
Segundo as investiga��es, os maus-tratos aconteceram quando Gedeon chegou de uma partida de futebol, onde havia consumido bebida alco�lica. Quando entrou em casa o beb� estava chorando muito e, sem paci�ncia, o pai deu um o soco no menino. Na �poca, o a�ougueiro contou para o delegado respons�vel pelo caso que ainda sacudiu o beb� e como o garoto reagiu, ele achou que n�o seria necess�rio atendimento m�dico. No entanto, a sa�de doo menino piorou e o agressor acionou o Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu).
O pai disse aos socorristas que o beb� escorregou e caiu durante um banho. Quando o menino deu entrada em coma no Hospital Odilon Behrens, os m�dicos viram que havia uma les�o na nuca – de ponta a ponta – machucado que n�o condizia com a queda. Assim, o caso foi parar na pol�cia, que desenrolou as vers�es de Gedeon at� a confiss�o.
Durante o julgamento nesta segunda-feira, o promotor Gustavo Fantini de Castro sustentou que o pai agrediu a crian�a por ter ficado irritado com o choro dela. Para ele o homic�dio foi qualificado, porque cometido por motivo f�til e contra uma v�tima indefesa, incapaz de reagir. O representante do MP ressaltou que n�o foi a primeira vez que o beb� sofreu maus-tratos por parte do pai.
A defesa, conduzida pelo defensor p�blico Aender Aparecido Braga, levantou contradi��es durante o processo, como a mudan�a de vers�es da m�e da crian�a e de uma m�dica que atendeu o beb�. O advogado destacou que familiares, inclusive a m�e do beb�, testemunharam que o acusado demonstrava felicidade ao ir buscar o menino para passar o fim de semana, o que era incompat�vel com o sentimento de um pai que tencionava matar o filho. Al�m disso, citou estudos segundo os quais a s�ndrome do beb� sacudido � apresentada como um incidente bastante frequente, que pode ocorrer sem que os pais tenham a inten��o de provoc�-la.
Os argumentos n�o convenceram o corpo de jurados que votou pela condena��o do a�ougueiro.