
A MGO Rodovias foi a primeira a entrar em opera��o e j� come�ou o trabalho de apoio aos motoristas na BR-050, entre Araguari e Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro. A Concebra, respons�vel pelas BRs 262 e 153, entre Betim (Grande BH) e a divisa com Goi�s (Tri�ngulo Mineiro), e a Via BR-040, que administra a BR-040 entre Juiz de Fora (Zona da Mata) e Bras�lia, v�o iniciar a presta��o de servi�os em setembro e outubro, respectivamente. Al�m da obriga��o de dar uma resposta � viol�ncia rodovi�ria com adequa��es de engenharia, que passam principalmente pela duplica��o, as concession�rias precisam implementar a��es de controle de velocidade, conforme estabelecido em contrato com a ANTT, e de educa��o no tr�nsito.

O exemplo da BR-381 entre Belo Horizonte e S�o Paulo, administrada desde 2008 pela Autopista Fern�o Dias e principal concess�o rodovi�ria em Minas Gerais, mostra que a maneira mais eficaz de reduzir o n�mero de acidentes e v�timas ap�s a implanta��o das melhorias vi�rias � a instala��o de radares. A duplica��o encorajou motoristas a abusarem da velocidade e o resultado foi o crescimento do n�mero de acidentes. Apesar da elimina��o das colis�es frontais, o volume de ocorr�ncias de sa�da de pista e colis�es traseiras aumentou, demandando uma a��o rigorosa de controle de velocidade.
A implanta��o de fiscaliza��o eletr�nica na Fern�o Dias s� veio seis anos depois do in�cio da concess�o e ainda depende de um conv�nio entre ANTT e PRF para que os motoristas que abusam da velocidade sejam multados. Nos tr�s casos das atuais concess�es rodovi�rias, a instala��o dos radares n�o vai demorar tanto tempo. O prazo determinado para a entrada em opera��o desses equipamentos � de 12 meses, contados a partir do in�cio da concess�o.
Para o coordenador do Departamento de Transportes da Fumec, M�rcio Aguiar, a melhoria da qualidade das rodovias concedidas � iniciativa privada vai contribuir para a diminui��o da carnificina nas estradas. “A maioria dos acidentes � causada pelas condi��es prec�rias das rodovias, aliadas ao grande tr�fego e tamb�m aos problemas de manuten��o”, diz Aguiar. Ainda segundo o professor, n�o h� como pensar em duplica��o sem colocar radares nas estradas. “Com melhores condi��es, o motorista acelera mais. Quanto maior a velocidade, mais grave � o acidente”, completa.

� o caso do empres�rio Welliton Geraldo dos Santos, 29, que acabou surpreendido na BR-262, em Betim, na Grande BH, por uma correia dentada que arrebentou quando ia de Mariana para Ita�na, ambas na Regi�o Central. Como o ve�culo ficou sem condi��es de funcionar, ele precisou caminhar at� uma oficina pr�xima, onde conseguiu o telefone de um guincho. “Com o servi�o de apoio funcionando, rapidamente vai aparecer um guincho nesses casos de pane mec�nica ou acidente. � uma seguran�a muito grande. N�o sei em quanto tempo vou conseguir resolver esse problema antes de seguir para Ita�na”, diz ele.
No Km 377 da rodovia, em Juatuba, tamb�m na Grande BH, um dos postos de atendimento ao usu�rio j� come�a a tomar forma no sentido Uberaba. Perto dali, o motorista da Prefeitura de Bambu� Reginaldo Jos� Campos, de 51, que transporta pacientes que v�m a Belo Horizonte em busca de atendimento m�dico, espera que a situa��o melhore com o in�cio das opera��es da concession�ria. “Vejo muitos acidentes nesta estrada. A presen�a de socorristas d� mais tranquilidade para mim, que transporto pessoas com problemas de sa�de”, diz ele. O torneiro mec�nico M�rcio Ant�nio Gon�alves, de 48, costuma viajar entre Pitangui (Centro-Oeste) e Belo Horizonte todos os dias. “Como uma parte da 262 est� duplicada, o pessoal corre demais, s�o muitos acidentes. � importante ter radar para obrigar as pessoas a respeitar os limites”, diz ele.
Para o inspetor Aristides J�nior, chefe do setor de comunica��o social da PRF em Minas Gerais, a privatiza��o das rodovias trar� benef�cios. “A perspectiva � que melhore cada vez mais. Normalmente, temos a libera��o mais r�pida do tr�nsito em caso de acidentes, contamos com apoio de guincho e resgate, entre outros”, diz J�nior.