A crian�a � fruto de um curto relacionamento de Gedeon, que atualmente n�o vive com a m�e do beb�, mas registrou a crian�a. A mulher firmou um acordo informal com o a�ougueiro para deixar o filho com o pai quando fosse necess�rio. No domingo, o beb� foi deixado com Gedeon e a agress�o aconteceu na segunda-feira. O garoto ficou sem socorro quase 24 horas, sendo acionado o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) somente por volta das 15h de ter�a-feira. A casa do a�ougueiro fica na Vila Cemig, Regi�o do Barreiro.
Conforme o delegado, os maus-tratos aconteceram quando Gedeon chegou de uma partida de futebol, onde havia consumido bebida alco�lica. Quando entrou em casa o beb� estava chorando muito e sem paci�ncia, o pai deu um o soco no menino. Gedeon contou para o delegado que ainda sacudiu o beb� e como o garoto reagiu, ele achou que n�o seria necess�rio atendimento m�dico. No entanto, na ter�a-feira, o menino piorou e o agressor acionou o Samu.
O pai disse aos socorristas que o beb� escorregou e caiu durante um banho. Quando o menino deu entrada em coma no Hospital Odilon Behrens, os m�dicos viram que havia uma les�o na nunca – de ponta a ponta – machucado que n�o condizia com a queda. Assim, o caso foi parar na pol�cia, que desenrolou as vers�es de Gedeon at� a confiss�o.
O pai e a m�e foram chamados ao hospital. A fam�lia dela registrou boletim de ocorr�ncia por suspeitar de maus-tratos. Segundo os parentes, Gedeon tem hist�rico de agress�o, j� que n�o foi a primeira vez que garoto apareceu com manchas no pesco�o, sinal de tentativa de esganadura. Na �poca, a m�e n�o registrou ocorr�ncia policial ap�s ser convencida por Gedeon de que a crian�a rolou no ber�o e ficou com a cabe�a presa em uma greta.
Depoimento
Desta vez, por�m, os familiares tinham certeza da a��o do agressor e as investiga��es come�aram na Delegacia Especializada de Prote��o � Crian�a e ao Adolescente (Depca). O beb� morreu na madrugada de quarta-feira, momento em que a Delegacia de Homic�dios Noroeste assumiu o caso. Gedeon e a companheira dele, madrasta da crian�a, foram chamados para depoimento, assim como a m�e biol�gica.
O a�ougueiro acabou confessando a agress�o. Ele tentou culpar a esposa, de 19 anos, dizendo que a mulher n�o aceitava a crian�a em casa. Ela, por sua vez, confirmou a agress�o de Gedeon e disse que n�o assistiu aos maus-tratos porque saiu de perto.
A jovem afirmou em depoimento que o marido estava com uma chave turquesa na m�o, ferramenta que foi apreendida pela pol�cia para investiga��o. O delegado Delmes Rodrigues que saber se o homem usou a chave para bater no beb�, por isso solicitou per�cia para procurar vest�gios de sangue no instrumento.
A madrasta disse ao delegado que n�o denunciou o marido por medo, pois ele amea�ava mat�-la, esquartej�-la e fugir para a Bahia. Por causa dessa possibilidade de fuga, a pol�cia pediu imediatamente a pris�o preventiva de Gedeon, que j� est� preso.
Hist�rico
Gedeon tem um hist�rico de crime, com registro por estupro de vulner�vel. Segundo a pol�cia, ele se envolveu com uma menina de 12 anos que engravidou e hoje tem um filho de 2 anos. Al�m disso, o a�ougueiro � acusado de agress�o a uma vizinha.