Veja a decep��o por todos os cantos

“N�o precisava ser t�o humilhante. O Brasil vai entrar na hist�ria como o pa�s que sofreu a maior goleada na Copa do Mundo de 2014”, afirmou, irada, a banc�ria Laura Lisboa, de 27 anos, que estava assistindo ao jogo na Pra�a JK. Os torcedores que estavam no local n�o escondiam a perplexidade. Aos poucos, fazendo ironia com o resultado, parte da plateia comemorava os gols da Alemanha. A pra�a, que estava cheia no come�o do jogo, se esvaziou significativamente ap�s o final do primeiro tempo. E o que era expectativa dos torcedores se tornou irrita��o.

A pra�a JK, local de reuni�o de torcida maci�amente jovem, come�ou a tarde cantando emocionada o Hino Nacional. O primeiro gol alem�o foi recebido com surpresa, mas a expectativa era de rea��o. Quando a Alemanha fez mais dois gols, seguidos, veio a decep��o, apatia e cr�ticas ao jogo e a sele��o. Futebol posto de lado, a plateia se dedicou ao que mais gosta de fazer: paquerar, conversar e fazer selfies. Um taxista, que chegou a pra�a JK para ver o final do segundo tempo, ao ouvir o apito do juiz, encerrando a partida, sintetizou o sentimento coletivo: “Terminou o pesadelo”. E foi embora.

“Gente, vai ter samba depois do jogo do mesmo jeito”, avisou Elisa Souza, de 47, aos companheiros de bar na Rua Edmon de Souza Melo, no Barreiro de Baixo, que acabavam de ver o atacante alem�o Schurrle marcar o s�timo gol em pleno Mineir�o. Assustados com o placar vexat�rio da Sele��o, alguns tentaram deixar de lado a derrota e curtir o final do feriado ao som do batuque. Enquanto nos tel�es o goleiro J�lio C�sar e o zagueiro David Luiz explicavam o que tinha acontecido no gramado, pandeiros e tamborins tentaram reanimar os torcedores. “Afinal de contas, amanh� esses jogadores estar�o todos na Europa, curtindo as f�rias e n�s voltamos para a luta. Ent�o vamos sambar”, disse o motoboy Pedro Augusto, de 21. A maioria dos torcedores, no entanto, permaneciam em estado de choque ap�s o apito final.