
A manifesta��o contra a Copa do Mundo que tinha como proposta de trajeto sair da Pra�a Sete em dire��o � Savassi ontem reuniu poucas pessoas e terminou retida em mais um cerco policial que n�o permitiu que elas caminhassem. Das cerca de 700 pessoas que confirmaram presen�a pelas redes sociais, a Pol�cia Militar calcula que apenas 80 compareceram. Depois de tr�s horas, l�deres dos movimentos se desentenderam e os grupos se dispersaram para lados diferentes, sendo acompanhados a dist�ncia por policiais. O protesto havia ganhado for�a com uma medida judicial expedida na quarta-feira, que impedia o cerco pela PM, conhecido como “envelopamento”. Mas, um dia depois, a medida foi derrubada.
Os primeiros a chegar � Pra�a Sete, por volta das 10h, eram pouco mais de 30 manifestantes ligados � constru��o civil. Um caminh�o levou cartazes com cr�ticas �s condi��es de trabalho nos canteiros de obra. Em seguida, chegaram estudantes de direito da UFMG. Um microfone foi aberto para quem quisesse manifestar indigna��o. Enquanto isso, policiais fecharam o entorno da pra�a. Linhas de homens de escudos se estenderam nos quarteir�es e canteiros centrais das avenidas Afonso Pena e Amazonas. Ao meio-dia, se juntaram ao protesto militantes do PSTU, PCR, Central Sindical e Popular e estudantes, entre outros.
Do lado de fora, policiais do Batalh�o Copa detiveram para averigua��o o artes�o Igor Dami�o, de 29 anos, ao perceber que ele tinha uma tornozeleira eletr�nica de monitoramento do sistema prisional. No bolso dele, encontraram um alvar� de soltura em que a Justi�a determinava que sua liberdade seria permitida desde que n�o voltasse a participar de manifesta��o. Foi ent�o que os policiais descobriram que Igor foi preso h� duas semanas quando militares que faziam cerco � manifesta��o no dia do jogo Col�mbia x Gr�cia encontraram um coquetel molotov na mochila dele. “Eu estava preso no Ceresp e fui solto hoje (ontem). Estava aqui porque o pr�dio onde se recebe a tornozeleira fica aqui perto (da Pra�a 7). S� quero ir embora para casa”, disse o artes�o. Ele foi solto e impedido de entrar no quarteir�o do protesto.
Por volta das 12h30, os manifestantes foram para a Avenida Afonso Pena. Imediatamente, a pol�cia correu com escudos a postos e bloqueou o quadrante da Pra�a Sete formado pelos quarteir�es fechados. Uma linha de cavalaria refor�ou a a��o dos agentes da Afonso Pena para impedir o avan�o para a Savassi, como era objetivo dos manifestantes.
REFOR�O Somente a primeira linha de escudos da PM em volta dos manifestantes da Pra�a Sete somava 288 componentes, fora a segunda fileira, que os substitu�a quando se cansavam. A cavalaria e outros contingentes ficaram a dist�ncia, como a pol�cia de tr�nsito, que fez os desvios de tr�fego. Dois blindados, tipo Caveir�o, ficaram postados na Amazonas. Quando o jogo come�ou, os manifestantes isolados pelo cerco jogaram futebol, deram-se as m�os e passaram na frente dos escudos policiais. Dos bares pr�ximos podiam ouvir trechos da narra��o do jogo, as vinhetas da transmiss�o e alguns at� vaiaram quando a Sele��o Brasileira marcou o gol.
Por volta das 14h, l�deres dos diversos grupos divergiram sobre os pr�ximos passos e um poss�vel t�rmino do protesto. Com isso, o movimento se dispersou e a PM reabriu o tr�fego. Segundo o porta-voz da PM, tenente-coronel Alberto Luiz Alves, tudo transcorreu sem problemas. “N�o tivemos ocorr�ncias. O direito de manifestar foi garantido a todos. O direito de ir e vir tamb�m. O que n�o queremos � que haja depreda��o. Os manifestantes tiveram um impasse e resolveram sair em pequenos grupos. Vamos acompanha-los a dist�ncia”, disse. O militar ainda afirmou que mesmo que ocorresse uma mistura de manifestantes entre torcedores, seria poss�vel controlar a situa��o. “Vamos envelop�-los de novo se fizerem isso.”
ALARME FALSO
Duas horas antes do jogo no Mineir�o, uma mala abandonada na Fan Zone, espa�o para atendimento a turistas, do aeroporto de Confins obrigou a Pol�cia Federal a isolar parte do terceiro andar do terminal para averiguar o conte�do da bagagem. Com isso, o espa�o criado pela Infraero em parceria com a Caixa ficou fechado durante a partida. Uma equipe especializada em bombas da PF constatou que era alarme falso, pois n�o havia nenhum artefato explosivo na mala. Um grupo antibomba do aeroporto da Pampulha tamb�m atuou em Confins para fazer uma varredura no terminal.