
A pol�cia segue com as investiga��es sobre a explos�o na empresa Fogos Globo, de fogos de artif�cio, que deixou quatro mortos e um ferido. O delegado Luc�lio da Silva, respons�vel pelo inqu�rito, come�ou a ouvir as testemunhas do caso. Nesta quarta-feira, dois funcion�rios foram ouvidos. Um deles, Elenilton Gol�alves, de 19 anos, estava no galp�o e escapou segundos antes da explos�o. Ele falou por aproximadamente tr�s horas.
O jovem deu detalhes de como come�ou um princ�pio de inc�ndio antes da explos�o. Por�m, o teor da oitiva n�o ser� repassado. “Ele me pediu para n�o divulgar os dados do depoimento. Tamb�m acho que neste momento atrapalharia o andamento das investiga��es”, explica Luc�lio Silva.
Nessa ter�a-feira, o delegado contou que Elenilton estava no galp�o quando, por volta das 7h20, notou um princ�pio de inc�ndio. O funcion�rio disse que correu e gritou, mas quatro mulheres que trabalhavam no local n�o conseguiram sair. Morreram na hora Daiana Cristina Maciel, de 25, Maria Jos� da Soledade Campos, de 27, Maria das Gra�as Gon�alves Siqueira, 42, e Marli L�cia da Concei��o, de 39. O jovem teve tr�s queimaduras nas costas e ficou em estado de choque.
A f�brica n�o apresentava nenhum problema com a documenta��o e, por isso, segue funcionando normalmente. “A f�brica � grande. Tem aproximadamente 150 im�veis entre pavilh�es e dep�sitos. A explos�o aconteceu em apenas um deles. O local est� interditado, por�m o restante segue normalmente. O ex�rcito fiscaliza a empresa, que est� em dia”, explica o delegado.

Enterro
O clima de tristeza tomou conta da cidade durante o enterro de duas v�timas da trag�dia neste manh�. A movimenta��o no vel�rio de Maria das Gra�as Gon�alves Siqueira, de 42, e Marli L�cia da Concei��o, de 39, foi grande. Familiares, amigos e funcion�rios da f�brica prestaram as �ltimas homenagens com um sentimento de solidariedade. Muitos reclamaram que a �nica op��o de emprego no munic�pio est� nas f�bricas de fogos. Segundo os moradores, mesmo as empresas seguindo padr�o de seguran�a na produ��o est�o sujeitas aos acidentes. De 2011 at� este ano, foram tr�s graves explos�es com morte no munic�pio. Os trabalhadores se dizem ref�ns desse mercado de fogos de artif�cio.(Com informa��es de Guilherme Paranaiba e Luana Cruz)