
Apesar das provoca��es rec�procas, o ambiente foi tranquilo entre brasileiros e argentinos na Savassi praticamente durante todo o dia de ontem, apesar do tumulto entre torcedores ainda na madrugada. Muitos brasileiros vestiram a camisa da Sele��o Argentina. Mesmo com a derrota no Mineir�o, os iranianos festejaram e se divertiram. No in�cio da noite, cerca de 12 mil pessoas se concentravam na regi�o, segundo a Pol�cia Militar, que refor�ou a seguran�a. O efetivo chegou a 400 agentes. Dois postos de observa��o foram montados para que os militares fizessem o monitoramento do alto, nos quarteir�es das ruas Ant�nio de Albuquerque com Para�ba e Pernambuco com Fernandes Tourinho.
Mineiro, mas vestido com a camisa da Argentina, o analista de sistemas Said de Oliveira Hanzi, de 25 anos, caiu na festa. “Sou neto de liban�s, estou com a camisa da Argentina, mas tor�o para Brasil”, declarou. Sem sele��o na Copa do Mundo, os canadenses Andrej Budin, de 25, e John Budin, de 35, tamb�m vestiam azul e branco. “Temos familiares argentinos e viemos ao Brasil para torcer pela Argentina”, disse John. Eles assistiram ao time de Messi entrar em campo no Mineir�o e foram � Savassi com as amigas argentinas Andrea e Lorena Magallanes, que tamb�m vivem no Canad�. “Estamos felizes de estar no Brasil. Passamos por Salvador e Porto Seguro. Daqui vamos para Porto Alegre para assistirmos � �ltima partida da primeira fase”, disse Andrea. Segundo Lorena, tudo no Brasil agradou. “Gostamos muito da comida. A tapioca e o frango ao molho pardo s�o uma del�cia”, contou.
O quarteto de amigos de C�rdoba, Agustin Bertona, Alejandro Tahan e Antonio Bertorello, todos de 21 anos, e Andre Sperman, de 24, tamb�m n�o t�m do que reclamar. Ontem, eles aproveitavam a festa na Savassi e se disseram encantados com BH e, sobretudo, com a culin�ria e as mulheres. Eles foram a todos os jogos no Mineir�o, com exce��o justamente da partida com a sele��o de seu pa�s. “Estamos hospedados na casa de uma amiga e n�o conseguimos entradas. Os cambistas estavam vendendo por at� US$ 1mil. Uma pena”, lamentou Agustin.
J� Andre n�o se cansou de exaltar as qualidades da capital e garantiu que vai voltar. “Parece um pouco com C�rdoba, porque n�o tem mar, tem muitos bares e � uma cidade muito acolhedora”, opinou. Bruno Montiel, de 20, � filho de argentino com brasileira. O pai, o portenho Rene Montiel, de 55, conheceu a m�e de Bruno no carnaval no Rio em 1985 e se mudou para BH. Bruno conta que sempre que vai a Buenos Aires, onde tem fam�lia, � muito bem tratado, e acredita que a rivalidade � maior do lado verde-amarelo. “Principalmente nessa �poca de Copa. Mas s�o provoca��es tranquilas. � assim que deve ser”, destacou.
Mesmo sem motivos para comemorar depois do jogo ontem, os iranianos esbanjavam simpatia. Faziam festa, tiravam fotos e comemoravam com brasileiros. “O povo por aqui � muito alegre e receptivo”, disse o iraniano Arman Baghri, de 38 anos, que passeava pela Savassi com o amigo Shanst Motamed, de 32.
Os torcedores mineiros que foram � Savassi comemorar com os argentinos tamb�m tiveram um motivo a mais para celebrar. Durante a festa, v�rios belo-horizontinos levaram camisas do Atl�tico e bandeiras do Estudiantes (time que venceu o rival Cruzeiro em 2009), enquanto os cruzeirenses usavam camisas do Sor�n, ex-jogador cruzeirense.