
M�nica bem que tentou comprar um ingresso para ir ao Maracan�, mas n�o deu para pagar pre�os t�o altos cobrados por cambistas. Como nos outros jogos da Argentina, ela reuniu amigos brasileiros no bar de um conterr�neo, Che Nico!, que fica no Mercado das Borboletas, Centro de Belo Horizonte. Nada melhor que acompanhar a partida com cerveja argentina e as famosas empanadas. Para dar sorte ao time que n�o havia sido derrotado, vestiu a roupa que havia usado em confrontos anteriores. Mesmo se sentindo em casa, a bailarina confessou que estava com um n� no est�mago. De t�o nervosa, n�o comia desde o dia anterior. “Est� tudo nas m�os do papa”, brincou, fazendo refer�ncia ao papa Francisco, que � argentino e apaixonado por futebol. A torcedora acreditava em um placar de 2 a 1, com gols de Higua�n e Messi.
A bola come�ou a rolar e M�nica seguiu a tradi��o. “Eu grito e xingo como se os jogadores estivessem me ouvindo.” Ela pediu calma a Mascherano, que reclamou com o juiz da marca��o de uma falta perigosa, comemorou como um gol quando um jogador alem�o levou cart�o amarelo, aplaudiu o goleiro. Foi � loucura com a anula��o do gol argentino e, assim como os brasileiros, xingou o bandeirinha. Na sequ�ncia, puxou uma can��o de incentivo para o time. E a tens�o continuava. “Estava pensando que ia ser f�cil?”, dizia para a amiga ao lado. Ela tinha certeza de que seria um jogo dif�cil, mas confiava na sua sele��o.
Num instante, o cen�rio mudou. A torcedora mais animada se calou, apesar de n�o se desgrudar da bandeira azul e branca. Nada de gols. “Vamos, Argentina!”, era apenas o que se ouvia. No primeiro lance de perigo na prorroga��o ela subiu na cadeira. Depois do gol alem�o, M�nica rezou um pai-nosso quando Messi bateu uma falta, �ltima chance de levar o jogo para os p�naltis. Mas nem deu tempo de terminar a ora��o. O astro jogou a bola para fora e enterrou de vez o sonho do tricampeonato dos argentinos.