
Seis policiais militares foram considerados inocentes na noite desta quarta-feira das acusa��es de tentativa de homic�dio contra tr�s pessoas durante um cerco a criminosos na MG-010, em Pedro Leopoldo, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. O j�ri popular, realizado na cidade de Vespasiano, tamb�m na Grande BH, durou tr�s dias. O resultado j� era esperado, j� que durante a audi�ncia a promotoria pediu a absolvi��o dos r�us sob o argumento de que eles agiram em leg�tima defesa.
O crime aconteceu em fevereiro de 2004. Os r�us estavam na rodovia durante uma opera��o para prender tr�s homens que estavam em um carro roubado. Para impedir o tr�nsito, os militares, conforme o processo, pararam v�rios ve�culos na via para bloquear a passagem dos criminosos. Houve troca de tiros e quatro pessoas foram baleadas. Ana Paula N�poles da Silva, de 27 anos, foi atingida no pesco�o. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu a caminho do hospital.
Os tr�s militares n�o respondem pela morte Ana Paula, pois a per�cia n�o identificou de qual arma partiu o tiro que acertou a mulher. Por isso, os PMs s� responderam pelas tentativas de homic�dio.
O j�ri
O julgamento come�ou na �ltima segunda-feira. O conselho de senten�a foi formado, depois de sorteio, por quatro mulheres e tr�s homens. Ao todo, 11 testemunhas foram ouvidas e 26 dispensadas por ambas as partes. Em seguida, foi colhido os depoimentos dois seis r�us. Ao serem questionados pelo juiz F�bio Gameiro Vivancos, pela promotora Marina Kattah, pelo assistente de acusa��o, Geraldo Guedes, e pelos advogados de defesa Ernani Pedro do Couto e Marcos Ant�nio do Couto, os policiais militares deram vers�es parecidas. Eles afirmaram que houve trocas de tiros depois que os criminosos bateram o carro em um poste. Dois dos militares disseram que o erro da opera��o foi por causa de falhas de comunica��o. Outros dois alegaram que n�o avistaram as v�timas no local por causa da baixa visibilidade.
Debates
A promotora Marina Kattah deu in�cio a fase de debates relembrando os fatos acontecidos no dia do crime. Ela afirmou que, por causa do uso da comunica��o via r�dio, v�rias viaturas foram empenhadas na persegui��o. Conforme a magistrada, houve troca de tiros entre policiais e assaltantes durante a persegui��o no Bairro Morro Alto.
Kattah afirmou que alvos dos policiais eram os assaltantes, mas por um erro de execu��o, duas v�timas alheias ao fato foram atingidas. Por fim, pediu a absolvi��o dos r�us por entender que eles agiram em leg�tima defesa.
O advogado Geraldo Guedes, assistente de acusa��o, n�o concordou com a posi��o da promotora. Segundo ele, nos processo h� provas capazes de confirmar que houve crime. Ele defendeu que n�o havia motivo para os policias atiraram nos suspeitos, que segundo Guedes, roubaram uma toca.
Os advogados de defesa Ernani Couto e Marcos Ant�nio seguiram a linha da promotoria. Segundo eles, h� provas no processo que comprova que os r�us agiram em leg�tima defesa respondendo a a��o dos homens que eram perseguidos. Tamb�m alegaram que n�o h� comprova��o da origem dos
tiros que atingiram as quatro v�timas.