Enquanto milhares de manifestantes e policiais militares estavam a ponto de guerra na Pra�a Sete, no Centro de Belo Horizonte, a menos de 30 metros dali, nos quarteir�es fechados da pr�pria pra�a, as aten��es de outras pessoas em bares, restaurantes e lanchonetes estavam voltadas para um outro foco: a tela da TV, atentos aos lances do Brasil e Cro�cia e alheios ao barulho das bombas de efeito moral e das sirenes dos carros da pol�cia.
A gar�onete Rita de C�ssia Ferreira dos Santos, de 41, estava mais assustada do que ele. “Estou com um pouco de medo, mas a presen�a da PM me deixa mais tranquila”, comentou. Na Copa das Confedera��es do ano passado, ela conta que a lanchonete abriu, mas precisou ser fechada por causa do vandalismo.
Marco Tadeu Tavares Maciel, de 29, tamb�m manteve sua banca de jornal funcionando durante a manifesta��o. “Estou aqui mais para proteger a banca, pois estando fechada eles quebram mais. Tamb�m aproveitei para vender bandeiras e cornetas para a Copa, mas s�o poucos aqui que querem festejar a Copa”, disse Marco Tadeu. Outra banca do quarteir�o fechado da Rua Rio de Janeiro tamb�m funcionou normalmente.
V�nia Martins, de 42, tamb�m trabalhava numa lanchonete da Avenida Afonso Pena e estava mais perto da confus�o. “Abrimos apenas a metade da porta. N�o d� para trabalhar tranquila. Estou com medo. E nem valeu a pena abrir a lanchonete, pois as pessoas n�o entram e nem passam perto com medo. Nem manifestante apareceu aqui para comer”, reclama a vendedora.