(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Empresas que administram BRs de Minas t�m o desafio de evitar mortes

Evitar acidentes e mortes � a principal tarefa das concession�rias que come�am a operar quatro rodovias federais no estado. Combater excesso de velocidade � primordial para evitar trag�dias


postado em 11/08/2014 06:00 / atualizado em 11/08/2014 07:27

Na BR-262 já começaram as obras de construção dos postos para a prestação de serviços a quem viajar pela estrada. Até outubro, todas as estradas concedidas em Minas passarão a ter esse tipo de atendimento(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Na BR-262 j� come�aram as obras de constru��o dos postos para a presta��o de servi�os a quem viajar pela estrada. At� outubro, todas as estradas concedidas em Minas passar�o a ter esse tipo de atendimento (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
As empresas que v�o administrar as quatro rodovias federais que cortam Minas Gerais inclu�das na terceira etapa de concess�es rodovi�rias comandada pela Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) j� come�aram a prestar os primeiros servi�os aos motoristas e a enfrentar o grande desafio de reduzir os altos �ndices de acidentes e mortes nestas estradas. De acordo com o �ltimo balan�o anual fechado pela Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF), a BR-040 teve em 2013 o maior n�mero de mortes nos �ltimos sete anos, com 243 vidas perdidas, mesmo com o n�mero de batidas diminuindo nos �ltimos anos (veja quadro. J� a BR-153, que corta o Tri�ngulo Mineiro entre as divisas de Goi�s e S�o Paulo, tamb�m tem um recorde: ano passado foram 749 acidentes, maior registro desde 2007.

A MGO Rodovias foi a primeira a entrar em opera��o e j� come�ou o trabalho de apoio aos motoristas na BR-050, entre Araguari e Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro. A Concebra, respons�vel pelas BRs 262 e 153, entre Betim (Grande BH) e a divisa com Goi�s (Tri�ngulo Mineiro), e a Via BR-040, que administra a BR-040 entre Juiz de Fora (Zona da Mata) e Bras�lia, v�o iniciar a presta��o de servi�os em setembro e outubro, respectivamente. Al�m da obriga��o de dar uma resposta � viol�ncia rodovi�ria com adequa��es de engenharia, que passam principalmente pela duplica��o, as concession�rias precisam implementar a��es de controle de velocidade, conforme estabelecido em contrato com a ANTT, e de educa��o no tr�nsito.

Reginaldo diz que ficará mais tranquilo com a presença de socorristas nas rodovias(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Reginaldo diz que ficar� mais tranquilo com a presen�a de socorristas nas rodovias (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


O exemplo da BR-381 entre Belo Horizonte e S�o Paulo, administrada desde 2008 pela Autopista Fern�o Dias e principal concess�o rodovi�ria em Minas Gerais, mostra que a maneira mais eficaz de reduzir o n�mero de acidentes e v�timas ap�s a implanta��o das melhorias vi�rias � a instala��o de radares. A duplica��o encorajou motoristas a abusarem da velocidade e o resultado foi o crescimento do n�mero de acidentes. Apesar da elimina��o das colis�es frontais, o volume de ocorr�ncias de sa�da de pista e colis�es traseiras aumentou, demandando uma a��o rigorosa de controle de velocidade.

A implanta��o de fiscaliza��o eletr�nica na Fern�o Dias s� veio seis anos depois do in�cio da concess�o e ainda depende de um conv�nio entre ANTT e PRF para que os motoristas que abusam da velocidade sejam multados. Nos tr�s casos das atuais concess�es rodovi�rias, a instala��o dos radares n�o vai demorar tanto tempo. O prazo determinado para a entrada em opera��o desses equipamentos � de 12 meses, contados a partir do in�cio da concess�o.

Para o coordenador do Departamento de Transportes da Fumec, M�rcio Aguiar, a melhoria da qualidade das rodovias concedidas � iniciativa privada vai contribuir para a diminui��o da carnificina nas estradas. “A maioria dos acidentes � causada pelas condi��es prec�rias das rodovias, aliadas ao grande tr�fego e tamb�m aos problemas de manuten��o”, diz Aguiar. Ainda segundo o professor, n�o h� como pensar em duplica��o sem colocar radares nas estradas. “Com melhores condi��es, o motorista acelera mais. Quanto maior a velocidade, mais grave � o acidente”, completa.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)
MORTES NA 262
Em 2013, 146 pessoas envolvidas em acidentes morreram na BR-262, terceiro maior �ndice dos �ltimos sete anos. Em Minas, essas estat�sticas correspondem ao trecho da rodovia que vai do Tri�ngulo Mineiro at� a divisa com o Esp�rito Santo. A parte concedida � iniciativa privada pega apenas um dos lados, de Betim at� o Tri�ngulo. A Concebra, empresa que ganhou o leil�o, promete come�ar os servi�os de apoio ao usu�rio em 5 de setembro, prazo m�ximo estipulado pela ANTT, com guincho, socorro mec�nico e atendimento m�dico. Enquanto isso n�o ocorre, os motoristas n�o t�m a quem recorrer.

� o caso do empres�rio Welliton Geraldo dos Santos, 29, que acabou surpreendido na BR-262, em Betim, na Grande BH, por uma correia dentada que arrebentou quando ia de Mariana para Ita�na, ambas na Regi�o Central. Como o ve�culo ficou sem condi��es de funcionar, ele precisou caminhar at� uma oficina pr�xima, onde conseguiu o telefone de um guincho. “Com o servi�o de apoio funcionando, rapidamente vai aparecer um guincho nesses casos de pane mec�nica ou acidente. � uma seguran�a muito grande. N�o sei em quanto tempo vou conseguir resolver esse problema antes de seguir para Ita�na”, diz ele.

No Km 377 da rodovia, em Juatuba, tamb�m na Grande BH, um dos postos de atendimento ao usu�rio j� come�a a tomar forma no sentido Uberaba. Perto dali, o motorista da Prefeitura de Bambu� Reginaldo Jos� Campos, de 51, que transporta pacientes que v�m a Belo Horizonte em busca de atendimento m�dico, espera que a situa��o melhore com o in�cio das opera��es da concession�ria. “Vejo muitos acidentes nesta estrada. A presen�a de socorristas d� mais tranquilidade para mim, que transporto pessoas com problemas de sa�de”, diz ele. O torneiro mec�nico M�rcio Ant�nio Gon�alves, de 48, costuma viajar entre Pitangui (Centro-Oeste) e Belo Horizonte todos os dias. “Como uma parte da 262 est� duplicada, o pessoal corre demais, s�o muitos acidentes. � importante ter radar para obrigar as pessoas a respeitar os limites”, diz ele.

Para o inspetor Aristides J�nior, chefe do setor de comunica��o social da PRF em Minas Gerais, a privatiza��o das rodovias trar� benef�cios. “A perspectiva � que melhore cada vez mais. Normalmente, temos a libera��o mais r�pida do tr�nsito em caso de acidentes, contamos com apoio de guincho e resgate, entre outros”, diz J�nior.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)