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Estado de Minas

Atitudes simples viram armas contra desperd�cio de energia el�trica

Saber o consumo de cada aparelho, usar aquecedor solar, economizar materiais. Veja como muita gente consegue poupar energia


postado em 26/05/2014 06:00 / atualizado em 26/05/2014 07:14

Fábio Gonçalves, da UFMG, participou de desenvolvimento de sistema que identifica origem do consumo(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
F�bio Gon�alves, da UFMG, participou de desenvolvimento de sistema que identifica origem do consumo (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press)
Tomar um banho r�pido, apagar as luzes e passar as roupas de uma s� vez s�o alguns truques di�rios para diminuir o consumo de energia em casa ou no trabalho. Mais que aliviar a conta, a quest�o entrou na agenda do pa�s como necessidade absoluta por causa da amea�a de racionamento e apag�o. Mas seriam esses os vil�es do desperd�cio? Muitas vezes, eles est�o onde nem imaginamos. Por isso, encontrar o "culpado" ficar� bem f�cil com um sistema criado em laborat�rios de universidade para indicar onde e quando se gasta mais energia. A import�ncia da efici�ncia no controle de equipamentos e de atitudes simples no dia a dia vai al�m do bolso: � fundamental para a preserva��o do ambiente.

O professor aposentado do Departamento de Engenharia Eletr�nica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) F�bio Gon�alves Jota alerta: “O excesso de consumo vem da falta de conhecimento das pessoas do quanto elas desperdi�am de energia no dia a dia”. Ele ressalta que equipamentos eletr�nicos ligados em tempo integral podem ter mais impacto na conta que um chuveiro – ao lado do ar-condicionado e da geladeira, � o aparelho que mais consome energia.

Assim, a luzinha vermelha que, aparentemente, indica aparelho desligado, pode ter efeito devastador. “O chuveiro � usado em intervalos menores. Uma casa pode ter dezenas de equipamentos ligados em stand-by e todos eles somados podem representar uma surpresa no fim do m�s”, afirma. Dados da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig) mostram que, atualmente, o desperd�cio de energia no Brasil � de aproximadamente 20%. Apenas desligar os aparelhos da tomada, por exemplo, representa uma economia de mesmo percentual.

A nova tecnologia, o Sistema Integrado de Gerenciamento Automatizado (Siga), criado por equipes da UFMG e do Centro Federal de Educa��o Tecnol�gica de Minas Gerais (Cefet-MG), vai permitir, numa casa ou numa empresa, saber com exatid�o a origem do consumo. Ela chegar� ao mercado nos pr�ximos meses para ser comercializada. Sensores que atuam como medidores de energia s�o instalados em v�rios circuitos nas edifica��es (como elevadores e ou ilumina��o) e nos quadros de energia de uma casa.

Eles enviam as medidas para um banco de dados e, pela internet, o consumidor acompanha como est� o gasto, por hora, dia ou m�s, podendo comparar com datas anteriores. Ser� poss�vel, inclusive, fazer previs�o do valor da conta de eletricidade. Sinais verdes e vermelhos instalados individualmente nos aparelhos indicar�o, ao longo do dia ou do m�s, a rela��o entre a realidade e a meta estabelecida. O Siga permitir� ainda o controle inteligente da casa – ligar e desligar aparelhos mesmo sem estar no im�vel.

Atitudes simples Mas, com ou sem tecnologia, atitudes simples ajudam a reduzir, e muito, o consumo de energia. O orquidicultor Nilton C�sar Pires, de 42 anos, decidiu eliminar, em 2009, o uso do chuveiro el�trico e, para isso, optou pelo aquecedor solar. Hoje, 80% dos banhos da fam�lia n�o dependem de energia el�trica. “Quanto menos energia, menos recurso natural usaremos. Ele est� escasso e corremos s�rio risco de ficar sem �gua e, consequentemente, sem energia”, relata Nilton. “Fizemos essa op��o visando tamb�m a economia financeira e o conforto. Se tiver sol, tem �gua quente, no frio ou no calor”, acrescenta. Nilton diz ainda que a mudan�a em casa representou economia de cerca de 30% a 40% na conta de luz, cujo valor, hoje, gira em torno de R$ 100.

Todas as l�mpadas da casa, no condom�nio Vale do Sol, em Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, tamb�m foram trocadas pelos modelos fluorescentes. At� o carro entrou na onda da redu��o de energia, j� que a gasolina foi substitu�da por g�s natural. Uma caixa com capacidade para 12 mil litros serve como reservat�rio de �gua de chuva, usada para lavar plantas, carro e fazer a limpeza da casa. “Numa emerg�ncia, se faltar �gua na rua, d� at� para lavar roupa ou tomar banho”, conta. “S�o coisas simples de fazer. Aquecedor ou reservat�rio demanda um gasto, que em pouco tempo � reembolsado pelo que se deixa de pagar na conta”, afirma.

H�bitos

Economia e contribui��o ao meio ambiente foram os motivadores de mudan�as de atitude tamb�m em empresas. Desde o ano passado, o escrit�rio de uma construtora investe na redu��o de energia, �gua e consumo de materiais. O come�o das a��es foi o mais simples poss�vel: apagar a luz quando sair da sala. E deu certo. A meta de economizar 6% do total da conta de luz foi logo alcan�ada.

Coordenadora de recursos humanos da Somattos, Raquel Cardozo dos Santos conta que a “moda” pegou entre os funcion�rios. A diminui��o alcan�ou at� mesmo a quantidade de papel toalha usado para secar as m�os e de papel na impressora. “Isso vira um h�bito, se torna parte da cultura da empresa. A inten��o � propagar, levando essa campanha tamb�m para as obras”, diz.


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