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Estado de Minas

"Sou Argentina at� na derrota", diz torcedora


postado em 14/07/2014 07:28 / atualizado em 14/07/2014 07:58

(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
“Sou Argentina at� na derrota.” A bailarina M�nica Quiroga, de 53 anos, cumpriu o que disse antes da partida. A torcedora nascida em C�rdoba, que vive no Brasil h� mais de tr�s d�cadas, n�o escondeu a tristeza ao ver a vit�ria da Alemanha. Ela se debru�ou nos ombros de uma amiga e chorou sozinha por alguns instantes, mas sem perder o patriotismo. Enquanto os alem�es erguiam a ta�a, a argentina sacudiu a bandeira do seu pa�s e pela �ltima vez entoou a m�sica de incentivo para a sele��o. “Estou muito triste, mas n�o vou deixar de comemorar. O segundo lugar � bom tamb�m.”

M�nica bem que tentou comprar um ingresso para ir ao Maracan�, mas n�o deu para pagar pre�os t�o altos cobrados por cambistas. Como nos outros jogos da Argentina, ela reuniu amigos brasileiros no bar de um conterr�neo, Che Nico!, que fica no Mercado das Borboletas, Centro de Belo Horizonte. Nada melhor que acompanhar a partida com cerveja argentina e as famosas empanadas. Para dar sorte ao time que n�o havia sido derrotado, vestiu a roupa que havia usado em confrontos anteriores. Mesmo se sentindo em casa, a bailarina confessou que estava com um n� no est�mago. De t�o nervosa, n�o comia desde o dia anterior. “Est� tudo nas m�os do papa”, brincou, fazendo refer�ncia ao papa Francisco, que � argentino e apaixonado por futebol. A torcedora acreditava em um placar de 2 a 1, com gols de Higua�n e Messi.

A bola come�ou a rolar e M�nica seguiu a tradi��o. “Eu grito e xingo como se os jogadores estivessem me ouvindo.” Ela pediu calma a Mascherano, que reclamou com o juiz da marca��o de uma falta perigosa, comemorou como um gol quando um jogador alem�o levou cart�o amarelo, aplaudiu o goleiro. Foi � loucura com a anula��o do gol argentino e, assim como os brasileiros, xingou o bandeirinha. Na sequ�ncia, puxou uma can��o de incentivo para o time. E a tens�o continuava. “Estava pensando que ia ser f�cil?”, dizia para a amiga ao lado. Ela tinha certeza de que seria um jogo dif�cil, mas confiava na sua sele��o.

Num instante, o cen�rio mudou. A torcedora mais animada se calou, apesar de n�o se desgrudar da bandeira azul e branca. Nada de gols. “Vamos, Argentina!”, era apenas o que se ouvia. No primeiro lance de perigo na prorroga��o ela subiu na cadeira. Depois do gol alem�o, M�nica rezou um pai-nosso quando Messi bateu uma falta, �ltima chance de levar o jogo para os p�naltis. Mas nem deu tempo de terminar a ora��o. O astro jogou a bola para fora e enterrou de vez o sonho do tricampeonato dos argentinos.


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