
O local continua interditado. Os dois caminh�es ainda n�o foram retirados de l�, permanecendo embaixo da estrutura. O Tribunal de Justi�a anunciou hoje que embargou a retirada dos escombros, prevista para este fim de semana, para preservar o local para per�cia e investiga��o.
A auxiliar de enfermagem Maria Helena da Silva Ara�jo, que mora no bairro S�o Benedito, esteve no local no in�cio da tarde de hoje. “� um absurdo. Estou assustada. A dimens�o do acidente foi muito grande. Gra�as a Deus, apesar de ser uma pista de muito movimento, neste momento tinha pouca gente”, afirmou, acrescentando que a trag�dia poderia ser ainda pior se tivesse ocorrido em hor�rio de pico.
A cabeleireira Nilda dos Santos, que mora no bairro Venda Nova, tamb�m foi visitar o local da trag�dia neste domingo. “O viaduto � muito alto e n�o tem pilar. J� tinha comentado antes [do acidente] que o viaduto tinha ficado muito alto e n�o havia nada para segur�-lo”, falou ela. “Vim aqui hoje s� para olhar e fiquei assustada”, acrescentou.
Albert Rodrigues da Silva, que mora em um pr�dio na Avenida Pedro I, ao lado do viaduto, e tamb�m trabalha nas ruas pr�ximas ao local vendendo �gua de coco, disse ter visto o acidente, que ocorreu por volta das 15h. “O viaduto desceu de uma vez. Amassando tudo. Ouvi o barulho e vi tudo. Est�vamos eu e minha m�e na rua. Tremeu tudo. O pr�dio abalou e dan�ou todo. Minha esposa e minha menina desceram correndo [do pr�dio] achando que ele estava caindo”, contou � Ag�ncia Brasil.
Segundo ele, o pessoal de um pr�dio ao lado de onde ele mora tamb�m desceu correndo as escadas com medo. “Tem um outro viaduto, mais acima, que tamb�m tinha sido embargado, mas j� foi liberado”, explicou. Sobre o viaduto que caiu, ele contou ter visto problemas na obra antes do acidente. “A gente falava direto que ele estava abaixando. Um motorista tinha comentado que o lado esquerdo do viaduto estava abaixando. Isso foi desespero para mostrar para os gringos. Para que tirar as escoras antes do tempo? Tem que demorar para ser feito. Isso � viaduto. N�o � lage dos outros”.
O ajudante de metalurgia Antonio de P�dua, que mora em uma casa bem pr�xima ao viaduto, na Rua Dolores Pereira da Silva, disse ter ouvido o barulho quando estava em uma rua bem perto de sua casa. “Ouvi o barulho. Fui l� e vi o �nibus, dois caminh�es e um carro [embaixo dos escombros]. Eu estava na rua na hora e s� vi muita poeira. A rua tremeu”, contou ele. P�dua disse nunca ter percebido qualquer problema no viaduto. “Essa rua aqui [onde moro] era um c�rrego antes. Pode ter sido problema no solo. A viga pode ter descido”, falou ele.
Ainda n�o � poss�vel determinar o que provocou o acidente. Inicialmente prevista para ser entregue em junho, a obra estava em fase de acabamento, com previs�o de ser conclu�da no fim deste m�s.
Todo o complexo de obras necess�rias � implementa��o do BRT de Belo Horizonte est� sendo executado pela Cowan, que, em nota, garantiu que todos os procedimentos e material usado passaram pelos testes obrigat�rios sem apresentarem qualquer problema, e que a constru��o seguiu as normas vigentes.
No in�cio de fevereiro, outro viaduto do mesmo complexo de obras para a instala��o do sistema de transporte r�pido por �nibus, o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural – parte do viaduto em constru��o se deslocou lateralmente, cerca de 30 cent�metros em rela��o � estrutura. Ap�s o acidente, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura anunciou que todos os viadutos que fazem parte do complexo arquitet�nico passar�o por novas inspe��es. A Pol�cia Civil est� investigando as causas e a responsabilidade pelo acidente.