Depois de uma semana de Copa do Mundo, Belo Horizonte � obrigada a rever seu esquema t�tico para corrigir problemas de infraestrutura e melhorar o atendimento aos turistas. No balan�o, entram mudan�as feitas pelo poder p�blico com base em reclama��es feitas � Ouvidoria da prefeitura, como a altera��o do itiner�rio dos �nibus do Expresso Copa e a amplia��o dos caixas na Fan Fest, no Expominas. Na Savassi, principal ponto de concentra��o de torcedores no Mundial, as principais reclama��es s�o falta de banheiros qu�micos e excesso de lixo.
O refor�o na estrutura deve ser feito at� s�bado. A prefeitura promete ampliar o n�mero de banheiros qu�micos, a limpeza, a coleta de lixo e a lava��o das vias p�blicas, cobertas de res�duos e com forte cheiro de urina ap�s as festas, que t�m reunido cerca de 15 mil pessoas, segundo a Belotur.
Ser�o mais 10 banheiros qu�micos em tr�s vias da Savassi a partir de hoje. O n�mero deve dobrar nos dias de jogos do Brasil e ser maior conforme a demanda. Na Pra�a Diogo de Vasconcelos, haver� refor�o de 52 banheiros qu�micos nos dias de evento do projeto Savassi Cultural, que vai at� 13 de julho.
A amplia��o da estrutura � resultado de reclama��es como a da psicanalista Anete Ara�jo Guedes, de 60 anos, que considera insuport�vel conviver com tanta urina na porta de casa, na Rua Ant�nio de Albuquerque, e vias do entorno. “As pessoas fizeram da Savassi um banheiro p�blico. � desagrad�vel ver homens e at� as mulheres urinando na rua, nas paredes, sem nenhum pudor. O mau cheiro fica o dia inteiro”, protesta.
Outro inc�modo � o lixo acumulado depois da festa. Segundo a Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU), a quantidade passou de meia tonelada para sete toneladas di�rias em dias de jogos. O �rg�o admite a dificuldade com a limpeza por conta da festa durante toda a madrugada – que atrasa a entrada dos funcion�rios da varri��o.
O chefe do Servi�o de Limpeza da SLU, Wiliam Costa Pereira, informou que desde segunda-feira os 22 garis que atuam na Savassi est�o divididos em tr�s equipes e houve refor�o de 50 profissionais. “De segunda para ter�a funcionou bem, pois a Savassi amanheceu limpa. De ter�a para quarta j� n�o deu certo, porque o movimento do jogo do Brasil foi muito grande e as pessoas ficaram l� durante boa parte da madrugada, atrasando o in�cio dos trabalhos”, disse.
A previs�o inicial de limpeza n�o contava com a Savassi, segundo ele. “Caiu no colo, diferentemente da Fan Fest e do Mineir�o. O ideal � um hor�rio para encerramento das festividades, para que a varri��o comece por volta das 3h. Na quarta-feira, s� conseguimos iniciar o grosso do servi�o �s 6h. N�o tenho como resolver o problema nos dias mais cheios se o movimento n�o terminar mais cedo. N�o podemos varrer o p� nem jogar �gua nas pessoas”, diz Pereira.
Por causa desse atraso no in�cio do expediente, o lixo fica amontoado nas ruas. “Estamos atrasando o hor�rio para abrir em uma hora todos os dias, porque na chegada temos que lavar a frente e tamb�m parte da loja, por onde o xixi escorre. Al�m disso, temos que retirar todo o lixo que se acumula”, contou a vendedora Ludimila Karen, de 28 anos.
Diretor da C�mara de Dirigentes Lojistas da Savassi (CDL Savassi) e presidente da Associa��o de Moradores da Savassi, Alessandro Ronccini confirma o impacto negativo no com�rcio e na vida da popula��o. “Alguns segmentos, como gastronomia e produtos esportivos, t�m vantagens. Mas o volume de lixo � muito grande e a falta de banheiros qu�micos atrapalha”, disse. Ele afirma, no entanto, que as demandas j� foram acertadas com �rg�os municipais.
VIOLA��O Diretor-geral da Conecte Inova��o e respons�vel pelo evento Savassi Cultural, Christiano Rocco explica que cabe � empresa a limpeza, coleta do lixo e lava��o dos quatro quarteir�es da pra�a da Savassi nos dias de eventos. Para isso, uma firma particular foi contratada e tem feito o servi�o entre as 6h e as 8h. Ele diz ainda que os 52 banheiros s�o montados na noite do dia anterior do evento e que as estruturas t�m sido violadas e usadas pelas pessoas que v�o � pra�a para assistir aos jogos. “Temos controle de entrada e estrutura suficiente para atender ao p�blico de nossos eventos, que � de 8 mil pessoas em quatro quarteir�es”, afirma.
Problemas que surgiram no in�cio da Copa foram resolvidos, de acordo com o ouvidor-geral de BH, Saulo Luiz Amaral. Ele destaca as filas nos caixas da Fan Fest, no Expominas, que na estreia do Brasil foram imensas. Outra quest�o foi a mudan�a de rota dos �nibus do Expresso Copa. Os coletivos do Centro deixaram de usar a Avenida Carlos Luz, optando pela Avenida Tancredo Neves. Entre as dificuldades que permanecem, est�o a falta de informa��es sobre a programa��o da Fan Fest e o funcionamento da linha de �nibus tur�stica da cidade. “Tudo isso j� foi informado para ser resolvido”, completa.
