
As quatro rodovias federais que passam por Minas inclu�das na terceira etapa das concess�es rodovi�rias no Brasil t�m perfis diferentes e, apesar de a duplica��o ser a maior demanda de tr�s delas, j� que a BR-050, no Tri�ngulo Mineiro, est� praticamente duplicada, os gargalos demandam a��es espec�ficas. No caso da BR-040, a popula��o espera que a manuten��o constante transforme o trecho marcado pela minera��o, entre BH e Conselheiro Lafaiete, em uma via com boas condi��es de tr�nsito, com asfalto de qualidade e sinaliza��o compat�vel. Na BR-050, o excesso de velocidade aliado � falta do cinto de seguran�a, principalmente no banco de tr�s, preocupa a empresa que venceu o leil�o. J� na concess�o das BRs 153 e 262, a maior preocupa��o � com o tr�nsito constante de caminh�es que cruzam o pa�s pela 153. A duplica��o dar� condi��es para os ve�culos transitarem com mais seguran�a.
Alvo de in�meras cr�ticas, o tr�nsito constante de caminh�es de min�rio entre Congonhas e Conselheiro Lafaiete, na Regi�o Central, contribui para a deteriora��o da BR-040. O desgaste do asfalto � comum, com o aparecimento de trincas que muitas vezes se transformam em buracos. Al�m disso, a sinaliza��o fica bastante prejudicada nesse trecho. As placas cobertas de min�rio e as faixas com a pintura apagada deixam os motoristas confusos. Quem precisa trafegar � noite sofre ainda mais, pois h� car�ncia de equipamentos refletivos (olhos de gato) para orientar os motoristas.

A BR-050 j� est� praticamente toda duplicada, desde a divisa com Goi�s, em Araguari, at� a divisa com S�o Paulo, em Uberaba, ambos no Tri�ngulo Mineiro. A MGO Rodovias aguarda a entrega dos primeiros 59 quil�metros do trecho, pois o Dnit ainda tem ajustes a fazer para terminar a amplia��o de capacidade em pontos espec�ficos desse trecho. Em pouco mais de um m�s de opera��es de apoio ao usu�rio, t�cnicos da empresa j� perceberam a necessidade de uma campanha de educa��o de motoristas relacionada ao uso do cinto de seguran�a. “No banco traseiro, quase todo mundo anda sem cinto. Sabemos que os casos de eje��o da pessoa acontecem porque ela estava sem o dispositivo de seguran�a”, diz Luiz Fernando Devico, gerente de opera��es da MGO.
POUCOS RADARES Outro alvo de uma campanha de conscientiza��o, segundo Devico, ser� a quest�o da velocidade. “� comum as pessoas rodarem no trecho a 140km/h ou 150km/h. Durante a temporada de chuvas temos muitas sa�das de pista”, diz ele. O gerente de opera��es afirma que apenas quatro radares est�o previstos para o trecho, de mais de 400 quil�metros, conforme contrato estabelecido com a ANTT. “� uma quantidade muito pequena, por isso sabemos que sem o apoio da PRF � muito dif�cil ter um resultado concreto”, diz ele.
O diretor-presidente da Concebra, empresa respons�vel pela concess�o das BRs 060, 153 e 262, Odenir Sanches, diz que o maior gargalo est� na 153, por conta do movimento grande de caminh�es que cruzam o pa�s e usam rodovia com muita frequ�ncia. “O carro pequeno quer ultrapassar de qualquer maneira na pista simples, pois encontra muitos caminh�es no seu caminho. Dessa forma acontecem as colis�es frontais, com danos potencializados pela velocidade no momento da batida”, diz ele. Sanches tamb�m faz coro com a MGO para dizer que s�o poucos os radares previstos em contrato, 14 no caso da Concebra. “� importante a fiscaliza��o da PRF, pois, normalmente, o motorista diminuiu a velocidade em cima dos radares fixos e volta a acelerar depois”, completa.

Dnit ainda com obras em alguns trechos
Apesar de as concess�es j� estarem valendo para as BRs 262, entre Betim (Grande BH) e Campo Florido, (Tri�ngulo Mineiro), 153, entre as divisas de Minas Gerais com Goi�s e S�o Paulo (Tri�ngulo), 050, entre Uberaba e Araguari, (Tri�ngulo), e 040, ligando o limite com Goi�s (Noroeste) at� Juiz de Fora (Zona da Mata), algumas obras em andamento ainda est�o sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Entretanto, de acordo com a assessoria de imprensa do �rg�o em Minas Gerais, os contratos referentes a manuten��es em trechos concedidos j� foram revogados e a responsabilidade pelos reparos � da concession�ria respons�vel por cada trecho.
Atualmente, a maior interven��o est� na BR-262, no entorno de Nova Serrana, na Regi�o Centro-Oeste de Minas. O objetivo � adequar a travessia urbana do munic�pio, que cresceu muito nos �ltimos anos, � rodovia, com a constru��o de trevos de acesso aos bairros com viadutos e al�as de retorno. A obra � parte das interven��es de duplica��o da estrada entre Betim e Nova Serrana. A previs�o do Dnit � que os trabalhos sejam conclu�dos at� 31 de dezembro.
Outra a��o do Dnit ainda em curso em �rea concedida � o fim da duplica��o da BR-050 em Araguari, no Tri�ngulo. A expectativa � que o procedimento tamb�m chegue ao fim at� dezembro. Segundo a MGO Rodovias, concession�ria respons�vel pela 050, o trecho que n�o foi entregue vai oficialmente do km 0 ao km 65, entre os munic�pios de Araguari e Uberl�ndia, mas faltam pequenos ajustes para o fim da obra do governo e in�cio dos trabalhos da empresa nesse segmento. A �ltima obra � a implanta��o de vias marginais e acessos no entroncamento das BRs 262 e 050 na �rea urbana de Uberaba. O investimento � do Dnit e a execu��o � da prefeitura do munic�pio, que n�o informou quando os trabalhos ser�o conclu�dos.
Segundo o inspetor Aristides J�nior, da PRF, a corpora��o j� opera seus equipamentos de radar em todas as rodovias concedidas e mesmo com a privatiza��o continuar� usando os aparelhos m�veis. “Os radares fixos ir�o apenas se somar � fiscaliza��o que j� � feita pela PRF”, diz J�nior. A reportagem fez contato com a ANTT para comentar as cr�ticas ao baixo n�mero de radares fixos, mas n�o obteve retorno.