
Rapidamente, moradores apareceram para apagar as chamas. O incidente despertou entre moradores lembran�as da rixa entre o atual prefeito, Jo�o Abnir Pinho de Souza (PSDB), de 50 anos, conhecido pela popula��o como Beto, com integrantes da Pol�cia Militar local. De acordo com moradores, houve uma s�rie de desentendimentos entre ele e militares da cidade, iniciada em fevereiro, quando Beto e a tesoureira da prefeitura foram presos por desacato.
“O prefeito e a assistente tentaram impedir que a PM interditasse um carnaval de rua, com participa��o de mais de mil pessoas. Parece que o evento n�o tinha autoriza��o dos bombeiros e houve uma grande confus�o.O caso terminou com den�ncias dos dois lados.O prefeito diz que houve trucul�ncia e uso abusivo da for�a. J� os policiais envolvidos acusaram o prefeito de incitar a popula��o contra a PM”, contou um morador, que pediu para n�o ser identificado.
INTIMIDA��O
Segundo a testemunha, dias depois do epis�dio da festa de rua, um sargento, comandante do quartel, teve a casa cercada por um grupo de moradores, em incidente que tamb�m foi associado na cidade � rixa com o prefeito. Pessoas teriam arremessado bombas caseiras nas janelas, portas e telhado e tentado retirar o militar do im�vel � for�a. “S� n�o aconteceu uma trag�dia porque a resid�ncia do policial foi cercada por viaturas e o grupo recuou.
A situa��o na cidade � bem tensa”, afirmou o morador, que pediu para n�o ser identificado. Mas h� tamb�m quem saia em defesa do prefeito. Uma mulher que mora pr�ximo ao quartel e que ficou assustada com inc�ndio disse n�o acreditar que haja qualquer rela��o entre a rixa e o crime.“� uma �tima pessoa, sou muito amiga dele e ele n�o seria capaz de fazer nada desse tipo.”
No boletim de ocorr�ncia da PM n�o constam informa��es sobre causa ou suspeitos. Peritos da Pol�cia Civil analisaram o im�vel, onde funcionavam o 4º Grupamento, o 4º Pelot�o, a 46ª Companhia e a 25ª Companhia Independente da PM, mas informaram que as causas ser�o relatadas em laudo, com conclus�o prevista para at� 30 dias. O caso ser� investigado pela Delegacia de Pol�cia Civil de Guanh�es. O Estado de Minas tentou insistentemente contato com o prefeito Jo�o Abnir Pinho de Souza, mas nem ele nem qualquer representante da prefeitura foi encontrado para comentar o incidente