
O dia seguinte � invas�o hermana ainda foi de azul e branco em BH. Enquanto boa parte se despediu da cidade ao embarcar em Confins e seguiu para Porto Alegre, onde ser� a pr�xima partida da sele��o, outros gostaram tanto que n�o pretendem ir embora t�o cedo, mesmo sem hospedagem.
Para quem olha de fora, pode parecer algo como estar na rua da amargura. Longe disso. No mundo dos aficionados por futebol, n�o ter cama nem tomar banho s�o apenas detalhes f�ceis de resolver. Na falta de dinheiro para o hotel, torcedores argentinos estacionaram seus carros em qualquer esquina e ficaram por ali mesmo, ou ent�o simplesmente acamparam nos jardins da Pra�a da Liberdade.
J� passava das 8h30 de ontem e os argentinos Daniel Torrej�n e Marcos Su�rez, ambos de 36 anos, estavam em sono profundo dentro do carro em plena Avenida Get�lio Vargas, esquina com a Rua Tom� de Souza. Os amigos sa�ram de Tucum�n, a 3,5 mil quil�metros de BH, sob a condi��o de dormir dois dias em hotel e dois dias no carro. “A hospedagem fica muito cara. O c�mbio � um real para cinco pesos. Hoje, vamos para um hotel”, conta Daniel, depois de 48 horas sem banho.
A p� e sem condi��es de pagar por um hotel, Lucas Lecuona e Nicol�s Villarreal, ambos de 24, acamparam na Pra�a da Liberdade, a contragosto de moradores. Os dois malabaristas argentinos est�o viajando de carona pela Am�rica Latina e, mesmo sem ingressos para os jogos, acompanharam a festa na cidade. “J� dormimos no coreto e, ontem, um amigo chegou com a barraca. Vamos ficar mais dois dias por aqui”, conta Lucas.
CONFINS
O azul e branco predominou em Confins tamb�m. O movimento de partida de argentinos foi intenso na manh� de ontem no Aeroporto Internacional Tancredo Neves. Muitos voaram para Porto Alegre. Numa fila cheia de torcedores vestindo a camisa 10, do atacante Messi, quatro integrantes da fam�lia Witt ainda comentavam sobre a surpresa que foi conhecer BH. “Uma cidade muito bela e o povo muito hospitaleiro. Passamos dias agrad�veis aqui e ainda seguimos a sele��o no jogo contra o Ir�”, disse a empres�ria Cris Witt. Os filhos dela gostaram muito de conhecer a Pra�a da Liberdade. “� muito bem cuidada e bonita. Foi uma surpresa conhecer um lugar t�o belo, com edif�cios interessantes no entorno”, disse um deles, Frederico Lennon. “Foi bom conhecer outras cidades, porque n�o poderemos acompanhar mais jogos depois da fase de classifica��o”, disse o comerciante Jonatan Pars. Para ele, o esquema de transporte at� o Mineir�o por �nibus expressos foi bem eficaz, apesar de ter demorado muito. (Com MP)
Festa na savassi gerou 14t de lixo
Se na noite de s�bado a festa na Savassi foi dos argentinos, na madrugada de ontem foi de trabalho duro para a equipe da Superintend�ncia de Limpeza Urbana (SLU) da capital. Para dar conta do servi�o, foram usados 50 mil litros de �gua, 120 litros de desinfetante e 100 quilos de sab�o em p�. Fora a disposi��o para recolher nada menos que 14 toneladas de lixo, o dobro em rela��o aos outros dias de jogos. No saldo negativo da festa, jardins pisoteados, canteiros transformados em vasos de lama, al�m de cadeiras e bancos quebrados. No s�bado, os quarteir�es fechados das ruas Ant�nio de Albuquerque e Pernambuco foram invadidos por 12 mil torcedores, a maior parte deles “hermanos” comemorando a vit�ria da Argentina sobre o Ir�, no Mineir�o. A limpeza come�ou ainda durante a festa. Um caminh�o ficou rodando a regi�o e 30 garis foram recolhendo latas, garrafas, papel e pl�stico. �s 3h da madrugada, com a dispers�o do p�blico, come�ou o trabalho de varri��o e lava��o dos quarteir�es, encerrado somente perto das 9h da manh�. (FA)
