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Estado de Minas

Turistas estrangeiros mudam rotina de hoteis de Belo Horizonte

Em um estabelecimento uma camareira foi pedida em casamento por um torcedor europeu. Em outro, gerente teve que conseguir carne especial para grupo da Arg�lia


postado em 02/07/2014 06:00 / atualizado em 02/07/2014 07:16

Nayara Leite fez contrato com fornecedores de carne para os argelinos (foto: Beto Magalhães/EM/D.A Press )
Nayara Leite fez contrato com fornecedores de carne para os argelinos (foto: Beto Magalh�es/EM/D.A Press )

A Copa do Mundo mudou a rotina dos hot�is de BH. Em um dos estabelecimentos da cidade, uma camareira chegou a ser pedida em casamento por um torcedor europeu. Pelo menos foi o que a mo�a entendeu quando o homem se ajoelhou e ofereceu-lhe a caixa de veludo com a alian�a. N�o adiantou tentar explicar, em portugu�s, que � casada, tem filhos e n�o estava interessada na proposta. Apavorada, ela passou a arrumar as camas escoltada por dois seguran�as. “Nosso uniforme � muito justo no corpo”, reclama a jovem, que n�o revela seu nome por temer ficar sem o emprego.

A vinda de um grupo de 140 argelinos ao Holiday Inn, no Bairro Funcion�rios, obrigou a gerente de alimentos e bebidas, Nayara Almeida Leite, a se desdobrar para encontrar um fornecedor de carne halal. Ela levou mais de um m�s, mas cumpriu a miss�o. Trata-se da �nica carne consumida por mu�ulmanos, porque o abate ocorre sem sofrimento para os animais. Os 120kg de maminha e 90kg de peito de frango n�o foram suficientes para os quatro dias de hospedagem. “No �ltimo jantar, servimos apenas peixe”, relembra Nayara.

No bar do Liberty Palace Hotel, na Savassi, o experiente gar�om Adirson Carvalho Pedrosa se impressionou com os costa-riquenhos. Enquanto acompanhavam os jogos pela televis�o, os h�spedes n�o paravam de pedir doses de u�sque, cerveja e caipirinha. No dia seguinte, foi preciso repor o estoque. “Eles bebem muito e as mulheres acompanham os maridos, mas ningu�m fica b�bado”, revela Pedrosa.

Nascida na Let�nia, Maija Gailisa, recepcionista do Hotel Boulevard Express, na Savassi, entende bem a surpresa do turista ao descobrir que o Brasil n�o � bem como ele pensava. Um argelino ficou decepcionado ao saber que seria preciso viajar para chegar a uma cachoeira. “Ele perguntou se n�o havia uma delas no Centro. Acham que a Amaz�nia � logo ali”, diverte-se Maija. Os visitantes tamb�m acreditam que carnaval ocorre o ano inteiro.

O BH Palace, no entorno da Pra�a Raul Soares, ficou superlotado por um erro no programa de reservas. A gerente Magna Nascimento se viu obrigada a oferecer camas de casal a uma turma de argentinos. “Irritad�ssimos, eles perguntaram se eu achava que eram maric�ns. Depois, gritaram que n�o eram gays. Eu me segurei para n�o rir, pois a culpa era minha. N�o apanhei por pouco”, lembra ela.

S� mesmo a tranquilidade oriental para compensar o estresse: enquanto hermanos esbravejavam, torcedores asi�ticos esperaram pacientemente. “Por volta da 1h30, cinco coreanos se levantaram e perguntaram se poderiam ser atendidos. Eu me senti no Tibete. Essa Copa vai deixar lembran�as”, suspira Magna.


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