
Logo ap�s se entregar, Wilsinho foi apresentado na 1ª Regi�o Integrada de Seguran�a Publica, na Pra�a Rio Branco (Risp), no Centro da capital. Ele contou como foi a a��o que resultou na morte do militar e afirmou que o tiro que matou o soldado foi dado pelo comparsa Jos� Henrique. De acordo com o delegado Wagner Pinto, chefe do Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP), a vers�o de Wilson e a confiss�o do outro suspeito v�o ajudar nas investiga��es, mas ser�o confrontadas com os resultados das per�cias e dos trabalhos t�cnicos que est�o sendo realizados.
“A informa��o demanda acarea��o, de verificar a demanda f�tica, o posicionamento das pessoas, as manchas sangu�neas. S� o curso do trabalho t�cnico e da investiga��o vai apontar quem fez o disparo, al�m da per�cia e das provas testemunhais”, explicou Wagner Pinto.
A entrega de Wilsinho foi resultado de uma negocia��o que envolveu o suspeito e os familiares dele. De acordo com a comandante do Policiamento da Capital, coronel Cl�udia Romualdo, as conversas entre as partes vinham acontecendo desde a sexta-feira. “Desde do dia que aconteceu os fatos, n�s estamos diligenciando e checando todas as den�ncias via 181. Tamb�m conseguimos restabelecer contatos com os familiares. Eles alegaram que n�o era ele o suspeito e afirmamos que a melhor forma era ele se entregar e dar a vers�o dele”, afirma.
Wilson exigiu que sua rendi��o acontecesse em um local p�blico e movimentado e que o irm�o acompanhasse tudo. Por volta das 18h, ele se aproximou da viatura da Coronel Cl�udia na Avenida Pedro II, quase esquina com a Avenida Catal�o, e se entregou. “Ele nos deu uma pistola .40 da Pol�cia Militar que pertencia ao soldado”, explica. Em seguida, o homem foi levado at� a 1ª Risp. “Esse foi um dos pedidos dele”, comenta a comandante. O suspeito estava com um pequeno ferimento no olho, resultado da briga com o policial que morreu.
O suspeito, segundo a PM, tem entre cinco e seis passagens pela pol�cia. Ele j� foi preso por roubos, recepta��o e responde a um homic�dio culposo, por ter atropelado e matado um pedestre quando dirigia embriagado. As datas dos crimes e os locais onde eles ocorreram n�o foram informados.
Ainda segundo Wilsinho, ele s� n�o se apresentou antes porque tinha medo de ser assassinado. “N�o me entreguei porque estava com medo, porque o PM tinha morrido e nas entrevista todo mundo falando que tinha que matar e eu n�o queria me entregar n�o. Depois conversei com meu irm�o, minha fam�lia, e conversei com a coronel (Cl�udia) por telefone, e a ela me assegurou que ia ficar tudo bem comigo. Ent�o, me senti � vontade para me entregar, porque n�o fui eu que matei policial nenhum, n�o sou assassino”, disse o suspeito.
Vers�o do crime

Ainda segundo Wilsinho, ele e os dois comparsas estavam na Avenida Fleming com a inten��o de assaltar pedestres para conseguir dinheiro para colocar gasolina no Peugeot que estavam usando. Ao abordarem mulheres na via, surgiu o soldado da PM. Wilsinho, que estava com um revolver calibre 32 na cintura, entrou em luta corporal com o PM, que tamb�m estava armado. Na briga, as duas armas ca�ram no ch�o. Nesse momento, ainda na vers�o de Wilsinho, Jos� Henrique pegou a pistola .40 do militar e disparou duas vezes contra ele. O PM chegou a ser socorrido para o Hospital Odilon Behrens, mas n�o resistiu aos ferimentos e morreu na unidade de sa�de.
Ap�s a briga com o PM, o trio fugiu no Peugeot. Durante a fuga, Wilsinho contou que �talo estava dirigindo e ele ficou no banco traseiro. Ao manusear a arma do PM ela acabou disparando acidentalmente duas vezes. �talo foi atingido na nuca e morreu na hora. Ap�s esse epis�dio, os outros dois suspeitos fugiram a p�. Jos� Henrique acabou preso ainda na sexta com o 32. No mesmo dia, a PM iniciou uma intensa busca por Wilsinho.
“Aconteceu que a gente foi efetuar um assalto e deu tudo errado. Foi um desacerto. N�o matei o �talo por querer, n�o tinha nada contra ele, eramos amigos. Foi acidental e n�o matei policial nenhum”, disse o suspeito.
Revolta
A morte do militar causou revolta ao s Policiais Militares. Aproximadamente mil pessoas compareceram no enterro do soldado. Os policiais fizeram uma manifesta��o para protestar contra a legisla��o penal. Os tr�s envolvidos tinham juntos aproximadamente 30 passagens policiais, e mesmo assim continuavam nas ruas.
Nesta ter�a-feira, foi aprovado um requerimento pela Comiss�o de Seguran�a P�blica da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para a realiza��o de uma audi�ncia p�blica para discutir os pontos questionados pelos militares. “Queremos receber e ouvir os policiais. Vamos convidar as entidades de classe, algumas autoridades, como o chefe da Pol�cia Civil, o comandante da PM, e presidente do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais”, comenta o deputado Sargento Rodrigues (PDT) Rodrigues.
Com informa��es de Fernanda Penna - TV Alterosa