(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Ap�s fim de semana com balada violenta, associa��o cobra educa��o de clientes de boates

Um dia depois de jovem ser espancado na sa�da de boate na Zona Sul, s�cio de casa noturna � baleado na Pampulha


postado em 01/09/2014 00:12 / atualizado em 01/09/2014 14:43

Junia Oliveira e Celina Aquino

Na boate Zeus, na Pampulha, sócio foi atingido por disparos ontem após confusão envolvendo cliente (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Na boate Zeus, na Pampulha, s�cio foi atingido por disparos ontem ap�s confus�o envolvendo cliente (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)

Dois casos de viol�ncia na balada no fim de semana em Belo Horizonte assustaram e deixaram em alerta frequentadores, familiares de v�timas e empres�rios da noite. Na madrugada seguinte ao espancamento de um jovem por um grupo de sete rapazes na sa�da de uma boate na Avenida Raja Gabaglia, na Regi�o Centro-Sul, o s�cio de uma casa noturna no Bairro Santa Terezinha, na Regi�o da Pampulha, foi baleado depois de uma confus�o envolvendo uma cliente. No caso da agress�o na Raja Gabaglia, a fam�lia do jovem atacado, que vive em Congonhas (Regi�o Central de Minas), ainda n�o tinha conseguido registrar ocorr�ncia at� o fechamento desta edi��o, o que dificulta uma a��o por parte da Pol�cia Militar.

Ontem, familiares de Wendel Lopes de Azevedo, de 22 anos, ainda tentavam entender por que o rapaz tinha sido agredido. Na madrugada de s�bado, ele e dois amigos, todos moradores de Congonhas, sa�am da Swingers em busca de um carrinho de cachorro-quente para lanchar, quando passaram por sete jovens, que estavam perto de um carro, sem camisa, aparentemente alterados e escutando m�sica em alto volume. Segundo relato feito por Wendel aos pais, ao perceber que os tr�s garotos se assustaram e come�aram a andar mais r�pido, os homens passaram a ofend�-los e a segui-los.

No sábado, Wendel Azevedo foi levado para o HPS depois de, segundo ele, ter sido agredido por sete rapazes na saída de casa noturna na Raja Gabaglia (foto: Reprodução/TV Alterosa)
No s�bado, Wendel Azevedo foi levado para o HPS depois de, segundo ele, ter sido agredido por sete rapazes na sa�da de casa noturna na Raja Gabaglia (foto: Reprodu��o/TV Alterosa)
Wendel e os amigos correram pela Raja Gabaglia e ele, que sofre de bronquite, precisou da ajuda dos colegas. Em determinado ponto, o estudante trope�ou e, ent�o, os sete rapazes “partiram para cima” dele, segundo a m�e. Os amigos tamb�m foram agredidos, ele afirma, e um deles quebrou o nariz. O estudante teve ainda o celular roubado. “Ele passou o domingo em casa, de repouso e � base de rem�dios. Teve calafrios � noite, n�o sei se por causa do medicamento ou do trauma, e se assusta com os barulhos”, contou a m�e do rapaz, que preferiu n�o se identificar por temer repres�lias. Segundo ela, o filho relatou que os agressores pareciam ter treinamento em alguma arte marcial e que ele chegou a se jogar no meio dos carros pedindo ajuda. “Ningu�m parou”, lamentou a m�e.

O pai de Wendel tentou registrar ocorr�ncia, mas n�o conseguiu. Eles esperam fazer o boletim hoje em Congonhas. Orientado na porta do Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, para onde os tr�s foram levados, ligou para o 190 e, segundo a fam�lia, encontrou dificuldades. “A atendente perguntou como tinha sido a agress�o, disse que precisava dos dados de quem tinha socorrido, onde foi exatamente e meu marido n�o sabia nada, pois hav�amos sa�do de Congonhas e ido direto ao hospital”, contou a m�e do jovem. "Apareceu uma viatura, que meu marido pensou ser para a ocorr�ncia, mas o policial informou que estava ali por outro motivo.”

A Pol�cia Militar localizou ontem a grava��o do telefonema do pai de Wendel para o 190 e informou que ele desligou, e n�o retornou mais, assim que a atendente pediu tempo para verificar no sistema se havia algum registro de agress�o da Pol�cia Civil. Ainda de acordo com a assessoria de comunica��o da PM, o homem pediu uma viatura para registrar boletim de ocorr�ncia de extravio de documento, e em um primeiro momento n�o teria mencionado o fato de o filho ter sido agredido. A PM garantiu que a v�tima pode procurar qualquer delegacia e fazer o exame de corpo de delito, al�m de relatar o ocorrido, para que as investiga��es possam ser iniciadas.

Tiros Na madrugada de ontem, por volta das 3h, tiros assustaram frequentadores de outra boate, a Zeus 360º, que fica na Avenida Her�clito Mour�o de Miranda, no Bairro Santa Terezinha. Segundo a Pol�cia Militar, uma discuss�o come�ou depois que uma mulher foi expulsa por um seguran�a da casa noturna. Cynthia Mara Rodrigues Garcia, de 23, saiu do estabelecimento dizendo ter sido agredida pelo funcion�rio e chamou a PM. Os militares foram ao local, mas ningu�m foi detido. Segundo a PM, pouco depois que as viaturas partiram, o irm�o da jovem, Fabr�cio Gon�alves Garcia, de 32, voltou � boate com uma arma e disparou tr�s vezes contra Elivan Ferreira de Souza, de 30, s�cio da Zeus.

Elivan foi atingido no t�rax, bra�o e perna e levado para o Hospital Odilon Behrens, na Regi�o Noroeste, onde continuava internado, est�vel, at� o fechamento da edi��o. Fabr�cio conseguiu fugir e at� ontem � noite n�o tinha sido encontrado pela pol�cia. A reportagem do EM esteve na Boate Zeus e tentou contato telef�nico, mas ningu�m foi localizado.

Os dois epis�dios no fim de semana preocuparam empres�rios do setor. O presidente da Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Minas Gerais, Fernando J�nior, se disse “triste” pelos casos, argumentou que a maioria das boates investe alto em seguran�a, e cobrou mais “educa��o” por parte de alguns frequentadores. “A maior parte das casas noturnas tenta garantir a seguran�a de quem frequenta, mesmo que n�o tenha poder de pol�cia. Podemos proibir a presen�a de pessoas que est�o causando constrangimento, mas a partir do momento em que elas est�o na rua, n�o podemos mais fazer muita coisa”, disse. Para ele, muitas vezes o dono do estabelecimento acaba “vendido” porque “est� sujeito a ser hostilizado quando quer garantir a seguran�a e ainda corre o risco de manchar sua imagem quando ocorre algo do lado de fora”, afirmou. O presidente da Abrasel considera que s� uma maior “consci�ncia” por parte dos frequentadores pode reduzir casos de viol�ncia na balada.

Entrevista

M�e de Wendel Azevedo,
Jovem agredido na sa�da de boate

“Ningu�m ajudou”

Assustada, a m�e do jovem de 22 anos, que diz ter sido agredido por sete rapazes, aceitou conversar com a reportagem do EM sob a condi��o de n�o revelar o nome. De Congonhas, ela contou que o filho passou o dia em repouso, � base de rem�dios, e se revoltou ao saber que ele chegou a pedir ajuda para motoristas que passavam de carro pela Raja Gabaglia, mas n�o foi socorrido.

Como est� o Wendel?
Ele passou o domingo em casa, de repouso e � base de rem�dios. Teve calafrios � noite, n�o sei se por causa do medicamento ou do trauma, e se assusta com barulhos.

Como eram os agressores?
Ele contou que n�o parecia gente humilde. Pelo contr�rio, eram rapazes de classe m�dia ou alta, barba feita, novos, da idade do meu filho. E pelas agress�es, provavelmente pessoas com treinamento em alguma luta.

Eles procuraram ajuda em algum momento?
Meu filho disse que tentaram pegar t�xi, chegaram a se jogar no meio dos carros, e ningu�m parou. Os meninos pediam socorro, mas ningu�m ajudou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)