O ex-estudante Arlindo Soares Lobo, integrante do Bando da Degola, grupo respons�vel pelo assassinato de dois empres�rios em abril de 2010, no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, teve mais uma derrota na Justi�a. Os desembargadores da 4ª C�mara Criminal do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) negaram recurso da defesa do r�u e mantiveram a sua pena de 44 anos de pris�o.
O ex-estudante de direito foi sentenciado pelo juiz Glauco Eduardo Soares pelos crimes de homic�dio qualificado (15 anos de reclus�o em regime fechado), extors�o (4 anos e 6 meses de reclus�o em regime semi-aberto), destrui��o e oculta��o de cad�ver (1 ano e 6 meses de reclus�o em regime aberto) e forma��o de quadrilha (1 ano de reclus�o em regime aberto). A pena total � dobrada, j� que a senten�a vale para cada uma das v�timas. O julgamento foi em julho de 2013.
Os advogados do r�u entraram com um recurso pedindo um novo julgamento. Eles alegaram que a condena��o foi contr�ria � prova dos autores. Nos argumentos, os defensores tamb�m afirmaram que, caso os desembargadores n�o entendessem a anula��o do j�ri, solicitaram a redu��o da pena do ex-estudante. Eles alegam que Arlindo Lobo n�o participou nos assassinatos e que sua participa��o foi por coa��o.
O recurso foi negado pelo desembargador Eduardo Brum. O magistrado argumentou, em sua decis�o, que “n�o h� d�vida de que Arlindo participou efetivamente de todos os crimes pelos quais acabou condenado na primeira inst�ncia.” Segundo o relator, mesmo que ele atribua suas a��es � coa��o do r�u Frederifo Flores, l�der da quadrilha, “sua vers�o foi confrontada categoricamente pela ampla prova testemunhal.”
Arlindo Lobo segue preso no Pres�dio Dutra Ladeira, em Ribeir�o das Neves, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.
Relembre o caso
Os crimes contra os dois empres�rios foram em 7 e 9 de abril de 2010, em um apartamento no Bairro Sion, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. Para dificultar a identifica��o, o grupo decapitou e retirou os dedos das v�timas, que foram enroladas em lonas pl�sticas e queimadas numa estrada de terra de Nova Lima, regi�o metropolitana. As cabe�as e os dedos n�o foram encontrados.