
Helic�pteros da Pol�cia Militar sobrevoaram nessa segunda-feira � noite as ocupa��es da Mata do Isodoro, no Granja Werneck, Norte da capital, e despejaram panfletos para orientar os invasores a deixar o terreno de forma pac�fica. A informa��o da PM � de que a��o faz parte do processo de comunica��o com os ocupantes que antecede o cumprimento da ordem judicial de reintegra��o de posse, de forma a evitar o contato f�sico. � tarde, 400 militares que vieram do interior para refor�ar a opera��o de desocupa��o receberam as instru��es finais.
Numa tentativa de adiar a desocupa��o do terreno, lideran�as dos moradores das ocupa��es Vit�ria, Esperan�a e Rosa Le�o, por meio do Minist�rio P�blico, iriam enviar of�cio ainda � noite ao Tribunal de Justi�a, para suspender por 30 dias a reintegra��o. A expectativa era de que o presidente do TJ, Pedro Bitencourt, prorrogasse a a��o policial, prevista para qualquer momento.
Depois de tr�s horas de reuni�o na sede do MP, comandada pela procuradora de Justi�a Gisela Saldanha, as lideran�as dos moradores demonstraram temor de que os ocupantes do terreno resistam � a��o policial. “Inicialmente, pedimos o adiamento da reintegra��o por 30 dias, prazo para que se fa�a o cadastro s�cio-econ�mico das fam�lias na �rea. Estamos propondo tamb�m a redu��o da �rea ocupada das tr�s comunidades e dos lotes”, resumiu a coordenadora da ocupa��o Esperan�a, Edna Gon�alves Lopes, que fez um apelo. “Queremos sair, por�m, de forma negociada”.
Moradores de invas�es na Granja Werneck est�o desde a manh� de ontem em frente ao Pal�cio da Liberdade, na Pra�a da Liberdade. Eles querem a suspens�o da ordem judicial de reintegra��o de posse da �rea, tamb�m conhecida como Isidoro.
O grupo se instalou em frente ao pal�cio. Segundo a PM, eram cerca de 100 pessoas. Foram fixadas faixas nas grades e cerca de 20 pessoas se acorrentaram em frente aos port�es. Os manifestantes obstru�ram tr�s faixas da via em frente, deixando apenas duas para o tr�fego e causando lentid�o no trecho. Depois de negocia��o com a pol�cia, aceitaram liberar mais uma faixa.
Os moradores das invas�es Vit�ria, Esperan�a e Rosa Le�o eram apoiadas por membros das Brigadas Populares e do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB). “Ficaremos dias aqui, se for preciso, at� que a ordem de desejo seja suspensa. Queremos que haja negocia��o por uma sa�da conciliada, que deve contemplar o direito � moradia. Uma remo��o for�ada pode causar uma trag�dia”, disse um dos l�deres e membro das Brigadas, Rafael Bittencourt. “O despejo n�o d� nenhuma alternativa digna para essas fam�lias. Elas n�o t�m para onde ir”, disse um membro do MLB, Leonardo P�ricles.