
O primeiro dia de funcionamento dos novos desvios de tr�nsito no entorno do Viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou em 3 de julho entre os bairros Planalto (Norte) e S�o Jo�o Batista (Venda Nova), foi marcado por problemas que confundiram os motoristas. Apesar da estrat�gia de usar um trecho mais extenso da Pedro I possibilitar maior fluidez ao tr�fego, especialmente no sentido aeroporto, a sinaliza��o falha foi um dos alvos de reclama��es por parte de motoristas. Tamb�m houve casos em que condutores desrespeitaram bloqueios feitos pela BHTrans.
O caminho de quem vai aos bairros ou ao aeroporto ficou mais f�cil. Se o motorista est� na Pedro I, deve subir o Viaduto Jo�o Samaha e entrar � direita na Rua Doutor �lvaro Camargos. Em vez de segui-la at� o final, dois quarteir�es depois ele j� deixa a via virando � direita na Rua Eug�nio Volpini e depois na Rua Doutor Am�rico Gasparini, antes de voltar � Pedro I. O primeiro problema est� nesse cruzamento. Um sinal de tr�nsito funciona no trecho, para garantir a travessia de pedestres, mas foi ignorado pela maioria dos motoristas no primeiro dia do novo caminho. Houve motoristas que circularam na contram�o.
Um agente da BHTrans que trabalhou na manh� de ontem no trecho confirmou a dificuldade com o sinal e avaliou que � poss�vel fazer alguma mudan�a. “Talvez funcionar� melhor se deixarmos esse sem�foro em flash e garantirmos a travessia de pedestres junto aos tapumes que isolam a �rea do viaduto, sem a necessidade de parar o tr�fego”, disse o agente, que preferiu n�o se identificar. Outro problema desse trecho � a falta de uma delimita��o mais clara que divida o fluxo principal, que vem da Am�rico Gasparini, e o local, que vem da Pedro I, por conta de alguns estabelecimentos comerciais, como um posto de gasolina. A sinaliza��o ainda est� deficiente na �rea.
Um terceiro problema foi a falta de orienta��o aos motoristas do Move, sistema de transporte r�pido por �nibus (BRT). No local em que os �nibus voltam para a Pedro I, no sentido aeroporto, a entrada da busway n�o est� bem sinalizada. A reportagem flagrou um motorista dos coletivos do Move Metropolitano sem saber o que fazer. Como n�o tinha informa��o, ele tentou acessar a busway em um trecho com uma barreira f�sica, mas acabou convencido de que ali n�o era o melhor lugar, deu r� e seguiu no caminho certo. Ao final do desvio, muitos motoristas de carro reclamaram. “Est� complicado andar por aqui. N�o tem informa��o para quem vem do Vilarinho e da Rua Padre Pedro Pinto”, disse o condutor M�rcio Gomes.

Bloqueios
No sentido Centro, apesar de a BHTrans garantir circula��o em um trecho maior da Pedro I, isso s� � poss�vel para quem vem da Rua Padre Pedro Pinto. Se o motorista estiver na Linha Verde e quiser pegar a Pedro I, n�o pode acessar a via de forma direta. A BHTrans instalou dois bloqueios no caminho e obrigou condutores a passar por Venda Nova, usando a Rua Bernardo Ferreira da Cruz. O problema � que muitos motoristas que j� conhecem a din�mica da regi�o, inclusive de �nibus, furaram os bloqueios na Pedro I. Na tarde de ontem, o Estado de Minas flagrou v�rios deles passando entre os cones, vindo da Linha Verde ou mesmo tentando fazer um retorno a partir da Pedro I.
Entre motoristas de �nibus, muitos aprovaram os desvios, mas preferem esperar pelo grande teste na segunda-feira. “Para um feriado est� bom, mas sabemos que n�o ser� assim de segunda a sexta-feira”, disse o motorista de uma linha do BRT. Outro, que tem costume de passar pela regi�o, achou que as mudan�as melhoraram a situa��o anterior. “Por que n�o fizeram o desvio assim desde o acidente?”, perguntou Carlos Alberto Fonseca, motorista de �nibus de uma linha convencional.
Por meio de sua assessoria de comunica��o, a BHTrans informou que o primeiro dia de funcionamento dos desvios foi um teste para acompanhar o desempenho do tr�nsito na regi�o. Todas as mudan�as que se mostrarem necess�rias ser�o feitas, segundo a empresa. Sobre os ve�culos que n�o respeitaram os bloqueios na Pedro I entre a Linha Verde e a Padre Pedro Pinto, a BHTrans informou que providenciou o refor�o nas barreiras e, se houver necessidade, vai pedir que policiais reforcem a fiscaliza��o no local.