
Os meses em que unidades de conserva��o tiveram maior �rea queimada neste ano foram janeiro e abril, com 208,29 e 214,2 hectares atingidos, respectivamente. Em fevereiro foram 139,33 hectares, bem mais que mar�o (4,7) e maio (6,69). As chamas tamb�m atingiram matas ao redor das florestas protegidas. Em um raio de at� 3 quil�metros no entorno, a Semad registrou 27 inc�ndios at� 24 de maio, contra a m�dia de 13 para o mesmo per�odo entre 2009 e 2013. Nesses terrenos vizinhos, as chamas queimaram 438,32 hectares em 2014, mais que o triplo da m�dia de 95,89 nos �ltimos cinco anos.
Uma das unidades mais penalizadas foi o Parque Estadual da Serra do Rola Mo�a, que se estende pelos munic�pios de Belo Horizonte, Brumadinho, Ibirit� e Nova Lima. Um �nico inc�ndio neste m�s destruiu 34 hectares da �rea protegida, o que j� superou o total queimado em 2013, segundo o diretor de preven��o e combate a inc�ndios florestais e eventos cr�ticos da Semad, Rodrigo Bueno Belo. Outra ocorr�ncia devastou cerca de 60 hectares do Parque Estadual da Serra do Papagaio, que se distribui pelos munic�pios de Airuoca, Alagoa, Baependi, Itamonte e Pouso Alto.
“Se o ano continuar com dias muito secos, como se espera, a tend�ncia � haver um crescimento dos inc�ndios, tanto em quantidade quanto em gravidade”, alerta Belo. Os 330 brigadistas tempor�rios que a Semad planeja contratar at� julho ser�o espalhados por 30 unidades de conserva��o e dever�o trabalhar at� novembro ou outubro, a depender do local aonde sejam designados. Em 2013, o �rg�o abriu 250 vagas para a fun��o, mas conseguiu preencher apenas 130.
Equipamentos
Para ajudar no combate aos inc�ndios, segundo Belo, a secretaria pretende comprar nos pr�ximos dois meses 12 motobombas port�teis, equipamentos com capacidade para lan�ar 180 litros de �guas por minuto, e 12 sopradores costais, usados para apagar as chamas com ar. O �rg�o j� adquiriu 36 motobombas, com capacidade para armazenar 500 litros de �guas cada, e planeja abrir processos de licita��o para contratar os servi�os de um helic�ptero capaz de transportar de 3 mil a 5 mil litros, e de um ou dois tratores, que ser�o empregados para abrir aceiros. “Mais de 90% dos inc�ndios em nossas unidades s�o de origem criminosa, incluindo os acidentais”, estima.
As chamas s�o favorecidas pelo tempo seco. Em janeiro desde ano, choveu 110 mil�metros em Belo Horizonte, menos da metade da m�dia hist�rica de 274,1 mil�metros, segundo a empresa Climatempo. A situa��o � ainda mais preocupante no Norte mineiro, regi�o onde costuma haver mais inc�ndios. Em Janu�ria, o primeiro m�s do ano registrou 40 mil�metros, pouco mais de um ter�o dos 110 mil�metros de m�dia. Em Montes Claros, foram apenas 30 mil�metros, contra 230 de m�dia. No primeiro bimestre um bloqueio atmosf�rico sobre a regi�o sudeste impediu a chegada de frentes frias a Minas, o que provocou a queda na quantidade de chuvas e a alta nas temperaturas.