Um ex�rcito vestido de verde e amarelo se rendeu ao amor pelo futebol e lotou as ruas da Regi�o da Savassi, Centro-Sul de BH, para torcer pelo Brasil contra Camar�es. Fam�lias, turmas de amigos e casais de namorados aproveitaram a folga do trabalho e invadiram a �rea nobre da cidade que est� em clima de festa desde o in�cio da Copa do Mundo. Foram mais de 20 mil pessoas, entre belo-horizontinos e turistas brasileiros e estrangeiros. Com tanta gente, problemas ocorridos nos primeiros dias das partidas e j� tratados pela prefeitura voltaram a ocorrer. A estrutura de banheiros, que havia sido ampliada e chegou a 20, n�o foi suficiente. Com isso, ruas da Savassi voltaram a virar banheiros p�blicos a c�u aberto.
Desde a manh�, a aglomera��o de torcedores na regi�o j� dava sinais de que a festa poderia terminar com problemas. Era grande a empolga��o de brasileiros, ingleses, costa-riquenhos, mexicanos, dinamarqueses, e at� mesmo de argentinos, colombianos e argelinos, que ainda n�o deixaram a cidade, mesmo ap�s os jogos de suas sele��es. A pra�a Diogo de Vasconcelos se tornou um mosaico de na��es, como definiu o professor Rafael Cerqueira, de 28 anos, vestido a car�ter para a festa canarinho. “Cheguei com uma turma de amigos. Estou adorando o clima de Copa em BH, porque nossa cidade, que � isolada geograficamente do circuito que recebe estrangeiros, est� passando por um momento cosmopolita”, disse, enquanto conversava com duas holandesas que chegaram ontem � capital.
A anima��o cresceu com o primeiro gol do Brasil. Nos quarteir�es fechados, onde o p�blico assistia � partida, gringos e brasileiros se uniram no grito de gol. Vibra��o geral. Logo ap�s o confronto que rendeu ao Brasil a primeira posi��o no Grupo A, a vez foi dos ingleses. Hoje, eles v�o ver sua desclassificada sele��o entrar em campo, no Mineir�o, contra a Costa Rica. Visivelmente em n�mero maior do que os costa-riquenhos, eles faziam festa cantando hinos do futebol ingl�s no quarteir�o fechado da Rua Pernambuco, esquina com Tom� de Souza.
Tudo parecia tranquilo, mas, com a crescente chegada de pessoas � regi�o para comemorar e festejar a vit�ria brasileira, os problemas come�aram a surgir. Tumulto na entrada dos espa�os fechados, com aglomera��o nas grades instaladas para o festival Savassi Cultural, e n�mero insuficiente de banheiros qu�micos. Com filas enormes formadas em frente �s cabines-mict�rios, o quarteir�o da Rua Pernambuco, no qual havia seis unidades, ficou “lavado” de xixi. “Isso � uma vergonha, porque a gente vem para aproveitar a festa e n�o h� estrutura”, reclamou a supervisora educacional Gilda Gurgel, de 46 anos, que tamb�m reclamou do esquema de grades.