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Estado de Minas SUL DE MINAS

J�ri de quatro m�dicos acusados de retirar �rg�o de crian�a viva � adiado

Minist�rio P�blico pediu mudan�a do julgamento para a comarca de Belo Horizonte, o que gera adiamento de tr�s meses. Juiz acatou a mudan�a de data e marcou sess�o para 9 de outubro. Transfer�ncia ser� apreciada pelo TJMG


postado em 31/07/2014 10:13 / atualizado em 31/07/2014 14:39

O julgamento dos m�dicos acusados de matar e remover os �rg�os do garoto Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, foi adiado na manh� desta quinta-feira. O j�ri aconteceria em Po�os de Caldas, Sul de Minas, e estariam no banco dos r�us o nefrologista �lvaro Ianhez, o anestesiologista Marco Alexandre Pacheco da Fonseca, o intensivista Jos� Luiz Bonfitto e o neurocirurgi�o Jos� Luiz Gomes da Silva. No entanto, o promotor Sidnei Boccia Pinto de Oliveira S� pediu o desforamento do processo, ou seja, a transfer�ncia do j�ri para Belo Horizonte, al�m do adiamento por tr�s meses.

O juiz Narciso Alvarenga Monteiro de Castro acatou o pedido e marcou o julgamento para 9 de outubro. O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) agora vai apreciar a mudan�a de comarca do processo.

O promotor argumentou que comunicados da classe m�dica na imprensa local fizeram um bombardeio sobre o j�ri. Assim, os jurados poderiam ser influenciados ou amea�ados. Ele acrescentou que os jurados n�o disp�em de prote��o. O desforamento s� poder ser feito para BH, pois Po�os de Caldas � a maior comarca da regi�o. O magistrado analisou a solicita��o e disse que se o MP n�o pedisse a transfer�ncia, ele mesmo o faria, reconhecendo a necessidade de mudan�a do j�ri. Assim, Narciso Alvarenga encerrou a sess�o, dispensando r�us e testemunhas.

Na den�ncia consta que os quatro m�dicos usaram uma central de transplantes clandestina para retirar rins e c�rneas do menino, antes que tivesse ocorrido sua morte encef�lica. Eles respondem por homic�dio qualificado e remo��o de �rg�os em desacordo com a Lei de Transplantes.

Sobre esse mesmo caso, j� est�o condenados os m�dicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cl�udio Rog�rio Carneiro Fernandes e o anestesista S�rgio Poli Gaspar. Eles tiveram o benef�cio de responder o processo em liberdade, por meio de um habeas corpus, e deixaram a cadeia em maio deste ano. O juiz Narciso de Castro condenou os tr�s respectivamente a 18, 17 e 14 anos de pris�o em fevereiro de 2013, pela morte do garoto, que ocorreu em 2000.


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