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Estado de Minas

Prost�bulos est�o entre locais mais procurados por estrangeiros que desembarcam em BH

Taxistas ouvidos pelo Estado de Minas contam as aventuras dos estrangeiros que est�o na capital para a Copa do Mundo


postado em 19/06/2014 06:00 / atualizado em 19/06/2014 07:09

“Garotas, garotas”, repetiu o colombiano, sentado no banco de tr�s do carro. Em portunhol, o taxista Eduardo Euz�bio Braz, de 45 anos, tentou ajud�-lo: “Garotas dan�antes?”. O outro exclamou: “S�, s�”. O motorista o levou para um bordel, percebeu que o movimento estava fraco, estacionou e esperou, mesmo sem o cliente pedir. Em poucos minutos, o torcedor voltou, insatisfeito: “S�lo dos garotas” (apenas duas garotas). O destino seguinte foi uma casa no Bairro Funcion�rios, na Regi�o Centro-Sul de BH. O turista achou o que queria.

Prost�bulos est�o entre os locais mais procurados por estrangeiros que desembarcam em BH para curtir a Copa do Mundo, de acordo com taxistas ouvidos pelo EM. Tantos idiomas n�o representam um problema. O Mineir�o e os hot�is s�o os destinos mais frequentes, � claro, mas na hora de passear o j� vasto repert�rio de anedotas dos motoristas vem se enriquecendo desde s�bado, dia do primeiro jogo do torneio realizado no Mineir�o.

Os dias de Anderson Alves de Lima ficaram movimentados. H� 15 anos na profiss�o, ele j� transportou colombianos, argentinos e angolanos. “Felizmente, em todas as corridas havia sempre um tradutor. N�o tive dificuldade”, contou Anderson, que ganhou boa gorjeta de um torcedor de Messi. “Fiquei � disposi��o do argentino. Cobrei R$ 68, ele me deu uma nota de R$ 100 e disse que poderia ficar com o troco. Acho que gostou do meu servi�o”. Na maior parte das vezes, Anderson levou os passageiros dos hot�is para a regi�o da Savassi, o point da balada. “Todos disseram ter gostado muito de BH. Alguns pediram indica��o e informei endere�os de boates”, revela.

Parte dos forasteiros j� entra no carro com o destino escrito no papel. Alguns apontam o local em um mapa no smartphone. Outros se arriscam a pedir “Mineir�o”, mesmo sem conseguir pronunciar o “�o”. O taxista Valdivino Jos� da Costa, de 39, transportou v�rios colombianos quando a sele��o de seu pa�s jogou em BH. Curioso, at� tentou decifrar o que tanto diziam no banco de tr�s. “Podem falar mal da sua m�e e voc� n�o est� nem a�, n�o entende nada”, comenta.

Cristian Brand�o, de 21, at� conseguiu bater papo com alguns colombianos e argentinos que transportou. “Eles adoraram a cidade, contaram que foram muito bem recebidos e acharam o pessoal muito simp�tico. Elogiaram muito as mulheres daqui, disseram que elas s�o mais bonitas do que as de l� e usam roupas muito curtas”, revela. “Os colombianos querem farra. De seis que foram no meu carro, tr�s pediram para ir a bord�is”. Sem querer se identificar, outro taxista revelou que, no meio de uma viagem, um deles quis saber onde poderia conseguir “la droguita”.

Um colega contou a Wilton C�sar de Sousa, de 41, que levou uma mulher para um hotel na Avenida Bias Fortes, no Centro. Antes de descer, ela lhe pediu o cart�o de visitas. Mais tarde, telefonou e perguntou: “Voc� sabe onde buscar p�? A droga dos colombianos acabou”. Segundo Wilton, o colega recusou a “miss�o”.

Wilton garante: desde o in�cio da Copa, vem faturando mais. “Por enquanto, est� muito melhor do que eu esperava. Achei que viriam poucos turistas devido � possibilidade de manifesta��es violentas como aquelas da Copa das Confedera��es”, diz. Outros colegas dizem que o movimento n�o aumentou tanto assim. Reclamam que a maioria dos turistas vai ao Mineir�o em vans, �nibus fretados ou coletivos especiais do Expresso Copa, disponibilizados pela BHTrans. “O movimento est� ruim. Sobram poucos turistas para n�s”, queixa-se Geraldo Magela, de 57.


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