Taxistas reagem � proibi��o de trafegarem pela pista exclusiva de coletivos da Avenida Ant�nio Carlos a partir de s�bado, quando ser� inaugurado o transporte r�pido (BRT/Move) no corredor. Em oposi��o � determina��o da BHTrans, o Sindicato dos Taxistas (Sincavir) apresentou nessa quarta-feira estudo de viabilidade t�cnica comprovando a possibilidade de t�xis continuarem usando a chamada busway mesmo com o in�cio da opera��o do novo sistema. Segundo a categoria, a exclus�o vai quase dobrar o tempo de viagem do Centro de Belo Horizonte ao Aeroporto de Confins e ainda encarecer a corrida em 15,8%.
O estudo encomendado pelo Sincavir ao engenheiro de tr�nsito N�lson Prata atesta que, no cen�rio com o maior n�mero de �nibus articulados em circula��o, com intervalos de dois minutos, ainda sobraria espa�o para 54 t�xis circularem entre os coletivos. Segundo o presidente do sindicato, Ricardo Faedda, a capacidade �, inclusive, superior � necessidade da categoria. “Hoje, temos, no m�ximo, 10 t�xis circulando a cada dois minutos na Ant�nio Carlos”, ressalta. Atualmente, 6,5 mil t�xis circulam na capital. A estimativa do Sincavir � de que, do total de 80 mil corridas di�rias em BH, 2,4 mil (3%) delas passem pelo corredor.
Segundo o engenheiro N�lson Prata, n�o h� qualquer problema em rela��o ao compartilhamento. “A Ant�nio Carlos, com suas pistas duplas, tem desenho compat�vel para que haja seguran�a e fluidez”, refor�a Prata. Conforme o estudo de viabilidade t�cnica, que tamb�m prop�e regras para o tr�fego dos t�xis no corredor da Avenida Ant�nio Carlos, ficaria autorizada apenas a circula��o dos ve�culos em percursos longos, como a Cidade Administrativa, aeroportos da Pampulha e Confins, al�m do Mineir�o. Os ve�culos s� poderiam circular embarcados e pela faixa da direita.
Eles tamb�m seriam proibidos de ultrapassar o BRT, dando prioridade total ao novo sistema. A ideia � que os t�xis sejam equipados com aparelhos GPS e interligados � Central de Controle de Opera��es da BHTrans. O estudo identificou na Ant�nio Carlos pontos adequados para a entrada e sa�da dos t�xis. “Estamos propondo � BHTrans que fa�a uma simula��o para comprovar a viabilidade. Se hoje, num cen�rio em que �nibus coletivos, BRT em teste, ambul�ncias e t�xis trafegam juntos, somente com o BRT ser� poss�vel”, afirma Prata.
O estudo foi finalizado h� duas semanas e, desde ent�o, o sindicato tenta apresent�-lo � BHTrans, sem sucesso. “Havia uma promessa do prefeito Marcio Lacerda de verificar a viabilidade do compartilhamento. N�s nos antecipamos e fizemos esse estudo, mas fomos pegos de surpresa com a decis�o de jogar os t�xis no tr�nsito geral”, ressalta Faedda, que teme a piora da situa��o. “A tend�ncia � de expans�o do BRT para outros corredores e n�o sabemos como os t�xis v�o ficar. Tamb�m somos um servi�o de transporte p�blico alternativo aos carros”, afirma.
Confins
O Sincavir alerta para o custo da mudan�a para o passageiro. A estimativa � que a viagem de uma hora da Pra�a Sete ao Aeroporto de Confins demore pelo menos mais 40 minutos. O pre�o tamb�m vai ficar maior. “Considerando o tempo que o motorista vai ficar parado no tr�nsito, a corrida para Confins vai aumentar cerca de R$ 17, vai passar de R$ 107 para R$ 124”, afirma Faedda.
Insatisfeito tamb�m com a proibi��o do uso da busway, o presidente da Associa��o dos Condutores Auxiliares de T�xi (Acat), Jos� Estev�o de Jesus Paulo, alerta para outro problema, que s�o as faixas exclusivas do BRT no Centro. “Como as faixas ficam na pista da direita, isso dificulta o embarque e desembarque de passageiros”, afirma.
Restri��o em S�o Paulo
A Prefeitura de S�o Paulo tamb�m proibiu este ano a circula��o de t�xis pelos corredores exclusivos de �nibus, atendendo a uma recomenda��o do Minist�rio P�blico estadual. A exce��o s�o ve�culos com passageiros nas faixas exclusivas do corredor Norte-Sul, marginais e avenidas Indian�polis, Corifeu de Azevedo Marques e Sumar�.