
Chegou a hora de torcer pelo Brasil dentro do Mineir�o. Agora, a capital � a “p�tria de chuteiras” de belo-horizontinos que moram no exterior e de brasileiros que atravessaram o pa�s para acompanhar a equipe de Luiz Felipe Scolari.
Anteontem, o empres�rio amazonense Oseias Lima, de 54 anos, chegou a BH vindo de Manaus. Essa � a sexta Copa de seu curr�culo. Hospedado num hotel no Centro, fez por l� amizade com os publicit�rios chilenos Victor Saldias, de 43, e Claudio D�az, de 38, que moram na capital, Santiago. Depois de conhecer pontos tur�sticos da cidade, os dois aceitaram o convite do brasileiro para tomar cerveja na Savassi.
Os chilenos apostam na vit�ria de seu time, enquanto Lima n�o se mostra t�o convicto no time canarinho. “Essa � uma das sele��es em que menos acreditei. A hora � de mudar e, embora n�o esteja confiante, acredito que nossos jogadores podem mostrar aquele futebol da Copa das Confedera��es. Ah, se fosse o Brasil de outra �poca...”, lamenta Oseias. Caso a previs�o dos amigos chilenos se concretize, ele j� tem plano B: “Vou direto para o hotel”.
Perto dali, no quarteir�o fechado da Rua Ant�nio de Albuquerque, um morador da capital chilena, vestido com a camisa da Sele��o Brasileira, aproveitava para relaxar e beber cerveja. “Sou de Belo Horizonte, mas moro em Santiago h� dois anos”, explica Raphael von Sperling, de 31. Acompanhado por tr�s amigos de BH, ele veio � cidade s� para o jogo de hoje. Era o �nico do grupo com ingresso na m�o – os demais tentaram, mas n�o conseguiram.

“N�o podia perder”, afirma o empres�rio Fabr�zio Paduan, que ganhou dois ingressos para o jogo de hoje. Ele chegou a BH h� quatro dias, vindo de Mar�lia, interior de S�o Paulo. Animado com a possibilidade de assistir a um jogo da Copa, Fabr�zio garante: se a Sele��o Brasileira jogar na capital mineira durante as semifinais, vai voltar. “Custe o que custar”, avisa.
Internet Trajada da cabe�a aos p�s com as cores da bandeira brasileira, Maria Nazar� viajou de Vit�ria (ES) a BH decidida a assistir ao duelo no Mineir�o. Ela e o sobrinho, Chris de Moraes, que veio dos Estados Unidos, est�o hospedados na casa da amiga Aparecida Tavares. Detalhe: nenhum dos tr�s tem ingresso para o mata-mata.
“Vamos passar a madrugada na internet para tentar comprar”, diz Maria, que ainda n�o pisou no est�dio nesta Copa, enquanto Chris j� assistiu a tr�s partidas. “Se for preciso, vou fazer igual aos chilenos, que pularam o muro do Maracan�”, brinca ele.
Se o plant�o eletr�nico n�o der resultado, o jeito ser� ir ao supermercado e comprar os ingredientes necess�rios para um baita churrasco. “A festa ser� a mesma”, diz a anfitri� Aparecida, que revela ter sofrido – literalmente – para ver a Costa Rica despachar a Inglaterra. Dias atr�s, ela operou o quadril e n�o perdoa “o descaso da organiza��o” com torcedores que foram ao Mineir�o e t�m dificuldade de locomo��o.