O novo comandante do Policiamento Especializado, que responde por nada menos que nove unidades, a maioria considerada estrat�gica pela PM para a atua��o em grandes eventos, � o coronel Ricardo Machado, que era assessor militar do secret�rio de Estado de Defesa Social, R�mulo Ferraz. Nos bastidores, uma escolha que teria sido feita �s pressas, promovendo um militar sobre o qual a secretaria tem influ�ncia. Contudo, a PM garante que n�o houve press�o pol�tica na indica��o.
“A escolha foi da diretoria da PM. Depois que t�nhamos a sugest�o do nome, enviamos ao governador, que aceitou”, afirma. Militar h� 27 anos, h� 11 Machado n�o vestia farda, apesar de ter atuado no Batalh�o de Choque, que depois passou a ser Batalh�o de Pol�cia de Eventos. “Todos os coron�is da PM est�o aptos a assumir o comando de qualquer unidade. Estive no Batalh�o de Choque e conhe�o os procedimentos operacionais. Meu perfil � de um oficial que sobretudo respeita e escuta a tropa”, disse Machado.
De acordo com Marcos Vin�cius Cruz, especialista em seguran�a p�blica pela Funda��o Jo�o Pinheiro e integrante do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, a mudan�a, na pr�tica, n�o deve ter efeitos negativos, mesmo a poucos dias para a Copa. “A PM � estruturada em hierarquia e disciplina, e os comandos s�o sucessivos. A burocracia � impessoal e quem est� no comando tem o comando. Todo mundo faz curso de negocia��o, de intelig�ncia”, ponderou.
‘Opera��o Copa’
A miss�o do coronel rec�m empossado n�o ser� f�cil. Hoje, em seu primeiro dia � frente do CPE, come�a a primeira “Opera��o Copa”: a escolta da delega��o do Chile at� a Toca da Raposa II. Na segunda-feira seguinte chega a delega��o da Argentina, que ter� treino previsto para 10 mil pessoas no Est�dio Independ�ncia, dois dias depois.
Os protestos na Linha Verde preocupam a PM. Por�m, o tenente-coronel Carlos Alberto do Sacramento, comandante do Batalh�o Rotam e um dos respons�veis pelas escoltas de sele��es em Belo Horizonte, diz que h� alternativas para garantir o deslocamento de jogadores. “Saindo do aeroporto, temos o trajeto principal e tr�s rotas alternativas j� testadas pelos militares que passaram todo o ano de 2014 treinando para fazer a condu��o de delega��es”, afirmou.