
Mineir�o, os colombianos fizeram farra ontem em Belo Horizonte, mas a festa foi de todas as torcidas. Felizes da vida com a vit�ria, depois de 16 anos sem participar de Copas do Mundo, torcedores da Col�mbia contagiaram a cidade com sua alegria e educa��o exemplar, elogiada por todos. �s 23h, na Regi�o da Savassi, a maioria exibia camisas e caras pintadas em amarelo, azul e vermelho. Aos poucos, por�m, a cidade come�ou a se tingir de outros tons. Segundo a PM, estavam l� cerca de 3 a 4 mil pessoas nos quarteir�es fechados das ruas Pernambuco (esquina com Tom� de Souza) e Ant�nio de Albuquerque (Para�ba). At� o momento n�o haviam sido registradas ocorr�ncias. Havia at� carros com placas da Col�mbia.
Bares e lanchonetes que ficaram abertos estavam lotados ou optaram por atender da porta para fora. Tamb�m puderam ser vistos no local mexicanos e iranianos. “Como turista, posso falar que a seguran�a na cidade tem sido �tima, apesar das not�cias que a gente ouviu quando estava vindo para c�. Minha fam�lia ficou preocupada, inclusive. N�o posso me queixar de nada”, disse Antoni Julian, 35 anos, vendedora colombiana.
Nas mesas dos bares, parecia n�o haver fronteiras entre os pa�ses. Apesar de estar em menor n�mero, torcedores da Gr�cia dividiam os lugares com rivais colombianos, enquanto um estudante espanhol trocava telefone com um grupo de torcedores da Inglaterra. “Gostei muito do arroz com feij�o. � melhor do que a comida do meu pa�s”, elogiou o ingl�s, Ross McIuley. Na Livraria Status, lotada, um representante da It�lia encontrou-se por acaso com o amigo do Paquist�o, Hasnain Ijaz, de 35 anos, que havia sido convidado a beber uma cerveja pela turma de brasileiros.
Se na Savassi m�ltiplas tribos se encontraram para comemorar, no Mercado Central o verde e o amarelo do Brasil se confundiram com as cores da sele��o do t�cnico Jos� P�kerman. Na tarde de festa no mercado, os colombianos Alex Mendoza, de 43, Luiz Felipe Posso, de 52, e Eliana Posso, de 38, comemoraram com euforia a estr�ia com vit�ria no Mundial. O trio visitante, feliz da vida com os 3 x 0 contra a Gr�cia no Mineir�o, se diz encantado com a alegria do belo-horizontino. “S�o bastante parecidos como nossa gente. Alegres e hospitaleiros”, sorri Eliana. O marido Luiz Felipe concorda e espera ver a Col�mbia avan�ar na Copa. Quem sabe na final? “Nem tanto. Para isso temos que passar pelo Brasil… e isso seria muito dif�cil”, sorri.