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Estado de Minas

Ruas e fachadas em BH come�am a ganhar as cores da Copa do Mundo

A 19 dias do in�cio do Mundial, moradores da capital mostram a torcida pelo hexacampeonato com pinturas e bandeirinhas verdes e amarelas


postado em 24/05/2014 06:00 / atualizado em 24/05/2014 07:08

Funcionárias de uma empresa de segurança, na Avenida Raja Gabaglia, Centro-Sul de BH, já estão preparadas para começar a torcida pelo Brasil(foto: FOTOS ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
Funcion�rias de uma empresa de seguran�a, na Avenida Raja Gabaglia, Centro-Sul de BH, j� est�o preparadas para come�ar a torcida pelo Brasil (foto: FOTOS ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A PRESS)
 

Bandeiras com as cores do Brasil come�am a tomar conta de janelas de casas e apartamentos. No com�rcio, bandeirolas tamb�m d�o o tom verde a amarelo. Nos bairros, moradores prometem abusar da criatividade para enfeitar as ruas com pompa e circunst�ncia. E tem at� empresa deixando o local de trabalho com a cara da festa. Faltando 19 dias para a Copa do Mundo, Belo Horizonte come�a a entrar no clima do torneio e a se preparar para deixar a casa pronta para a competi��o de futebol mais importante do planeta.

A Rua Francisco Bicalho, no Bairro Cai�ara, na Regi�o Noroeste de BH, por exemplo, j� est� em clima de futebol. Bandeirinhas nas cores verde e amarela enfeitam o quarteir�o entre as ruas Nadir e Zenite. No ch�o, uma enorme bandeira do Brasil pintada no asfalto chama a aten��o de motoristas e pedestres. Pela quinta Copa consecutiva, o comerciante Zelino Correia de Freitas, de 51 anos, enfeita a via e se diverte com os funcion�rios durante os preparativos.

Foi preciso at� mesmo “controlar” o tr�nsito para fazer os arremates finais – frases de incentivo ao hexacampeonato da Sele��o. Fita zebrada, sacos de lixo, pedidos de desculpa a condutores e muito bom humor ajudavam a fazer o desvio dos carros, impedindo que atrapalhassem a pintura das palavras. Os motoristas pareciam n�o se incomodar e correspondiam �s brincadeiras – a maioria deles s�o vizinhos e velhos conhecedores da tradi��o do dono do dep�sito Gran Lar.

Zelino explica o motivo de tanta anima��o. “Primeiro, � a paix�o pelo futebol. Eu e meu filho jogamos bola e temos at� um time de pelada. Segundo, a clientela gosta”, conta, sorridente. Em dias de jogos da Copa, a rua fica preservada, pois o local da farra em fam�lia � o terra�o da casa. A tinta lav�vel garante que, depois da festa, a rua volte ao aspecto de sempre. “A gente faz pela farra, pela divers�o, pelo prazer”, relata.

 

Na Rua Francisco Bicalho, no Bairro Caiçara, Noroeste da capital, o palco para os dias de jogo da Seleção está pronto também
Na Rua Francisco Bicalho, no Bairro Cai�ara, Noroeste da capital, o palco para os dias de jogo da Sele��o est� pronto tamb�m
 

Mas se a ades�o da vizinhan�a � certeira, houve tamb�m cr�ticas este ano. Zelino conta que, por causa das manifesta��es contra o Mundial, muita gente questionou se ele n�o tem consci�ncia pol�tica. A resposta veio r�pida. “Tenho e sei separar cada coisa. Misturar futebol e pol�tica � conveniente s� para os pol�ticos. E a Copa serviu para mostrar que falta de dinheiro para as demandas da popula��o era pura desculpa”, afirma.

Sem deixar se abalar, aos s�bados, ele vai levar adiante mais uma tradi��o: fechar o quarteir�o e deixar pinc�is e tinta � disposi��o de quem quiser contribuir com o trabalho. “A crian�ada adora. Pode desenhar uma estrela, escrever o nome. � s� usar a criatividade”, relata. E, diante de tudo isso, o Brasil vai ganhar o hexa? Eis mais uma resposta na ponta da l�ngua: “Sou profeta do acontecido. Depois que acontecer, te respondo”.

ANIMA��O Em outro ponto da cidade, na Rua S�o L�zaro, no Bairro Sagrada Fam�lia, na Regi�o Leste de BH, a ordem � repetir o feito da �ltima Copa, quando os moradores enfeitaram o quarteir�o entre as ruas Geraldo Menezes Soares e Jo�o Carlos. O sapateiro Douglas de Moura, de 21, acredita que, no fundo no fundo, as pessoas est�o bem animadas para receber o Mundial. “Brasileiro adora uma festa”, diz. A aposentada Leonice Neves, de 60, acha que a maior parte dos enfeites vir� �s v�speras da Copa.

Ela aguarda apenas uma das vizinhas, tamb�m � frente da organiza��o, distribuir as cartas entre os moradores para come�ar os preparativos. O desenhista j� tem, bem como os volunt�rios para pintar as imagens. Postes e passeios tamb�m ganhar�o nova roupagem. A �nica preocupa��o � com a opera��o em si: “O pessoal est� bem animado aqui, mas n�o sei ainda como faremos. Antes a rua era m�o �nica e, agora, sendo dupla, tem movimento de carro a madrugada toda”.

 

"A gente faz (enfeitar a rua) pela farra, pela divers�o, pelo prazer. A crian�ada adora. Pode desenhar uma estrela, escrever o nome. � s� usar a criatividade" - Zelino Correia de Freitas, de 51 anos, comerciante
 

Na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Santa L�cia, na Regi�o Centro-Sul de BH, a enorme bandeira listrada de ver e amarelo, cobrindo o pr�dio de uma empresa de seguran�a h� quase um m�s, � a senha de que, ali, a bola j� est� rolando. Todos os andares est�o produzidos para a Copa. Nas bancadas de atendimento, cornetas, �culos e panos coloridos d�o mais vida ao local, que funciona com equipes atuando 24 horas.

At� o t�rmino da competi��o, o funcion�rio que mantiver a criatividade e a ousadia poder� ser escolhido para ganhar uma camisa oficial da Sele��o Brasileira. Os empregados tamb�m poder�o escolher diversos itens, como chap�us, �culos e colares, para compor a decora��o. Haver� campanhas tamb�m voltadas aos clientes. “Gostamos de sair na frente e, por isso, decidimos entrar no clima bem mais cedo. Acho at� que a cidade est� ainda um pouco parada. Por ser no Brasil, esse processo j� devia estar mais adiantado”, afirma a gerente de marketing da empresa, Luciana Ulhoa.

O universit�rio Davidson Ribeiro, de 22, estagi�rio da Emive, faz quest�o de ressaltar que clima de festa sim, mas sem atrapalhar o profissionalismo. Para ele, a mesma empolga��o vista na empresa, em breve, vai se espalhar pela cidade: “Durante a Copa, o cen�rio vai mudar e as pessoas v�o torcer pelo Brasil. � uma coisa nata e intuitiva do brasileiro.”


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