz que os epicentros “est�o migrando para Noroeste, em dire��o oposta � cidade, se distanciando (da �rea urbana)”. “Em contrapartida, est�o mostrando que a falha ativa tem uma dimens�o maior do que aquela previamente determinada a partir da sismicidade de 2011.”

MOVIMENTA��ES

O professor Lucas Vieira Neves, que assina o documento, diz que, mesmo com a “migra��o” dos epicentros, n�o � poss�vel afirmar ou prever se a cidade est� imune a movimenta��es de terra no futuro. Os dados coletados mostram que a extens�o da falha geol�gica � maior do que a divulgada anteriormente. A constata��o tem como base estudos realizados logo ap�s um tremor de 4.0 graus (o maior j� registrado em Montes Claros), ocorrido em 19 de maio de 2012. Na ocasi�o, 60 casas sofreram danos e oito delas foram interditadas pela Defesa Civil, quase todas na Vila Atl�ntica, a regi�o do munic�pio mais afetada pelos fen�menos.

Vieira Neves lembrou que levantamentos anteriores indicaram que a falha geol�gica, situada a uma profundidade de 500 a 1 mil metros de profundidade, tinha extens�o de 1,5km a 2km e que agora, com a migra��o dos tremores para o Noroeste – perto da sa�da para Janu�ria (BR-135) –, verificou-se que a extens�o da fenda pode chegar a tr�s quil�metros, o que ainda est� sendo estudado.

“Como a falha � maior, pode-se dizer que pode ocorrer um abalo com magnitude superior a 4.0 graus. Isso � pouco prov�vel, mas n�o � descart�vel”, assegurou o especialista. Por outro lado, ele ressaltou que nem sempre a exist�ncia de uma falha de maior dimens�o, “resultante de migra��o s�smica”, causa tremores, o que j� foi verificado em Jo�o C�mara, no Rio Grande do Norte. Contudo, alertou que as autoridades e a Defesa Civil n�o devem deixar de lado as medidas recomendadas para a prote��o contra  abalos, sendo uma delas o refor�o da estrutura das constru��es.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)